Adriane e o famoso "Gordinho" em foto datada de 08/11/2013, relembrando os velhos tempos da juventude, quando Ayrton era vivo. Os dois permaneceram amigos nesses anos todos.
Trecho extraído do livro “Caminho
das Borboletas” de Adriane Galisteu’’
Era o domingo da corrida e
houve esse novo passeio pelos boxes, com os convidados, entre o warm up e a
largada. Dia comprido para mim. Às cinco da manhã já estava acordada, às
6h30 desembarcava no autódromo. Trabalho difícil: muita gente, muita correria.
Mas houve o tal pitwalk, como de praxe, e, nas vizinhanças do boxe da McLaren,
um gordinho simpático, de cara bonitinha, me abordou:
- Sou o assessor para
assuntos particulares do Ayrton Senna - apresentou-se. - Ele me pediu pra pegar
o seu telefone.
Achei que era gaiatice, mas
dei. O da minha casa, o do trabalho. Incrédula, vi aproximar-se um senhor, que
repetiu:
- Dá o fax também.
Eu, silenciosa.
- É isso mesmo, garotinha. O
cara está paradão em você.
(Guardo no baú de minhas
melhores lembranças a primeira vez em que o ouvi pronunciar a palavra
garotinha. Eu amo o Braga, doutor Braga, o Braguinha, o Bragota; eu amo ouvi-lo
dizer garotinha, eu amo a Luiza, mulher dele, eu amo a Joana e a Maria, as duas
filhas do casal, tenho uma gratidão que jamais poderei exprimir em palavras. O
outro, o tal "assessor para assuntos particulares" do Ayrton, era, eu
logo ficaria sabendo, o Jacir, ou Jaça, amigo de longa data do Béco, que tinha,
e só ele [Ayrton] tinha, autoridade para chamá-lo, sem represália, pelo apelido de
Baleia.)
Ayrton e Jacir nos anos 90
Lembrança: capecete
presenteado por Ayrton ao amigo Jacir, usado pelo piloto na temporada de Fórmula
1 de 1992.
FONTE PESQUISADA
GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A.,
novembro de 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário