Segundo livro, Senna rompeu relação de amizade e trabalho com o inglês após ter sido enganado por ele
Sutton e Senna em 1981, depois de um jantar na Dinamarca para comemorar os bons frutos da parceria, no início de suas carreiras, como fotógrafo automobilístico e piloto automobilístico respectivamente. Amigos e parceiros no princípio, a amizade foi desfeita após traição por parte do fotógrafo inglês.
A seguir, trechos extraídos do livro "Fatal Weekend", lançado em novembro de 2015, escrito pelo jornalista britânico Tom Rubython:
TRADUÇÃO LIVRE
Senna era muito compreensivo com
todos os jornalistas e fotógrafos que se aproximavam dele pelo caminho a
exceção de um: Keith Sutton, um fotógrafo, que havia sido um assessor de
relações públicas não oficial de Senna, quando ele veio pela primeira vez para
a Inglaterra em 1981. Eles romperam relações quando Sutton relutou em dar
acesso a Senna a todas as fotografias que tinha tirado dele como uma jovem promessa
do automobilismo, mesmo que Senna lhe tenha pago por elas na época
A partir desse dia, Senna
quase não trocou mais nenhuma palavra com Sutton e não gostava quando ele
tirava fotos suas. Ele nunca esqueceu o que viu como uma traição. Depois que Senna
morreu, Sutton lucrou com elas através de livros e exposições. Ele se tornou o fotógrafo
de referência para fotografias do início da carreira de Senna no automobilismo
- todas vendidas a taxas consideráveis.
Senna depois empregou o
fotógrafo japonês Norio Koike para fazer esse trabalho e supostamente pagou a
ele US$ 350,000 por ano para segui-lo ao redor capturando sua vida. Mas ele assegurou-se
de que possuía os direitos autorais das fotos. Koike posteriormente tirou
algumas fotos extraordinárias, encantando Senna para o resto de sua vida. Supostamente
existem mais de 40.000 fotografias tiradas por Koike nos arquivos da Fundação
Ayrton Senna.
O japonês Norio Koike se tornou o fotógrafo oficial de Ayrton Senna depois do piloto se decepcionar com Keith Sutton
No fim de 1993, Senna contratou outro fotógrafo para acompanhá-lo dentro e fora das pistas, o talentoso e famoso fotógrafo italiano, Gianni Giansantti, falecido em 2009. É de sua autoria, inclusive, o ensaio romântico de Ayrton Senna e Adriane Galisteu na fazenda do piloto, em Tatuí, São Paulo.
****************
Norio Koike, nascido no Japão
era um fotógrafo de imprensa (repórter fotográfico) da Fórmula 1 antes de ir
trabalhar exclusivamente para Ayrton Senna em 1985. Ele assumiu o lugar de
Keith Sutton como fotógrafo oficial de Senna após Sutton ser demitido. Koike
estava sempre com Senna, dentro e fora das pistas. Conhecido como um
profissional introvertido, ele ficava maravilhado (tinha prazer) por cumprir as
ordens de seu mestre e tirou mais de 40 mil fotografias de Senna em nove anos,
que são agora de propriedade da Fundação Ayrton Senna. Em 1994, ele comprou uma
nova Nikon F5. Depois da morte de Senna, ele perdeu a motivação e deu a câmera
(a família de Ayrton, assim como as mais 40 mil imagens de Senna).
****************
Sua relação com os
jornalistas estava longe de ser boa. Seus primeiros confidentes, o (jornalista) brasileiro
Reginaldo Leme e o fotógrafo Keith Sutton, trabalharam próximos de Senna nos
primeiros tempos, mas mais tarde (Senna) se decepcionou (com eles).
****************
Dennis Rushen, chefe da equipe de Senna na Fórmula Ford 2000, em 1982, e Keith Sutton, posam juntos durante a exposição "Senna: Photographs by Keith Sutton", organizado pelo fotógrafo, em Londres, 2014, nos 20 anos da morte do piloto brasileiro
Martin Brundle, rival de Senna na Fórmula 3, categoria
anterior a Fórmula 1, e Keith Sutton, posam juntos durante a exposição
"Senna: Photographs by Keith Sutton", organizado pelo fotógrafo, em
Londres, 2014, nos 20 anos da morte do piloto brasileiro
Livro com fotos de Senna lançado por Sutton nos 20 anos da morte do piloto (Foto: Keith Sutton / Sutton Images)
Algumas fotos de Ayrton que fizeram parte da exposição
"Senna by Sutton", em Londres (Reprodução / Proud Galleries)
IDIOMA ORIGINAL
Senna was very supportive of all the journalists and photographers who
had been close to him on the way up with the exception of one: Keith Sutton, a
photographer, who had been Senna’s unofficial PR man when he first came to England in
1981. They had fallen out when Sutton was reluctant to give Senna access to all
the photographs he had taken of him as a young up-and-coming driver even though
Senna had paid him at the time.
From that day, Senna hardly exchanged a word with Sutton and never liked
him taking his photograph. He never forgot what he saw as a betrayal. After
Senna died, Sutton cashed in on their relationship with books and exhibitions.
He became the go-to guy for photographs of Senna’s early career in motor racing
– all sold at very handsome fees.
Senna later employed the Japanese photographer Norio Koike to do that
job and reportedly paid him $350,0000 a year to follow him around snapping his
life. But he made sure he owned the copyright to the photos. Koike subsequently
took some extraordinary photos, delighting Senna for the rest of his life.
Reputedly there are more than 40,000 photographs taken by Koike in the Ayrton
Senna Foundation archives.
Norio Koike, a native of
Japan was a Formula One press photographer before going to work exclusively for
Ayrton Senna in 1985. He took over from Keith Sutton as Senna’s official
photographer after Sutton was fired. Koike went everywhere with Senna, on and
off track. Known as an introvert, he was delighted to do his master’s bidding
and took over 40,000 photographs of Senna in nine years, which are now the
property of the Ayrton Senna Foundation. In 1994, he bought a new Nikon F5.
After Senna’s death, he lost motivation and gave the camera away.
His relationship with journalists was far from good. His original
confidants, Brazilian Reginaldo Leme and photographer Keith Sutton worked
closely with Senna in the early days but later became disillusioned.
****************
FONTE PESQUISADA
RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great
Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário