terça-feira, 1 de outubro de 2013

Jornalista Italiano Detona Viviane e o resto dos Parentes de Ayrton Senna

Autosprint acusa e levanta suspeitas

Artigo do jornalista italiano Carlo Cavicchi, diretor da revista AUTOSPRIT Agosto de 1994

Viviane Senna fez um espetáculo no velório do irmão para aparecer


Era de se esperar. Quando Ayrton Senna acabou no muro da Tamburello, com seu corpo já sem vida, começava o GP da especulação. A última descoberta vem do Japão, de onde há uns dois meses foi lançada uma filial da Torcida Ayrton Senna, o clube-negócio que em São Paulo recolhe as cinzas do campeão e distribui no mercado fotos, vídeos, brindes de todo o gênero.
Na Terra do Sol Nascente a popularidade do ás brasileiro era superior em comparação com o resto do mundo; e, seus fãs, bem fornecidos de ienes, estão dispostos, por cultura ou mesmo mentalidade, a grandes sacrifícios. Eis porque este terreno não poderia ser mais fértil para tão árdua iniciativa.
Nasceu então o Senna-tour, organizado pela Nikkey Travel Services por sugestão da filial local da torcida paulista. Uma viagem com tudo incluso Tokyo-São Paulo e retorno, com visita ao kartódromo onde Ayrton deu os primeiros passos, visita a Interlagos, à casa da Rua Pais Leme onde o Mágico nasceu e viveu quando criança, uma escapada à Avenida Cantareira, onde vivem os pais Milton e Neyde, depois uma parada principal na Torcida Ayrton Senna, uma olhada na Senna Promoções no bairro de Santana (de fora, pois dentro atrapalhariam a fábrica de dinheiro dos parentes de Ayrton) e enfim, uma peregrinação ao cemitério do Morumbi. Tudo por uma módica quantia de 7 milhões de liras (US$ 5.500). Uma boa oportunidade para os fãs, porém uma viagem vantajosa visto que se fala em uma viagem por mês num Jumbo escolhido para a ocasião. Mas, o que há por trás de tudo isso? No Brasil, todos estão de boca fechada, não por medo, mas simplesmente por respeito à memória de Ayrton, um símbolo para toda a nação e, também um personagem que sem muito clamor, sem querer que se soubesse por aí, sempre destinou parte de seus ganhos a obras de caridade.
A outra face de Senna, aquela que não interessava às crônicas esportivas, era de alguém que se preocupava com as crianças, com os doentes. E também de sua família, um grupo de pessoas cada vez mais numeroso, um aparentado famoso senão por sua glória, pelo menos por seu dinheiro. Por isso Ayrton criou a Senna Promoções, uma empresa que deveria se auto-financiar desfrutando de seu nome, que bem rápido se tornou sua marca, com iniciativas diferenciadas em todos os campos. O chefe de tudo é seu primo Fábio, mas no fundo mandam um pouco todos. E, esta empresa modelo – premiada há alguns anos como a melhor do mundo entre aquelas que utilizam o nome esportista em atividade – produziu dinheiro juntamente com as iniciativas colocadas em prática e sempre suportadas por Ayrton.
Um trabalho colossal até 1 de Maio deste ano. Depois veio o pânico. Alguma coisa vai continuar, porém a luz no fim do túnel se apagou. Ayrton era a providência, a pensão para a velhice. Era também um grandioso seguro de vida que tardaria a chegar. A Lloyds pediu tempo – precisamos entender que é natural, tratando-se de milhões e milhões. Se na verdade não foi o muro (como parece certo) a assassinar, como reclama desesperado o irmão Leo, o dinheiro poderia não chegar.
O que está então por trás do Senna-Tour?
No Brasil, os jornalistas que estavam há anos ao lado do amigo piloto, limitam-se a notar que agora há muita tensão na Senna Promoções. Dizem que o modo como a família repudiou Adriane Galisteu – a última companheira de Ayrton – não foi somente inconveniente, mas suspeito. Acrescentam também que a demissão de Betize Assumpção – a assessora de impressa pessoal de Ayrton – foi pouco correta. Interpretam enfim muito mal as insistentes aparições da irmã de Ayrton – Viviane – em várias redes de televisão com o suporte das atividades econômicas da Senna Promoções. E terminam por aqui. Do Senna-Tour há um amargo suspiro:
“Ayrton realmente não merecia tudo isso...”

FONTE PESQUISADA


SANTOS, Francisco. Ayrton Senna Saudade. Edição Brasileira. São Paulo: Edipromo, 1999.

Betize Assumpção – a assessora de impressa pessoal de Ayrton – esteve o tempo todo ao lado de Adriane Galisteu atrás das grades no velório de Ayrton Senna enquanto Xuxa era muito bem recebida por todos os parentes de Ayrton Senna.

Veja Fotos de Betize Assumpção e Adriane Galisteu no Velório:








Abaixo Viviane Senna e Xuxa de mãos dadas no cemitério:


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