segunda-feira, 10 de junho de 2013

AYRTON, O HERÓI REVELADO - Pai de Ayrton Senna não imaginava que seu filho fosse se tonar um piloto de competição



"Miltão", como sempre foi tratado pelos amigos e pela família, incluindo a mulher, dona Neyde, gostava de carros e de corridas. Por mais que gostasse, no entanto, é possível afirmar que nunca passou por sua cabeça que Ayrton pudesse se tornar piloto de competição.
Nem no âmbito sul-americano o automobilismo brasileiro era uma força. As poucas corridas, naquele início dos anos 60, eram muito perigosas e às vezes fatais, para pilotos e espectadores, principalmente quando disputadas em circuitos de rua, como os de Piracicaba, Petrópolis e Rio de Janeiro.
Um retrato da época: num fim de semana de outubro de 1964, no circuito da Barra da Tijuca, houve um episódio que muitos do esporte consideram um acontecimento único no automobilismo mundial: um mesmo carro, uma Alfa-Giulia, matou duas pessoas, na mesma corrida, em dois momentos diferentes, com dois pilotos diferentes ao volante.
No primeiro acidente, o piloto Mário Oliveti atropelou dois guardas da Polícia Militar, um dos quais morreria dias depois. Depois, Carlos Augusto Lamego assumiu a direção da mesma Alfa-Giulia para concluir a corrida, mesmo não estando inscrito na prova. Derrapou, perdeu o controle do carro e foi em direção aos espectadores. Uma jovem morreu na hora.



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