Senna e Piquet fizeram dobradinha no GP Brasil 1986, Piquet chegou em 1º e Senna em 2º
Naquele fim de semana do GP
da Europa 1985, em Brands
Hatch , o tempo a ser batido nos treinos era o da Brabham-BMW
de Piquet, pole provisório, com 1m09s204. Antes, a Lotus preta e dourada,
aquele reluzente capacete amarelo-limão e o som abafado em baixa rotação
do motor Renault Turbo chamaram a atenção de todos por completar duas voltas em
baixa velocidade. Nas palavras de Hilton, um predador a segundos do ataque
mortal.
Ayrton abriu a volta e o som das explosões violentas do turbo a cada troca de marcha encheu o autódromo de expectativa. Ao cruzar a linha, Senna tinha destruído os tempos de Piquet e Rosberg em mais de um segundo: 1m08s020. E achou pouco porque, disse mais tarde, o carro tinha saído um pouco de frente. A concorrência também tinha mais o que tirar dos carros. Mansell e Rosberg, os dois pilotos da Williams, no entanto, nem puderam comemorar a chegada à casa do 1m08s. Ayrton foi para a pista logo depois e recolocou a diferença: 1m07s786.
Piquet e Senna no GP Brasil 1986
Quando todos se preparavam para celebrar mais um show de Senna, a surpresa:
Piquet cravou 1m07s482, cruzando a linha a exatos 296 quilômetros por
hora. E Brands Hatch, mais uma vez, prendeu a respiração para acompanhar o
contra-ataque do predador. Em plena volta voadora, no descortinar de uma
lombada, Senna deu de cara com a McLaren de Prost em volta de desaceleração.
Não se permitiu o direito de levantar o pé nem por uma fração de segundo.
Ultrapassou o futuro rival como uma bala.
Ao cruzar a linha, 1m07s169.
A corrida foi vencida por Nigel Mansell, com Senna em segundo. Mas o que
ficou para a história foram aqueles 313 centésimos de segundo da pole. Que
duram bem menos que o pronunciar da palavra genialidade.
Senna tem problemas no carro durante treino livre do GP de Portugal 1985, o primeiro GP Prêmio de F1 vencido por Senna
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