Adriane Galisteu conta sobre presente especial que
ganhou de Ayrton Senna em sua última vitória na Fórmula 1, durante o Grande
Prêmio da Austrália de 1993. Senna arrematou a calça da cantora americana Tina
Turner em um show dela na Austrália e deu de presente para Adriane.
Sem Filtro,
Canal de Adriane Galisteu, 27 de fevereiro de 2019. Ele a conhecia e sabia que Adriane adoraria o presente.
"Outro dia li uma coisa que ficou gravada na minha
cabeça. Foi estranho. Eu não costumo guardar nada que leio. Esqueço na hora,
mas isso ficou. Foi no diário de uma menina que veio me pedir um autógrafo.
Aconteceu em um dia estranho. Eu estava fazendo exercício. Tinha acabado de
explorar o limite do meu corpo. Não conseguia nem falar direito. Não me lembro
das palavras exatas mas era mais ou menos assim: que Deus me dê calma para
suportar as coisas que eu não puder modificar, força para mudar o que for
possível e sabedoria para diferenciar as duas coisas" (Fevereiro, 1993)
Fonte: Jornal do Brasil, 1993.
Em referência aos problemas que ele estava
enfrentando na Fórmula 1
Como sempre, Ayrton Senna se furta a falar da sua
vida sentimental. Quando se trata dela, é reticente, monossilábico. A uma
pergunta como, por exemplo:
– E o seu GP sentimental, como vai?
A referência é ao seu longo namoro com a modelo
Adriane Galisteu.
– Se melhorar, estraga!
E põe um ponto final no assunto:
Se há duas coisas que não se encontram no
mesmo grid é o trabalho e a vida privada. Não se pode haver
interferência de uma coisa na outra, sob pena de as duas acabarem imperfeitas.
Print da reportagem
Print da reportagem
FONTE PESQUISA
BIANCHI, Ney. Ayrton Senna no vácuo do tetra.
Revista Manchete, Rio de Janeiro, nº 2184, ano 42, p. 28-31, Bloch Editores
S.A., 12 de fevereiro de 1994.
Uma coisa é certa: não pretendia encerrar a carreira
na Fórmula-Indy que, filosoficamente, definia assim:
"A Fórmula-Indy é uma alternativa de viagem
para os que não têm mais espaço na Fórmula-1. É um show e não um desafio. Não é
válida para quem começa, mas é boa para quem está acabando."
Que o Emerson Fittipaldi não saiba disso...
FONTE PESQUISADA
BIANCHI, Ney. Ayrton Senna no vácuo do tetra.
Revista Manchete, Rio de Janeiro, nº 2184, ano 42, p. 28-31, Bloch Editores
S.A., 12 de fevereiro de 1994.
- Tá bem, eu errei. Não
precisava ter me exposto. Se eu estivesse no seu lugar, talvez reagisse do
mesmo modo. Peço desculpas. Mas, se você quiser terminar nossa relação por
causa desse episódio, aproveita sua raiva e vai em frente. Termina...
Tinha um travo de choro na
garganta, porém fiquei firme para não chorar. Propunha um fim no nosso namoro,
mas meu coração estava do tamanho de uma ervilha, gritando "não,
não". Sair dali seria mergulhar num abismo sem fundo, eu sabia disso. De
repente, vi que caíam lágrimas dos olhos dele. Entendi aquilo como o seu
constrangido jeito de dizer "sim, acabou, até mais...”
- Tivemos um relacionamento
maravilhoso - continuei. - Nunca chegamos a uma discussão nesses termos. Fiquei
chocada com o que se passou aqui. Você me mostrou um Ayrton que eu não conhecia.
Longe de mim irritá-lo. Eu já
me lamentava previamente pelo desfecho esperado. A discussão havia avançado
madrugada adentro. Ele apagava a luz, a raiva o vencia, acendia de novo,
falava, falava. Quatro horas seguidas. Pensei no pior:
"Amanhã, eu me levanto e
vou embora". Não seria a reação de uma mulher vingativa ou ofendida. Seria
a atitude correta de uma mulher vencida. Aí, foi ele quem interrompeu:
- Nunca duvidei do seu
caráter, não é isso. Disse que não gostei e não gostei, é só isso.
Trocamos um olhar em que
senti a faísca de um amor que, na verdade, nenhum de nós queria perder. As
feridas estavam expostas, mas, em silêncio, com uma cumplicidade sem palavras,
nos demos um tempo. Fomos deitar. Fonte: Caminho das Borboletas E os pedidos públicos de desculpa:
Revista Caras, Brasil
Nova Gente de Portugal
O Ayrton deu uma de Scarface, na antológica cena do restaurante, esculachou a mulher, quase se ferrou e perdeu a mulher. A valentia acabou. Mais um pouco Adriane teria ido embora também...
Minutos contatos para se despedir do homem que amava
Além de perder o homem que amava e seu companheiro, Adriane Galisteu foi vítima de inúmeras atrocidades cometidas pela própria família do piloto
A pouco mais de um ano uma nova paixão entrou na
vida de Ayrton Senna, Adriane Galisteu, uma jovem que desejava tanto a Senna,
que desistiu de sua carreira de modelo para dedicar-se ao relacionamento com o
piloto. Adriane estava em Portugal, no Algarve, esperando o namorado, quando
soube de sua morte. O enterro de Ayrton Senna reuniu ontem as duas loiras de
sua vida, uma de 31 anos (Xuxa), e outra uma década mais jovem (Adriane).
Adriane, a pedido da família Senna da Silva, sequer
pôde demorar-se em frente ao caixão, durante o velório na Assembleia
Legislativa. Limitou-se a uma rápida reza e a depositar um cravo vermelho sobre
a bandeira do Brasil, cravo este enviado por um fã de Senna que mora em Lisboa.
Xuxa não depositou nenhum cravo. Ao contrário, na
saída do cemitério retirou dentre as milhares de flores que cobriam o caixão,
uma bem pequena, amarela, e guardou-a para si, de recordação. Adriane, terno
escuro com detalhes na lateral da calça comprida, abraçou e beixou os pilotos,
e foi embora caminhando, negando-se a falar a repórteres que queriam saber,
entre outras coisas, se está ou não esperando um filho de Senna.
Xuxa Meneghel, vestido longo, bolsa preta, óculos
pretos, sequer chegou perto dos jornalistas. Desceu sobre o tapete vermelho
colocado sobre a grama, acompanhando os familiares de Senna e foi embora no
mesmo furgão de dona Neyde e seu Milton, os pais do tricampeão.
FONTE PESQUISADA
O
PIONEIRO – Enterro reúne Xuxa e Adriane. O Pioneiro, 06 de maio de 1994,
Esporte, página 25.
Viviane Senna, nesta manhã do dia 22 de fevereiro de 2019. Foto: Romulo Fiadini.
[ As duas inimigas declaradas, que já foram cunhadas, ficaram bem próximas no
mesmo evento e isso, como sempre acontece quando elas estão no mesmo recinto ou se encontram, gerou uma enorme tensão nos convidados. ] [Keila Gimenez, em ocasião da morte do âncora Ricardo Boechat, relembrou um episódio antigo (de 2011) envolvendo Viviane e Adriane Galisteu.]
Por Keila Gimenez
R7, 11/02/2019
Enquanto os repórteres apostavam se Adriane Galisteu
iria cumprimentar (ou não) Viviane Senna (as duas dividiam o mesmo metro
quadrado no evento), senti que o lugar no puff ao meu lado já não estava mais
vazio.
O meu novo vizinho de camarote era um sujeito
franzino, de camiseta verde, calça jeans, papete estranha e chapéu de
pano. Demorei para reconhecer.
"Boechat?", perguntei olhando quase que
por debaixo do chapéu de pescador.
"Droga, você me descobriu aqui!",
respondeu o âncora, tirando onda da minha cara.
Me explicou, enquanto comia uns canapés acumulados
em um guardanapo, que "odiaaaava" eventos, e que estava ali
praticamente 'obrigado'. "Vim, mas vim de roupa de protesto!", me
garantiu Boechat, rindo.
FONTE PESQUISADA
JIMENEZ, Keila. O dia em que reconheci Boechat
"disfarçado" de Seu Madruga. Disponível
em: <https://diversao.r7.com/prisma/keila-jimenez/o-dia-em-que-reconheci-boechat-disfarcado-de-seu-madruga-12022019>.
Acesso em: 22 de fevereiro 2018.
Só depois de avaliar o novo carro (McLaren MP4/8) é que
ele definiria se correria no ano de 1993 na Fórmula 1.
"Meu treino deve ser semana que vem, em Silvertone,
Paul Ricard, Magny Cours ou Estoril." Foi em Silverstone:
"Não dá para fazer previsões. Só vi o MP4/8 em fotos
e só fiquei sabendo de algumas informações do teste do Andretti."
"Já vi muito carro bonito e moderno que decepcionou
nos primeiros testes e outros feios e estranhos se tornarem lindos depois das
primeiras voltas. O carro é bonito se é rápido e confiável." Nem mesmo o visual do carro o entusiasmou.
Filosoficamente falando, isso foi para refletir! Pense nisso!
"O regulamento para 94 dará mais competitividade à F1." "Do jeito que os carros evoluíram nos últimos dois
anos, o trabalho dos pilotos foi facilitado e os nivelou por baixo. O câmbio
automático equiparou pilotos que antes eram até meio segundo mais lentos por
volta do que outros que pilotavam o mesmo carro."
Senna gostou das mudanças anunciadas para 94, mas
foi cauteloso sobre as medidas que entrariam em vigor em 93.
Visionário. Por isso não dá para comparar pilotos da era de Senna com a de Schumacher e os outros que vieram depois. Hoje em dia até quem joga Fórmula 1 no vídeo game (em simuladores) tem chances de vencer. Estragaram o esporte.
(Fonte das frases: Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de 1993)
Muitos interpretam a história de Adriane Galisteu
como um conto de fadas. Ela nasceu pobre. Aos 14 anos, após a morte do pai,
começou a trabalhar para ajudar no sustento da família. Tornou-se independente.
Em 1993 estava trabalhando como garota-propaganda no campeonato brasileiro de
Fórmula-1 quando conheceu o piloto Ayrton Senna. Em pouco tempo, os dois
estavam namorando. Uma semana antes do acidente fatal do piloto, em maio de
1994, foram capa da revista Caras. Nas páginas internas, Senna admitia a possibilidade
de casamento. No enterro a família protelou a modelo e pavoneou uma ex, a
apresentadora Xuxa, como viúva oficial. Não adiantou. Começava ali a ascensão
da menina pobre.
(O Pioneiro, 02 e 03 de março de 1996)
FONTE PESQUISADA
F.B.
- A história da menina pobre que virou namorada de Ayrton Senna. O Pioneiro, 02
e 03 de março de 1996, Comportamento, página 7.
Por essa ninguém esperava! Família do Ayrton Senna apoiando Adriane Galisteu, o seu livro Caminho das Borboletas e elogiando a modelo "Nós não fizemos nenhum tipo de pedido a Adriane e, pelo que ouvi dizer, não há grandes revelações no texto, por isso não vejo problema nenhum" (Jornal do Brasil, 25/10/1994) Jornal do Brasil, 25 de outubro de 1994 Sem más recordações Leonardo, irmão de Ayrton Senna, prefere ignorar livro escrito por Adriane Galisteu
SÃO PAULO – A família Senna da Silva recebeu com aparente indiferença o livro Caminho das Borboletas, que a modelo Adriane Galisteu lança esta semana e no qual conta os 405 dias de seu relacionamento com Ayrton Senna. De acordo com Leonardo, irmão do piloto morto dia 1º de maio no autódromo de Ímola, a família sabia que o livro estava sendo escrito e não impôs nenhum tipo de restrição ao relato da modelo. "O texto não nos foi submetido e nem deveria, porque foi uma iniciativa dela, uma coisa normal", afirma Leonardo.
Ele, no entanto, desmente a informação da Editora Caras de que algumas fotos escolhidas para serem publicadas no livro teriam sido embargadas pela família. Também garante não ter lido sequer os trechos do livro que vem sendo publicados nos últimos dias. "Nós não fizemos nenhum tipo de pedido a Adriane e, pelo que ouvi dizer, não há grandes revelações no texto, por isso não vejo problema nenhum", afirma Leonardo, a única pessoa da família que nos últimos meses tem se pronunciado sobre os assuntos relacionados ao piloto. "Se for um livro bonito, positivo e fizer sucesso, ficaremos contentes."
Leonardo calcula que há pelo menos cinco meses a família não tem contato com Adriane. A modelo costumava se relacionar mais com dona Neyde, mãe de Ayrton. A indiferença em relação à ex-namorada de Ayrton Senna parece ser tão grande que Leonardo afirma que, particularmente, não tem ne nenhuma curiosidade de conhecer o texto que traz a público momentos íntimos do piloto, segredos guardados a sete chaves pelo tricampeão quando era vivo. "Estou evitando lembrar de tudo o que relembre aqueles tempos porque para mim, particularmente, tudo é ainda muito difícil. Pode ser que daqui a um ano me dê vontade de ver vídeos ou ler tudo o que está sendo publicado, mas por enquanto não quero saber de nada", afirma Leonardo.
Print da reportagem
FONTE PESQUISADA
BASCCHERA, Roberto. Sem más recordações. Jornal do Brasil, 2ª edição, 25 de outubro de 1994, Esportes/Turfe, página 19.
Gente querendo brigar com Adriane Galisteu por causa
do falecido Ayrton Senna. Ayrton era da Adriane Galisteu. Ela era sua esposa.
Ele morava já com Adriane sob o mesmo teto como marido e mulher (em São Paulo,
depois se mudaram para Portugal), era feliz com ela, a amava e iam se casar.
Além disto, não se pode brigar pelo que não era seu...
Reginaldo Leme, jornalista que acompanhou toda a
carreira de Ayrton Senna e foi seu amigo pessoal, diz que Ayrton, no último ano
de sua vida, estava se dedicando muito mais a vida pessoal do que a
profissional.
"Pouco depois do acidente, fretei um avião
para seguir até Bolonha. Eu estava esperançosa. Dizia a mim mesma que quando
chegasse lá poderia vê-lo, falar com ele, segurar sua mão, lhe dar forças.
Nestes últimos anos, vivemos momentos privilegiados, os melhores de todos.
Ayrton
era o homem da minha vida. Depois de sua partida para a Europa, já fazia três
semanas que não nos víamos, e, ao chegar a Portugal, disse-lhe, apressadamente,
o quanto o amava. A última semana fora muito intensa, falávamos muito pelo
telefone, ele era alegre, apaixonado, dissemos coisas que jamais havíamos dito.
Dentro do avião, prestes a seguir para Bolonha, tentava me persuadir de que
tudo não poderia terminar assim tão brutal e tragicamente." - Adriane
Galisteu.
FONTE PESQUISADA
PEYRARD, Michel; DURAN, Cristina. Adriane Galisteu Exclusivo. Manchete, Rio de Janeiro, nº 2198, ano 43, p. 4 – 8, 21 de maio 1994.
Michel Peyrard e Cristina Duran / Paris Match / França