Gostaria que falasse do amor que viveu com Ayrton
Senna.
Mª Elizabeth Bezerra, Fortaleza (CE)
Mª Elizabeth Bezerra, Fortaleza (CE)
É difícil falar, teria que
fazer uma entrevista gigante para responder a essa pergunta.
O fato é que foram momentos
muito especiais da minha vida, e tenho certeza de que
o fiz muito feliz. Isso me
deixa tranquila e em paz. Foi
um horror tudo o que aconteceu na vida dele e na minha. É um cara que faz
falta, não só como homem, mas como brasileiro, como ídolo. Ele era uma pessoa
muito iluminada. Guardo essa história com muito carinho. É como se o tempo não
passasse. Por isso escrevi o livro, foi uma catarse, uma terapia com
o Nirlando Beirão, o ghost
writer de O Caminho das Borboletas.
Você guarda alguma mágoa da família do Senna?
Juliana Terra, Resende (RJ)
Juliana Terra, Resende (RJ)
Não. Hoje, como mãe, posso
dizer isso com mais clareza. Se eu perdi um namorado e o Brasil perdeu um
ídolo, a mãe dele perdeu um filho! Depois da morte do Ayrton, eu perdi o meu
irmão. Minha mãe enlouqueceu. Ninguém é dono da razão nesse momento. Você acha
que a mãe dele pensou em mim? Que eles pensaram em mim naquele momento? Não.
Talvez pudessem ter um cuidado? Talvez. Mas quem sou eu para julgar? Entendi,
na morte do meu irmão, como minha mãe ficou, as reações dela. São coisas que
você não pode julgar. Se a família me telefonar, eu os atenderei
prontamente.
Depois de tanta tragédia em sua vida, como consegue
seguir em frente sem revolta? Daniel Oliveira, Taubaté (SP)
Eu me entristeço, choro e me
deprimo, mas não me permito ir muito adiante com isso. E, quando estou
esmorecendo, minha mãe, que é muito forte, diz: “Quer que eu comece te contando
a nossa história? Vamos lá na Lapa, porque a casa está lá. Você não pode ter
medo de trabalho, das suas decisões, você é uma mulher que sabe a educação que
tem!”. Então, não guardo rancor. Tenho pavor de morrer de câncer. Acredito que
o câncer, sem generalizações, é uma doença que tem a ver com mágoa. Gosto de
botar para fora. Erro publicamente, peço desculpas se tiver que pedir. Eu sou
humana, não a rainha da razão.
Você e Xuxa têm muitos amigos em comum, apesar de não
se gostarem. Já houve tentativa de aproximação? Felipe Vieira, São José (SC)
Não é verdade. A gente não se
conhece. Existe uma diferença enorme entre não se gostar e não se conhecer.
Nunca conversei com a Xuxa um minuto! Tenho amigos em comum e sei que ela fala
de mim coisas que não são verdadeiras. Sei lá que tipo de história contaram a
meu respeito, que tipo de Adriane ela acha que sou. Também contam histórias
dela para mim. Mas sou diferente e gosto de ser assim. Se você chegar para mim
e contar alguma coisa de alguém, não vou acreditar, definitivamente. Prefiro
esperar as coisas acontecerem com o tempo. Acho que o fato de a gente não se
conhecer, de ela ter namorado o Ayrton, de ser apresentadora e loira causa
ainda mais essa situação. Existem muitas coincidências nessa história e acho
que o tempo há de colocar as coisas em seus lugares.
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Para o Jornal o Dia: http://odia.ig.com.br, na mesma data
28/03/2012, ela lamentou a maneira como foi tratada pela família Senna e
confessou que sente muitas saudades de Ayrton Senna:
Falou da saudade que sente de
Ayrton Senna, com quem namorou pouco mais de um ano, e lamenta a maneira como
a família do piloto a
tratou depois de sua morte: “Você acha que a mãe dele
pensou em mim? Não. Talvez pudessem ter um cuidado?” disse Adriane.
Ayrton Senna e Adriane Galisteu namoraram um ano e meio. Os dois moravam juntos quando o piloto sofreu o acidente que o matou, em 1994.
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FONTES PESQUISADAS
SEGADINHA. Bruno. Adriane Galisteu 10 perguntas dos leitores. Disponível em: <http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,ERT300201-18481,00.html>. Acesso em: 28 de fevereiro 2012.
O DIA - Galisteu fala sobre Senna. Disponível em: <http://odia.ig.com.br/portal/diversaoetv/galisteu-fala-sobre-senna-1.424756>. Acesso em: 11 de janeiro 2016.