terça-feira, 25 de novembro de 2025

Beyoncé destaca foto de Ayrton Senna ao postar registros inéditos de encontro com Lewis Hamilton | Gshow

Cantora compartilhou registro de sua ida ao Grande Prêmio de Fórmula 1, em Las Vegas, nos Estados Unidos. "Amor e gratidão", escreveu ela.


Beyoncé posta novas fotos e surpreende ao mostrar página de livro com foto de Ayrton Senna — Foto: Reprodução/Instagram
Beyoncé posta novas fotos e surpreende ao mostrar página de livro com foto de Ayrton Senna — Foto: Reprodução/Instagram

A cantora e compositora Beyoncé compartilhou, na manhã desta terça-feira (25), um álbum de fotos com registros de sua ida ao Grande Prêmio de Fórmula 1 que aconteceu em Las Vegas. Dentre tantas fotos, uma chamou a atenção dos fãs: a artista incluiu a foto de uma página de um livro que traz a imagem de ninguém menos que Ayrton Senna.

A publicação, inclusive, criou expectativa entre os fãs brasileiros sobre uma possível vinda da diva pop ao Brasil.

"É um sinal que o primeiro show do ato III será no BR 👀 ela não é inocente 👍🏾", comentou uma fã. "Meu Deus ela colocou a foto de Ayrton Senna. ELA VEM PRO BRASIL 😭😭😭💚💛💚💛💚💛💚💛", escreveu outra

Beyoncé posta novas fotos e surpreende ao mostrar página de livro com foto de Ayrton Senna — Foto: Reprodução/Instagram
Beyoncé posta novas fotos e surpreende ao mostrar página de livro com foto de Ayrton Senna — Foto: Reprodução/Instagram

A página que Beyoncé compartilhou traz detalhes da trajetória de Senna no esporte.

"Quando morreu, em 1994, Ayrton Senna havia acumulado 41 vitórias no total - 21 delas nos anos 1990 - e conquistado os dois primeiros campeonatos da década."

Beyoncé, Jay-Z e Travis Scott encontram Hamilton no Grande Prêmio de Fórmula 1em Las Vegas

Beyoncé, Jay-Z e Travis Scott encontram Hamilton no Grande Prêmio de Fórmula 1em Las Vegas

A artista esteve presente no evento no sábado (22) e foi fotografada ao lado de seu marido, Jay-Z, e do piloto Lewis Hamilton momentos antes do Grande Prêmio de Fórmula 1, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Na legenda da publicação, a cantora inclusive agradeceu a Hamilton.

"Amor e gratidão ao melhor que já fez isso! Lewis Hamilton #44!", escreveu ela.


FONTE PESQUISADA

GSHOW - ​​Beyoncé destaca foto de Ayrton Senna ao postar registros inéditos de encontro com Lewis Hamilton. Disponível em: <https://gshow.globo.com/cultura-pop/famosos/noticia/beyonce-posta-novas-fotos-e-surpreende-ao-mostrar-pagina-de-livro-com-foto-de-ayrton-senna.ghtml>. Acesso em: 25 de novembro de 2025.


“Meu Ayrton”: generosidade, uma virtude que surpreende até hoje

Depois da morte de Ayrton Senna, Antonio Carlos de Almeida Braga continuou ajudando Adriane Galisteu e família

Por Daniela

Atualizado em 24 nov 2025, 10h55 - Publicado em 24 nov 2025, 10h00 


Braguinha e Adriane Galisteu na festa dos 70 anos do Braga, em Sintra (Portugal) (./Reprodução)

Se a avareza não fosse tão aguda no mundo, a desigualdade social talvez fosse outra. Quando surgem gestos — como dizer? — genuinamente generosos, merece registro.

Na série “Meu Ayrton” (direção de João Wainer), estreia da HBO Max sobre a história de Senna e Adriane Galisteu, contada pelo olhar dela, a apresentadora — tão humilhada à época — declara pela primeira vez o que todo mundo sabia, mas estava esquecido: depois da morte do piloto, Antonio Carlos de Almeida Braga lhe disse que continuaria a fazer por ela o que Senna fazia — bancando não só Adriane, totalmente desamparada, mas também sua família.

Braga e a mulher, Luiza (que tem participação importante na série), eram muito amigos de Senna, que, apesar de ter uma casa incrível no Algarve, preferia ficar com o casal, em Sintra, onde tinha um andar exclusivo. O gesto de Braga não deixa de ser surpreendente — talvez até incomum — nas classes mais altas.

Procurado, um médico muito bem informado diz só se lembrar de outros três casos, de alguma forma semelhantes e mais ou menos recentes:

  • Danuza Leão, sem ter onde morar, ganhou um apartamento na Avenida Atlântica da amiga Lily Marinho — ainda Lily de Carvalho, rica antes do casamento com o empresário Roberto Marinho.
  • O consultor de moda Julio Rego, nome destacado na sua área, morto em 2016, viu-se sem condições de manter o padrão de vida; o empresário Eduardo Vianna, o Verde, ex-presidente do Country Clube, cedeu-lhe um apartamento em Ipanema para morar para sempre. Extraoficialmente, depois da morte do Verde, foi convidado a se retirar.
  • O empresário Baby Monteiro de Carvalho bancou Jorginho Guinle por um bom tempo. Amigos de infância, Jorginho ficou pobre antes do que previra e sempre foi socorrido pelo dr. Joaquim, o Baby.

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ISTO É - ​​Série de Adriane Galisteu Sobre História de Amor com Ayrton Senna Ganha Data de Estreia. Disponível em: <https://istoe.com.br/serie-de-adriane-galisteu-sobre-namoro-com-ayrton-senna-ganha-data-de-estreia>. Acesso em: 06 de outubro de 2025.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

A História de KInda, a Cadelinha de Ayrton Senna


Todos os dias, no fim da tarde, a Schnauzer preta corre veloz para beira do píer na casa de Angra dos Reis, onde o campeão Ayrton Senna costumava passar seus momentos de folga. Ela para com o olhar desolado, fixo no mar, e fica ali abanando o rabo, gemendo impaciente, como se esperasse alguém que não chega. Kinda, a cachorra de estimação do piloto, parece estar de prontidão ainda hoje, na esperança de reencontrar seu dono. 

Grande companheira de Ayrton, ela nasceu no Algarve, em Portugal, onde deixou uma irmã, a fêmea Mouse, e veio para o Brasil tomar conta da casa de Angra. Sempre foi fanática por calcanhares e não deixava o piloto sozinho um minuto sequer em suas temporadas na ilha, dividindo com ele qualquer cantinho e qualquer aventura. 

 Ela esperou por seu dono todos os dias, num ritual de espera inútil. 

 Kinda morreu de câncer em 2002. 





segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Série de Adriane Galisteu Sobre História de Amor com Ayrton Senna Ganha Data de Estreia

'Meu Ayrton': apresentadora traz relatos inéditos do relacionamento com o saudoso tricampeão da F1

Estadão Conteúdo – 06/10/25 - 15h52min Em Gente

Atualizado em 06/10/25 - 16h17min

Isto é - istoe.com.br

Ayrton Senna e Adriane Galisteu  Foto: Reprodução / Instagram

A HBO Max divulgou a data de estreia de ‘Meu Ayrton’ por Adriane Galisteu, série documental que apresenta pela primeira vez a perspectiva da apresentadora sobre o relacionamento com o piloto Ayrton Senna. A série chega à plataforma no dia 6 de novembro.

A produção estreia após internautas apontarem que Adriane Galisteu teria sido deixada em segundo plano na série Senna, da Netflix. Nas redes sociais, a apresentadora divulgou a série e comentou: “Depois de 30 anos, esta história também merece ser contada…”

Olhar inédito sobre uma história conhecida

Mais de três décadas após a morte de Senna, Galisteu assume o protagonismo para revisitar um dos relacionamentos mais comentados dos anos 1990. Ao longo dos episódios, ela compartilha lembranças, bastidores e sentimentos que marcaram a convivência com o tricampeão mundial de Fórmula 1, oferecendo um relato pessoal e inédito sobre o período.

A série também conta com depoimentos de amigos e personalidades que acompanharam de perto os últimos anos de vida do piloto, além de imagens de arquivo e momentos pouco conhecidos do público.

De acordo com a plataforma, a proposta da série é permitir que Galisteu apresente sua versão dos fatos com autonomia e sob sua própria narrativa, em um formato documental que mistura entrevistas, reconstituições e passagens por locais marcantes da relação entre os dois.


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ISTO É - ​​Série de Adriane Galisteu Sobre História de Amor com Ayrton Senna Ganha Data de Estreia. Disponível em: <https://istoe.com.br/serie-de-adriane-galisteu-sobre-namoro-com-ayrton-senna-ganha-data-de-estreia>. Acesso em: 06 de outubro de 2025.

 

sábado, 4 de outubro de 2025

Dia Mundial dos Animais


Ayrton Senna, além de ser uma lenda nas pistas, sempre teve a companhia de seus leais pets. De Ford, seu parceiro de infância, o Bucks, Mouse, Kinda e Samanta, cada um trouxe alegria e carinho ao tricampeão. 

 Vamos aproveitar o Dia Mundial dos Animais para valorizar o amor pelos amigos peludos. Compartilhe uma história do seu pet e mostre o quanto eles significam para você! 🐶 



quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Casa que abrigou escritório de Ayrton Senna virou escola infantil em São Paulo

Na casa que ambientou o escritório do ex-piloto, hoje funciona a Escola Raposa Vermelha

Por Redação Casa e Jardim

revistacasaejardim.globo.com

02/10/2025 06h45  Atualizado agora

Antiga residência de Ayrton Senna na Zona Norte de São Paulo, que abrigou seu escritório, hoje funciona como escola de educação infantil bilíngue

Antiga residência de Ayrton Senna na Zona Norte de São Paulo, que abrigou seu escritório, hoje funciona como escola de educação infantil bilíngue — Foto: São Paulo Antiga/Reprodução | Montagem: Casa e Jardim

Desde 2021, uma antiga residência do piloto Ayrton Senna, localizada no bairro da Vila Maria Alta, Zona Norte de São Paulo, abriga a sede de uma escola de educação infantil bilíngue. A propriedade, que agora atende crianças do berçário ao pré-escolar, foi o escritório da empresa Ayrton Senna Promoções e Empreendimentos LTDA entre as décadas de 1980 e 1990.

Após a morte do tricampeão mundial de Fórmula 1, o imóvel de 601 m², construído em 1970, foi transformado em um espaço inteiramente dedicado à preservação de sua memória, conhecido como Torcida Ayrton Senna (TAS), e permaneceu ativo até 2013 — a casa foi alugada pela escola infantil em 2021 e não há registros oficiais que indiquem quem administrou ou ocupou a propriedade nesse intervalo de tempo.

Ayrton Senna em frente à residência onde funcionou seu escritório na Vila Maria Alta, Zona Norte de São Paulo  — Foto: São Paulo Antiga/Reprodução; Acervo de Armando Botelho/Divulgação

O piloto sempre manteve uma forte ligação com a Zona Norte da capital paulista. Durante sua infância, nas décadas de 1960 e 1970, viveu em uma casa na Rua Condessa Siciliano, no bairro Jardim São Paulo.

Em homenagem ao piloto, a estação de metrô mais próxima do local passou a se chamar Estação Jardim São Paulo–Ayrton Senna, eternizando sua presença na região onde cresceu.

Fachada da antiga casa de Ayrton Senna na Zona Norte de São Paulo, hoje transformada em escola de educação infantil bilíngue — Foto: São Paulo Antiga/Reprodução 

Apesar das mudanças na fachada, a casa — agora escola infantil — segue marcada pela memória de Ayrton, que faleceu tragicamente em 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. O endereço permanece como um ponto simbólico da trajetória do piloto brasileiro.

Fachada da antiga residência de Ayrton Senna na Zona Norte de São Paulo, que sediou seu escritório e, antes de se tornar uma escola infantil, esteve disponível para locação — Foto: São Paulo Antiga/Reprodução 



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CASA E JARDIM - ​​Casa que abrigou escritório de Ayrton Senna virou escola infantil em São Paulo. Disponível em: <https://revistacasaejardim.globo.com/noticias/noticia/2025/10/casa-que-abrigou-escritorio-de-ayrton-senna-virou-escola-infantil-em-sao-paulo.ghtml>. Acesso em: 02 de outubro de 2025.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Eu estava lá: pilotando um MG Metro 6R4 com Ayrton Senna

13 de agosto de 2025 - Kevin Jones

Em seu relato especial em primeira pessoa, o ex-relações públicas do MG Rover Group, Kevin Jones, relembra um dia verdadeiramente inesquecível em 1986.

É a história de como um teste de revista nas colinas galesas se transformou em um assento na primeira fila ao lado da lenda da F1 Ayrton Senna em um MG Metro 6R4 — e o momento em que ele se viu ultrapassando a lenda da F1... duas vezes.

Provavelmente, o passeio de carona mais “Sennsacional” de todos os tempos

Ayrton Senna e Kevin Jones

Comecei minha carreira seguindo meus sonhos de entrar para a indústria automobilística, ajudado por ter vencido, em setembro de 1971, o concurso da Kellogg’s ‘Design a Car of the Future’ (“Projete o Carro do Futuro”) aos nove anos de idade. Em 1978, iniciei um programa de quatro anos como um dos últimos aprendizes da Triumph, parte do então JRT (Jaguar Rover Triumph), localizado em Coventry. Tive a sorte de ser aprovado na minha primeira entrevista interna e consegui um cargo administrativo na Press Car Garage (Garagem de Carros de Imprensa) da empresa, onde trabalhei arduamente pelos cinco anos seguintes, até ingressar na área de Relações Públicas da empresa no Reino Unido.

Enquanto fazia o programa de aprendiz, em 1980, participei de um evento público de pista da Austin Rover chamado “Move over to Austin Rover” (“Mude-se para Austin Rover”) em Donington Park. Me vi no banco do passageiro de um Rover SD1 V8, e perguntei ao motorista, enquanto rodávamos em alta velocidade: “Como você consegue fazer isso?”. Ele respondeu simplesmente: “Você trabalha duro no dia a dia e se encontra no lugar certo, na hora certa.”

Incrivelmente, poucos anos depois, em julho de 1983, eu estava de volta a Donington Park, desta vez dirigindo um Rover (SD1) Vitesse! Depois de algumas voltas na pista, percebi que precisava aumentar a pressão dos pneus Pirelli P6 (excelentes para cantadas de pneu, mas que precisavam de mais pressão para pista), então fui para os boxes. A primeira pessoa que se ofereceu para ajudar foi ninguém menos que Frank Williams, que alegremente se dispôs a calibrar os pneus.

Da Press Garage (Garagem de Imprensa) a Frank Williams e Ayrton Senna

Frank estava lá naquele dia em parte por causa da associação da empresa com o desenvolvimento secreto de um carro de rali — daí os logotipos da Austin Rover  perto da entrada de ar dos carros de F1 — mas, principalmente, porque foi o primeiro teste de Fórmula 1 (83 voltas) de Ayrton Senna, então com 23 anos, no Williams FW08 com motor Cosworth de Keke Rosberg. Senna estava a caminho de conquistar o que, na época, seria um recorde de vitórias no Campeonato Britânico de Fórmula 3.

Enquanto trabalhava na Press Garage e registrava um grande número de carros da frota Montego, notei que determinada placa de registro (número de registro) ficaria perfeita no carro de demonstração da imprensa MG Metro 6R4 que acabara de chegar: C64 WDU — especialmente porque o nome “6R4” vinha do motor V6 de seis cilindros em um Metro personalizado, adaptado para rali e com tração nas quatro rodas. Mandei fazer placas especiais para ele até que ficou óbvio que a dianteira teria de ser um decalque (adesivo) por causa da curvatura do capô — por isso ainda guardo a placa dianteira original, nunca usada!

Imaginem minha empolgação em setembro de 1986, quando, poucos dias depois de assumir o cargo de Relações Públicas como Assessor de Imprensa de Produto e Técnica da Rover Cars (que incluía MG e Mini), fui designado para levar (ou acompanhar) o carro de imprensa MG Metro 6R4 a um dia de testes para revista no interior do País de Gales. Em mais um golpe de sorte e coincidência, um dos veículos que por acaso estava disponível para minha viagem ao País de Gales era um Rover SD1 Vitesse V8 de 3.5 litros (placa C87 URW, cor Moonraker Blue), anteriormente o carro da empresa de Frank Williams — cedido como parte de sua associação com o desenvolvimento do MG Metro 6R4), então meu dia já prometia ser rápido e memorável.

A primeira experiência de Senna em uma etapa de rali

A revista Car & Car Conversions (CCC) e seu criativo editor, Russell Bulgin, organizaram para seu amigo, Ayrton Senna, sua primeira experiência em um carro de rali e abordaram vários fabricantes do Grupo B (Austin Rover, Ford, Lancia, Peugeot, etc.) — afinal, 1986 foi o auge do Grupo B, e ocorreu logo antes da categoria mais selvagem do rali ser tristemente interrompida.

O piloto de F1 mais rápido do mundo queria dirigir os carros de rali mais rápidos do mundo e, embora a programação incluísse um Ford RS200, Lancia Delta S4, MG Metro 6R4 e Peugeot 205 T16, no último minuto três dos quatro fabricantes cancelaram, restou a Austin Rover e quatro carros particulares, providenciados às pressas para compor a experiência progressiva, que acabou ficando mais próxima do perfil do público (dos leitores) da CCC.

Começamos cedo naquela manhã dirigindo o Rover Vitesse rumo ao País de Gales, foi tudo, menos um sacrifício. A chegada de Russell e Ayrton Senna — já então um piloto de ponta da Lotus, no então "modelo padrão" para pilotos de F1, o Mercedes SEC Coupé preto — foi um momento realmente emocionante para os presentes.


Dirigindo para as colinas galesas para uma ação de rali

Enquanto subíamos em comboio as colinas de Carno, a poucos quilômetros de Newtown, Powys, onde ficava a Welsh Forest Rally School de Jan Churchill, o percurso incluía atravessar riachos e subir cada vez mais alto, e a sensação era de que algo especial estava para acontecer. No topo da pista de rali na floresta (No topo da etapa de rali florestal), Ayrton foi apresentado a cinco carros para sua introdução ao rali: um Vauxhall Nova Sport, um Volkswagen Golf GTi de rali (com especificações de rali), um Escort 4WD com motor V8 3.4 litros caseiro, um Sierra RS Cosworth e o MG Metro 6R4 de 300 cv, carro de imprensa da Austin Rover com especificações Clubman.

Antes que os fiscais sinalizassem de que estavam prontos, começou a familiarização e a preparação progressiva de cada carro, e me vi sozinho conversando com Ayrton de homem para homem. Era como conversar com um irmão (não que eu tenha um) — sem preconceitos ou reservas, ele falava abertamente, muito envolvido com a perspectiva de pilotar aquela variedade de carros. Perguntei: “Você acha que será uma experiência muito diferente de pilotar em pista?” e ele respondeu: “Estou realmente ansioso por isso — Será bem diferente, andar de lado e me divertir muito. Vai ser ótimo de assistir.

Ayrton pilotou cada carro enquanto Russell gravava as conversas. Ele gostava mais de cada carro subsequente do que do anteriorcom o Sierra RS Cosworth proporcionando uma sensação particular de potência aprimorada devido ao seu motor turbo de 2.0 litros. Mas, quando chegou a hora de escolher quem iria com ele no 6R4, acabei, num gesto generoso, algo como um generoso "você vai primeiro", oferecendo o lugar ao meu colega mecânico Noel Holdback — e depois pensei (sem palavrões): por que eu fiz isso?!


Minha segunda chance de pedalar com Ayrton

Depois que todos os carros foram pilotados, os presentes olharam para Russell para perguntar o que aconteceria em seguida, visto que já era final de manhã e quase hora do almoço. Ayrton comentou que havia gostado especialmente do 6R4, principalmente porque o motor V6 aspirado oferecia um prazer mais puro, com comandos precisos e respostas rápidas, então perguntou se poderia pilotá-lo novamente.

Generoso eu podia ser, mas não bobo: saltei logo para o banco do passageiro antes que alguém tivesse a mesma ideia. Já preso ao cinto, ansioso pela experiência que viria, fomos para o início da etapa (pista), mas encontramos alguns fiscais indo para o intervalo do almoço. Em vez de sair do carro, nós dois ficamos sentados, amarrados, enquanto Russell e outros conversavam com Ayrton sobre seu primeiro dia pilotando carros de rali. Eu não conseguia acreditar que estava naquele lugar na primeira fila – só nós dois juntos no 6R4.

Com os comissários de volta aos seus lugares, o V64V aspirado ganhou vida (V64V naturalmente aspirado foi devidamente acionado)Com a adrenalina subindo, de repente, partimos em alta velocidade! No início, eu estava realmente ansioso e, ao sermos lançados rapidamente na primeira curva, olhei para Ayrton girando o volante  — era como ver um mágico, fazendo malabarismos com o volante, fazendo ângulos precisos e com correções mínimas. O carro deslizava de traseira de forma controlada, fluindo pela curva na trajetória exata.

As curvas seguintes vieram de lado, com um precipício de um lado e um grande despenhadeiro até o rio do outro. Mas o que eu sentia era pura confiança: um gênio ao volante, aproveitando a velocidade sobre o terreno difícil. No retorno, já recuperado do susto inicial, encorajei: “Vai, Ayrton, manda ver!”, e ele aumentou o ritmo subindo de volta pelo estágio.

Uma masterclass (aula de mestre) lateral no palco da floresta

As curvas seguintes eram visíveis de ambos os lados do poste A, já que estávamos quase sempre de lado, mesmo com um precipício na encosta de um lado e uma grande queda invisível até o rio do outro, mas o efeito geral era de que um gênio da direção estava no controle – e ele estava curtindo a velocidade alcançada no terreno difícil.  Quando chegou a hora da corrida de volta, e depois de recuperar o fôlego, me vi encorajando-o: "Vá em frente, Ayrton, vá em frente", enquanto ganhávamos velocidade e subíamos de volta o trecho de rali da floresta galesa.

Foi um passeio verdadeiramente emocionante e que quase me arrependi de ter dado a outro antes, fiquei feliz de viver. Foi maravilhoso compartilhar a experiência dele ajustando suas habilidades de direção para esta nova disciplina e aumentando sua confiança nesta situação de direção mais extrema (Ver Ayrton adaptando seu talento a essa nova disciplina e ganhando confiança foi incrível). Gosto de pensar que o que ele aprendeu naquele dia o ajudou nas condições chuvosas em sua lendária primeira volta do Grande Prêmio da Europa em Donington Park em 1993, quando ele teve sua vitória mais memorável na F1...

Com isso, as fotos estáticas tiradas, acabou. Todos se prepararam para voltar ao estacionamento da montagem, onde os reboques e veículos de apoio estavam esperando, mas quem iria dirigir o 6R4 de volta? Eu claramente ainda estava cheio de adrenalina e, embora eu só tivesse dado uma breve volta nele anteriormente, enquanto estava em Coventry, agora me encontrava ao volante do MG Metro 6R4! 

Minha vez no volante

Finalmente, chegou a minha vez de dirigir o 6R4

Ligar o 6R4 parecia prender um foguete nas costas, com o motor a poucos centímetros de mim, cantando alto. Saí cauteloso, mas logo entendi o carro: comandos precisos recompensavam, mas tirar o pé do acelerador fazia a traseira balançar como um barco na crista de uma onda. Aprendi rápido que era preciso ser decidido: ou acelerar ou frear.

Com um motor de som impecável, tração nas quatro rodas e desempenho, vêm responsabilidades ainda maiores – e coragem! Tendo perdido uma oportunidade naquele dia, decidi ir atrás do ouro. Ligar o 6R4 foi como prender uma mochila a jato às costas, especialmente porque o motor estava a poucos centímetros de mim e em plena atividade.

Lá fui eu, cauteloso no início, mas rapidamente pegando o jeito [mas rapidamente me acostumei]. Comandos precisos traziam grandes recompensas, mas tirar o pé do acelerador fazia o carro escorregar de traseira, balançando como um navio levado pelo próprio embalo das ondas. Aprendi rápido que era preciso ser mais enérgico com ele e manter o foco: ou acelerava ou freava – sem rodeios – e peguei o jeito bem a tempo, pouco antes de me lançar na travessia do rio. Esperançoso de que conseguiria atravessar, apesar do para-choque dianteiro parecer um limpa-neve, tive a visão de que a cena teria sido bem dramática, com os jatos d’água subindo aos céus atrás de mim (como se eu estivesse no Rally RAC).

No trecho de asfalto das estradas secundárias galesas, um Land Rover lento me segurava [achei difícil conter o 6R4 atrás de um Land Rover mais lento à minha frente]. Então, corajosamente, mas com cuidado, voei para ultrapassá-lo. — e só então vi que era Russell ao volante, com Ayrton no banco do passageiro. Os papéis tinham se invertido! Nossa, aquele motor V64V cantava (rugia)!

Ao entrarmos no asfalto das estradas secundárias galesas, achei difícil conter o 6R4 atrás de um Land Rover mais lento à minha frente, então, corajosamente, mas com cuidado, voei para ultrapassá-lo. Percebi que era Russell ao volante e Ayrton no banco do passageiro – como os papéis agora estavam invertidos! Nossa, aquele motor V64V cantava!

Ultrapassando Ayrton Senna – e fazendo isso duas vezes

Uma gincana local no vale abaixo parecia fazer todos olharem para mim, enquanto as colinas ecoavam o som estrondoso — porém eficiente — do V6 ruidoso. Eu estava me divertindo tanto que perdi a curva à esquerda e tive que dar meia-volta — e adivinha só… ultrapassar o Land Rover novamente.

Quem você conhece que pode dizer que ultrapassou o Ayrton Senna não uma, mas duas vezes, hein?

Que dia longo e especial foi aquele, pensei, enquanto atravessava o País de Gales a toda velocidade em meu retorno para casa no apropriadamente chamado Rover Vitesse de Frank Williams — um verdadeiro viajante veloz, feito para devorar quilômetros.

Reencontro com o C64 WDU em Donington

Avançando para 2013, durante o 30º aniversário da vitória de Ayrton no Grande Prêmio da Europa em Donington Park – dado o acaso de estarmos no mesmo local, decidi descobrir onde estava o carro MG Metro 6R4. Descobri que ele estava “descansando” em Sheffield, então propriedade de Phil Lilley, no Distrito dos Lagos, e que estava à venda (o que facilitou a busca).

Consegui convencer Phil a levar o MG Metro 6R4 até Donington e, assim, reencontrei o C64 WDU mais uma vez – e você entenderá por que eu queria tanto sentar no banco do passageiro, para reviver minhas lembranças exatamente como eram. Desde então, ele foi vendido e, infelizmente, perdeu a pintura original de carro de imprensa da Austin Rover; agora está de volta à ativa nos ralis, proporcionando diversão a seus ocupantes e ao público.

Minha trajetória dedicada de RP continuou com muitos momentos memoráveis e notavelmente ótimos, mas todos eram comparados àquele passeio supremo [mas cada vez eles eram avaliados em relação à melhor corrida de todas]. Ayrton era verdadeiramente um piloto naturalmente talentoso, um piloto tranquilo (suave) em qualquer superfície e, sem dúvida, “um prazer de ver” [era incrível de assistir] – especialmente quando observado de perto, do banco do passageiro. Que experiência especial foi aquele dia [Que corrida especial foi aquele dia] – como nenhuma outra desde então!


FONTE PESQUISADA

JONES, Kevin. ​​Eu estava lá: pilotando um MG Metro 6R4 com Ayrton Senna. Disponível em: <https://www.aronline.co.uk/opinion/i-was-there/riding-with-senna/>. Acesso em: 01 de setembro de 2025.