01 de maio de 2013
O relógio marcava no Brasil exatamente 9h10min quando a Williams
de número 2 batia no muro da Tamburello, daquele 1º de maio de 1994. Ayrton
Senna praticamente morreu naquele momento, porque todas as tentativas médicas
ainda na pista e depois no hospital não poderiam resultar em sucesso porque as
lesões na cabeça do maior piloto de todos os tempos eram irreversíveis.
Isso ocorreu há exatamente 19 anos. Muito, ou
quase tudo, já foi dito sobre o mito Senna e sobre aquele 1º de maio no
circuito de Ímola. Em uma fatalidade, como a de um acidente da aviação
comercial, não existe uma causa apenas. São sempre vários os motivos que acabam
na chamada fatalidade.
Vamos a 19 motivos que colaboraram para aquela fatalidade. Se você quiser falar alguma coisa, sinta-se à vontade.
Vamos a 19 motivos que colaboraram para aquela fatalidade. Se você quiser falar alguma coisa, sinta-se à vontade.
2 Quando finalmente conseguiu ir para a equipe
inglesa, a FIA retirou todos os recursos eletrônicos dos carros.
3 O carro que nasceu como o melhor da história da
F-1 em 1992 continuava sendo muito rápido em 1994, mas não tinha estabilidade.
Era “inguiável”, por assim dizer.
4 De forma velada, a Benetton de Michael Schumacher
continuou utilizando os recursos eletrônicos. Aquela Benetton é considerada o
carro mais fora do regulamento que já passou pela F-1.
5 Na primeira prova do ano, em Interlagos, Senna
foi para o pit stop em primeiro, mais de 5 segundos à frente de Schumacher.
Voltou quase 10 segundos atrás. Os vigaristas da Benetton tinham uma mangueira
de reabastecimento que dava uma vazão de gasolina muito maior, fora do
regulamento.
6 Antes da primeira corrida, Senna pediu para
aumentar a coluna da direção de seu carro. Suas mãos batiam nas laterais do
cockpit.
7 Grosseiramente, uma equipe do tamanho da Williams
não produziu uma coluna nova, mais longa, mas fez uma emenda na já existente.
8 Em conversas com Alain Prost, com quem tinha se
reconciliado logo após a última corrida pela McLaren em 1993, Senna se mostrava
deprimido, com a certeza que a Benetton estava trapaceando desde o começo do
campeonato.
9 Embora tivesse feito a pole position nas duas
primeiras corridas (fez também na de Ímola), Senna não concluiu nenhuma prova,
e estava sob pressão para o GP de San Marino, 20 pontos atrás de Schumacher.
10 O terrível acidente de Rubens Barrichello
assustou Senna na sexta-feira.
11 O acidente fatal de Roland Ratzenberger no sábado
deixou Senna arrasado.
12 Senna não queria correr no domingo, mas foi
obrigado pela FIA, sob ameaça de punição severa.
13 Mais um acidente sério na largada, envolvendo o
português Pedro Lamy, colocou mais pressão nos ombros dos pilotos e de todo o
circo.
14 Nas voltas com a presença do safety car, o ritmo
foi lento demais, com os pilotos não conseguindo aquecer os freios
adequadamente.
15 Por causa do desgaste dos materiais desde a
primeira corrida, a barra da direção da Williams de Senna se rompeu justamente
na Tamburello, uma “reta torta”, como dizia Nelson Piquet, feita a mais de 300 km/h .
16 Mesmo sendo violenta, a batida no muro em
diagonal não era preocupante. Mas aí começa a série de fatalidades e
acontecimentos desfavoráveis.
17 Uma ponta de um braço da suspensão dianteira
direita foi arremessada contra a cabeça de Senna.
19 Foi como Senna tivesse levado um tiro na cabeça,
logo acima do olho direito. Senna não teve nenhum ferimento no corpo e teria
saído do carro caminhando se não tivesse sido alvejado pela ponta da suspensão.
FONTE
Blog da Fórmula 1
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