sábado, 7 de abril de 2018

Viviane e Leonardo Senna Foram os Mais Afetados Com Planos de Ayrton Senna e Adriane Galisteu, Revela Livro



Após uma temporada de cinco meses na Europa sem voltar ao Brasil, Ayrton e Adriane se casariam – inclusive o piloto planejou pedir a amada em casamento no dia do acidente, quando se reencontrassem, no primeiro dia que começariam uma nova vida em Portugal. As novidades caíram como uma bomba na família de Ayrton e não agradaram principalmente seus dois irmãos Viviane e Leonardo.



Retirado do livro "Fatal Weekend" do jornalista britânico Tom Rubython

TRADUÇÃO LIVRE

Para a recepção da noite [festa de lançamento da Audi no Brasil, Ayrton era o representante licenciado da marca alemã no país], Adriane o acompanhou vestida com esmero. Senna anunciou que também teria acordos com motocicletas Ducati e canetas Mont Blanc para o Brasil. Estes seriam os primeiros de muitos produtos que ele importaria para o Brasil para sua nova vida de negócios, quando planejava efetuar uma mudança contínua de piloto de corridas para um poderoso empresário. Ele havia visto o efeito desmoralizante da aposentadoria de outros pilotos e não pretendia que isso acontecesse com ele.


Ayrton Senna e Adriane Galisteu chegando na festa da Audi

Assista:


*A parceria entre a Audi e o grupo Senna começou em 1993, através de contrato exclusivo para a venda dos veículos da marca Audi através da Senna Import — empresa fundada pelo tricampeão mundial de F-1, Ayrton Senna. (Folha de São Paulo, 18 de março de 2005)

Depois disso, Adriane teve o incômodo trabalho de se desculpar com Milton e Neyde da Silva [pais de Ayrton] pelas fotos da Caras. Eles também estavam chateados. Mas depois de uma conversa franca, ela pensou que eles tinham deixado isto para trás.

No entanto, havia outros assuntos que incomodavam a família, assuntos que não foram discutidos. Durante as semanas de verão em Angra, Senna e Adriane elaboraram um plano pelo qual ela iria se juntar a ele em Portugal em sua casa no Algarve durante toda a temporada do GP da Europa e ficariam lá permanentemente por cinco meses, e não retornariam ao Brasil. Seu estilo habitual era voltar para casa depois de qualquer outra corrida por uma semana. Incomodava a família imensamente, mas eles não podiam dizer ou fazer nada. Criou uma fenda invisível entre eles e Adriane e que irromperia na semana antes do Grande Prêmio de San Marino, culminando com Leonardo sendo enviado à Europa para persuadi-lo a desistir de Adriane.

A decisão de Senna de não voltar para casa por cinco meses foi recebida muito mal pela família e foi diretamente atribuída à influência de Adriane, o que afetou particularmente sua irmã, Viviane, e seu irmão, Leonardo. Na verdade, foi decisão do Senna e Adriane concordou com isso como seu desejo. Ele queria um verão ininterrupto com ela no Algarve. A família estava tendo que aprender a lição de que seu filho famoso estava finalmente pronto para fugir do ninho e se estabelecer com o amor de sua vida. Eles não aceitaram bem. Mas Adriane não sabia nada disso na época.

Os planos de seu irmão Ayrton Senna com Adriane afetaram particularmente Viviane e Leonardo

Em 3 de abril de 1994, Adriane viu Senna pela última vez. Ele estava indo para o Japão e ela ficou por um mês em São Paulo para fazer um curso intensivo de inglês. Se ela se instalasse na Europa durante metade do ano, teria que falar inglês.

Ela levou Senna para o aeroporto em seu Fiat Uno prata para seu voo. Ele não voltaria ao Brasil até o final de setembro. Ela deixaria o Brasil quatro semanas depois e se mudaria para a casa dele em Portugal e eles morariam juntos. Era claramente o prelúdio de algo grande. Ela sentiu que ele quase havia proposto casamento várias vezes e ela esperava voltar ao Brasil como sua noiva.

Adriane diz agora sobre 3 de abril: “Foi um dia muito especial e eu não sabia porque na época. Antes de irmos, tivemos uma longa tarde de amor. Chegamos ao aeroporto cedo e ficamos no carro e conversamos, nos abraçamos e nos beijamos. Ele me disse: "Vou ficar de olho em você, garotinha". Ele se despediu e me deu um longo beijo no carro. ”Ela relembra as palavras dele na última vez em que estiveram juntos em Angra:“ Um dia vou me casar com você e um dia vou correr na Ferrari. Eu terminarei minha carreira lá e terminarei minha vida com você. ”

E foi isso. Ela nunca mais o veria. Ela se jogou em tempo integral no curso de inglês, que ocupou todo o seu tempo - além de fazer as malas para cinco meses. Senna foi para o Japão, mas se retirou do Grande Prêmio do Pacífico, enquanto seu rival no campeonato, Michael Schumacher, venceu novamente. Mais tarde, ele contou a Adriane, assim como ele disse a todos que estavam próximos a ele, que achava que a Benetton de Schumacher estava, de tempos em tempos, usando componentes eletrônicos proibidos. Diferenças de tempo [fuso horário] e um forte compromisso de patrocinador significava que ele sentia falta de falar com ela em seu aniversário e não conseguiu até as seis da manhã do dia seguinte, pedindo desculpas desesperadamente por acordá-la tão cedo. Ela entendia as pressões sobre ele no Brasil, como ela mesma testemunhara no ano anterior. Em 21 de abril, Senna estava de volta à casa do Algarve. Ela estava estudando aulas de inglês também à noite. Mais tarde naquele dia, ela enviou por fax sua primeira carta de amor em inglês. Continuou com as lições até o voo da Varig para Lisboa na sexta-feira, 29 de abril.



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Opinião Blog Senna Vive

Desfrutavam da fortuna do irmão, sua fama e prestígio, o exploravam (por ele ter o coração generoso), o pouco prestígio que tinham e tudo que conseguiram foi através do irmão famoso e milionário, é por isso que não gostaram das boas novas, por despeito e temor de tudo mudar (a tal "harmonia familiar" deles), o que até então estava fluindo maravilhosamente bem, ótimo para eles. Simples: uma garota pobre, intrusa, era vista como uma ameaça. Assim se juntam ao pai (Milton), que também não queria esse casamento, e armam para separar os dois, sem sucesso.

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IDIOMA ORIGINAL


For the evening reception, Adriane accompanied him dressed to the nines. Senna announced he would also have deals with Ducati motorcycles and Mont Blanc pens for Brazil. These would be the first of many products he would import to Brazil for his new business life, when he planned to effect a seamless change from top racing driver to top businessman. He had seen the demoralising effect of retirement on drivers and he did not intend that to happen to him.

Afterwards Adriane had the uncomfortable job of apologising to Milton and Neyde da Silva for the Caras photos. They were also upset. But after a heart-to-heart discussion, she thought they had put it behind them.

However, there were other matters rankling the family, matters that were not discussed. Over the winter weeks at Angra, Senna and Adriane had hatched a plan whereby she would join him in Portugal at his Algarve house for the whole of the European Grand Prix season and they would stay there permanently for five months, and not return to Brazil. His usual style had been to return home after every other race for a week. It bothered the family immensely, but they could say nothing, and do nothing. It created an unseen rift between them and Adriane and that would erupt in the week before the San Marino Grand Prix culminating in Leonardo being sent to Europe to persuade him to give Adriane up.

Senna’s decision not to come home for five months was received very badly by the family and was squarely blamed on Adriane’s influence and it particularly upset his sister, Viviane, and brother, Leonardo. In truth, it had been Senna’s decision and Adriane had gone along with it as his wish. He wanted an uninterrupted summer with her in the Algarve. The family were having to learn the lesson that their famous son was at last ready to flee the nest and settle down with the love of his life. They didn’t take it well. But Adriane knew none of this at the time.

On 3rd April 1994, Adriane saw Senna for the last time. He was going to Japan and she was staying on for a month in São Paulo to take an intensive English language course. If she was to settle in Europe for half the year, she would have to be able to speak English.

She drove Senna to the airport in her silver Fiat Uno for his flight. He would not return to Brazil until the end of September. She would leave Brazil four weeks later and move into his house in Portugal and they would live together. It was clearly the prelude for something big. She felt he had nearly proposed several times and she expected to come back to Brazil as his fiancée.

Adriane says now of 3rd April: “It was a very special day and I didn’t know why at the time. Before he went we had a long afternoon of love. We got to the airport early and we stayed in the car and talked, hugged and kissed. He said to me ‘I’ll keep an eye on you little girl’. He said goodbye, and gave me a long kiss in the car.” She recalls his words the last time they were at Angra together: “One day I will marry you and one day I will work for Ferrari. I will end my career there and end my life with you.”

And that was it. She would never see him again. She threw herself full-time into the English course, which occupied all her time – as well as packing for five months away. Senna went to Japan but retired from the Pacific Grand Prix as his rival for the championship, Michael Schumacher, won again. He later told Adriane, as he told everyone close to him, that he thought Schumacher’s Benetton was running banned electronic aids from time to time. Time differences and a heavy sponsor commitment meant he missed speaking to her on her birthday and did not get through until 6am the following day, desperately apologising for waking her so early. She understood the pressures on him in Brazil, as she had witnessed them herself the previous year. By 21st April, Senna was back at the Algarve house. She was cramming English lessons into the evenings as well. Later that day, she faxed him her first love-letter in English. She carried on with the lessons right up to her Varig flight to Lisbon on Friday 29th April.



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FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.

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