domingo, 6 de outubro de 2013

Ayrton Senna: 19 anos, 19 inimigos

01 de maio de 2013



O relógio marcava no Brasil exatamente 9h10min quando a Williams de número 2 batia no muro da Tamburello, daquele 1º de maio de 1994. Ayrton Senna praticamente morreu naquele momento, porque todas as tentativas médicas ainda na pista e depois no hospital não poderiam resultar em sucesso porque as lesões na cabeça do maior piloto de todos os tempos eram irreversíveis.
Isso ocorreu há exatamente 19 anos. Muito, ou quase tudo, já foi dito sobre o mito Senna e sobre aquele 1º de maio no circuito de Ímola. Em uma fatalidade, como a de um acidente da aviação comercial, não existe uma causa apenas. São sempre vários os motivos que acabam na chamada fatalidade.
Vamos a 
19 motivos que colaboraram para aquela fatalidade. Se você quiser falar alguma coisa, sinta-se à vontade.
1 A Williams projetada por Adrian Newey era o carro dos sonhos de Senna.
2 Quando finalmente conseguiu ir para a equipe inglesa, a FIA retirou todos os recursos eletrônicos dos carros.
3 O carro que nasceu como o melhor da história da F-1 em 1992 continuava sendo muito rápido em 1994, mas não tinha estabilidade. Era “inguiável”, por assim dizer.
4 De forma velada, a Benetton de Michael Schumacher continuou utilizando os recursos eletrônicos. Aquela Benetton é considerada o carro mais fora do regulamento que já passou pela F-1.
5 Na primeira prova do ano, em Interlagos, Senna foi para o pit stop em primeiro, mais de 5 segundos à frente de Schumacher. Voltou quase 10 segundos atrás. Os vigaristas da Benetton tinham uma mangueira de reabastecimento que dava uma vazão de gasolina muito maior, fora do regulamento.
6 Antes da primeira corrida, Senna pediu para aumentar a coluna da direção de seu carro. Suas mãos batiam nas laterais do cockpit.
7 Grosseiramente, uma equipe do tamanho da Williams não produziu uma coluna nova, mais longa, mas fez uma emenda na já existente.
8 Em conversas com Alain Prost, com quem tinha se reconciliado logo após a última corrida pela McLaren em 1993, Senna se mostrava deprimido, com a certeza que a Benetton estava trapaceando desde o começo do campeonato.
9 Embora tivesse feito a pole position nas duas primeiras corridas (fez também na de Ímola), Senna não concluiu nenhuma prova, e estava sob pressão para o GP de San Marino, 20 pontos atrás de Schumacher.
10 O terrível acidente de Rubens Barrichello assustou Senna na sexta-feira.
11 O acidente fatal de Roland Ratzenberger no sábado deixou Senna arrasado.
12 Senna não queria correr no domingo, mas foi obrigado pela FIA, sob ameaça de punição severa.
13 Mais um acidente sério na largada, envolvendo o português Pedro Lamy, colocou mais pressão nos ombros dos pilotos e de todo o circo.
14 Nas voltas com a presença do safety car, o ritmo foi lento demais, com os pilotos não conseguindo aquecer os freios adequadamente.
15 Por causa do desgaste dos materiais desde a primeira corrida, a barra da direção da Williams de Senna se rompeu justamente na Tamburello, uma “reta torta”, como dizia Nelson Piquet, feita a mais de 300 km/h.
16 Mesmo sendo violenta, a batida no muro em diagonal não era preocupante. Mas aí começa a série de fatalidades e acontecimentos desfavoráveis.
17 Uma ponta de um braço da suspensão dianteira direita foi arremessada contra a cabeça de Senna.
18 A ponta da suspensão chocou-se contra a única parte vulnerável do capacete: a viseira. Milímetros mais para cima, a ponta teria ricocheteado no capacete, sem problemas.
19 Foi como Senna tivesse levado um tiro na cabeça, logo acima do olho direito. Senna não teve nenhum ferimento no corpo e teria saído do carro caminhando se não tivesse sido alvejado pela ponta da suspensão.


FONTE

Blog da Fórmula 1


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