O Último Sonho da Vida de Ayrton Senna
\\ Tradução Livre //
UM FILHO E A FERRARI
Jornal Italiano La Republica, 01 de maio de
1995
RIO DE JANEIRO - "Ayrton queria ter um
filho, este foi o seu último sonho. Ele queria fortemente, embora tivesse
outras coisas importantes em mente, como correr pela Ferrari.". Um ano
depois, as confissões de Adriane Galisteu, vinte e dois anos, modelo de São
Paulo, última companheira da vida do piloto brasileiro. As memórias daqueles
seus dezoito meses com o campeão brasileiro continuam a inundar os noticiários.
Depois que o livro sobre sua vida com Senna (187.000 cópias vendidas no Brasil,
em breve nas livrarias da Europa), aqui uma longa entrevista dela para o jornal
do Rio de Janeiro "O 'Dia". Um ano sem Ayrton - Adriane diz: ‘Está
horrível. Mas daqui a dois anos será muito pior, e dez anos vai fazer ainda
mais mal"."Não tem havido um homem como ele” - Acrescenta Galisteu –
“Eu considero humanamente impossível que possa haver um piloto igual. Ayrton
era um gênio no que fazia. Dedicou sua vida à F1, e perdeu a vida por ela. Eu
acho que, se ele pudesse escolher uma maneira de morrer, seria exatamente
assim: Liderando a corrida em primeiro lugar, a 300 quilômetros por
hora e sem sofrimento". Em seguida, houve críticas para aquele infeliz dia
em Imola: "Continuar a executar o Grande Prêmio após a morte de
Ratzenberger foi uma falta de caráter e responsabilidade. Mas acima de tudo é
falta de humanidade". Então a loira Adriane, que diz não ter mais assistido
um GP de F1 a partir daquele dia, continua elogiando Prost e culpado Piquet,
ausente no dia do funeral. "A atitude de Alain foi a de um cavalheiro. Não
havia uma pessoa na face da terra que não estava sofrendo, e que não tivesse
vontade de estar lá para o funeral. Por isso eu não posso digerir o fato de que
Piquet não participou, como inimigo poderia ser. Sua justificativa é a coisa
mais idiota que eu já ouvi". Finalmente a ex-namorada de Senna relembrou o
belo relacionamento de amizade entre o campeão brasileiro e Berger. A vida
juntos, as brincadeiras, como aquela vez que Ayrton colocou um peixe grande em
uma mala de Gerard antes de uma longa viagem intercontinental. "Na F1, são
todos meninos que viajam o ano inteiro e permanecem a maior parte (do tempo)
longe de seu país, longe da família, das namoradas. E assim fazem algo para se
divertir. No fundo eles têm muitas carências".
Enquanto isso, milhares de brasileiros foram
ao cemitério do Morumbi de São Paulo. O túmulo do tricampeão mundial é inundado
com flores. A casa de Senna vieram cartas de todo o mundo, até mesmo da Letónia
e 'Afeganistão. 160
libras de correio apenas do Japão e só no último mês. A
"Torcida" dos fãs de Senna entrou no "tour" turístico, como
o monumento de sete metros com o capacete do piloto. Para o Brasil Senna vive.
Talvez só na pele de "Senninha", uma história em quadrinhos para as
crianças que vende algo como 240.000 exemplares por edição. E Senna ainda é uma
pechincha: $ 4 milhões nos royalties pagos até à data. Então Senna realmente
vive.
\\ Idioma Original //
UN FIGLIO E LA FERRARI
La Republica,
01 maggio 1995
RIO DE JANEIRO - "Ayrton voleva avere un
figlio, era questo il suo ultimo sogno. Lo voleva fortemente, anche se aveva
altre cose importanti in testa, come correre per la Ferrari". Un anno
dopo, le confessioni di Adriane Galisteu, ventidue anni, fotomodella di San
Paolo, ultima compagna di vita del pilota brasiliano. I ricordi di quei suoi
diciotto mesi con il campione brasiliano continuano ad inondare le cronache.
Dopo il libro sulla sua vita con Senna (187 mila copie vendute in Brasile,
presto in libreria anche in Europa) ecco una lunga intervista al quotidiano di
Rio de Janeiro "O' Dia". "Un anno senza Ayrton - dice Adriane –
“è stato terribile. Ma due anni saranno molto peggiori, e dieci anni faranno
ancora più male". "Non c' è stato un uomo come lui - aggiunge la Galisteu - ritengo
umanamente impossibile che vi possa essere un pilota uguale. Ayrton era un
genio in quello che faceva. Ha dedicato la sua vita alla F.1, ha perso la sua
vita per questo. Credo che, se avesse potuto scegliere una maniera di morire,
sarebbe stata esattamente quella: in testa alla gara, al primo posto, a 300
chilometri all' ora e senza soffrire". Poi non sono mancate le critiche
per quella sciagurata giornata a Imola: "Continuare a correre quel Gran
Premio dopo la morte di Ratzenberger è stata una mancanza di carattere e di
responsabilità. Ma sopratutto è mancata l' umanità". Quindi la biondissima
Adriane, che dice di non aver assisitito più ad un GP di F.1 da quel giorno,
prosegue elogiando Prost e prendendos ela con Piquet, assente il giorno dei
funerali. "L' atteggiamento di Alain è stato quello di un gentleman. Non
c' era una persona sulla faccia sulla terra che non stesse soffrendo e che non
avesse voglia di esserci alle esequie. Per questo non riesco a digerire il
fatto che Piquet non vi abbia partecipato, per quanto nemico potesse essere. La
sua giustificazione è la cosa più imbecille che io abbia mai sentito". Infine
l' ex fidanzata di Senna ha raccontato il bel rapporto di amicizia fra il
campione brasiliano e Berger. La vita insieme, gli scherzi goliardici, come
quella volta che Ayrton mise un grosso pesce in una valigia di Gerard prima di
un lungo viaggio intercontinentale. "Nella F.1 sono tutti ragazzi che
viaggiano l' anno intero e restano la maggior parte fuori del loro paese,
lontano dalla famiglia, dalle fidanzate. E così fanno qualcosa per divertirsi.
In fondo hanno molte carenze". Intanto migliaia di brasiliani si sono
recati al cimitero Morumbi di Rio. La tomba del tre volte campione del mondo è
sommersa dai fiori. A casa Senna arrivano lettere da tutto il mondo: persino
dalla Lettona e dall' Afghanistan. 160 chili di posta solo dal Giappone e solo
nel mese scorso. La "torcida" dei tifosi di Senna è entrata nei
"tour" turistici, come il monumento di sette metri con il casco del
pilota. Per il Brasile Senna vive. Magari solo nei panni di
"Senninha", un fumetto per ragazzi che vende qualcosa come 240 mila copie
a numero. E Senna è ancora un affare: 4 milioni di dollari le royalties
incassate finora. Così
Senna vive davvero.
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