Publicada na extinta revista
esportiva Grid em novembro de 1993, após assinar com a Williams, um
introspectivo Ayrton Senna deu uma carona ao jornalista pelas ruas de São Paulo
e abriu o coração sobre os bastidores da Fórmula 1 e o que sonhava ser seu futuro
Texto: Sergio
Quintanilha
Sérgio Quintanilha - motorshow.com.br
30/11/2015
Não é todo dia que se pode
pegar carona com Ayrton Senna. Mas, numa deferência especial aos leitores de
Grid, o tricampeão abriu o bloqueio: vamos andar ao lado dele, em seu carro
particular, num passeio pelas ruas de São Paulo. No trajeto, o novo piloto da
campeoníssima Williams-Renault, favorito ao título de 1994, fala sobre o
momento especial de sua carreira e sobre a Fórmula 1 em geral. Evita entrar
em detalhes sobre os assuntos mais polêmicos, mas deixa escapar o seu
sentimento, algumas mágoas e, principalmente, uma postura de autovalorização
muito forte – seja falando de sua entrada na Williams ou dos acordos com os
patrocinadores. “Estou numa boa, estou muito bem”, ele diz a certa altura. Vez
ou outra, despe-se da condição de super-homem e lamenta não ter visto na TV
Globo a reportagem em
que Reginaldo Leme mostrou a Frank Williams seu primeiro
teste na F1, com um Williams, em 1983: “Putz! Cheguei em casa e, quando
liguei a TV, estava terminando a reportagem”. Vamos em frente então…
Ayrton deu carona ao jornalista em seu carro particular, nas ruas de São Paulo, e abriu o coração sobre os bastidores da Fórmula 1
Ayrton afivela o cinto, liga
o motor e arranca, vagarosamente, acenando para os fãs na calçada. E começa a
falar…
– Sou muito cobrado a
respeito da situação social no Brasil. Nosso país tinha uma imagem alegre.
Agora, com tanta violência, mudaram a imagem do Brasil. As pessoas me perguntam
se faço alguma coisa pelas crianças. Não digo nada. Se faço, ninguém precisa
saber. E se faço e fico contando o que faço, então acho que perde o valor.
Muitos olham para mim e pensam: “Pô, esse cara ganha um monte de dólares num
país com crianças na miséria!” Sou cobrado, sim. Mas não fico falando se faço
alguma coisa e o que faço.
Esse sentimento talvez
explique a insistência com que Ayrton pediu uma bandeira após vencer o GP do
Japão.
– Carregar a bandeira, para
mim, tem um valor simbólico forte. Olha que já estou acostumado com essa
história de ouvir o hino nacional em cima do pódio, mas na hora isso sempre
mexe comigo.
"Carregar a bandeira, para mim, tem um valor simbólico forte."
Vamos falar das vitórias,
então. Não das quatro dezenas conquistadas em 10 anos de carreira, mas das que
virão quando o tricampeão sentar no Williams-Renault número 2 para voltar a ser
o número 1. Existe um clima de “já ganhou” no Brasil.
– Não me preocupo com isso.
Desde que eu tenha um carro competitivo, as coisas surgem naturalmente. Já
mostrei que sei vencer corridas – ele diz, acelerando mais forte para colocar o
carro numa brecha aberta no trânsito engarrafado.
Já imaginou Senna disparado
na frente? Huummm… esse campeonato pode ficar muito chato.
– Isso não é problema meu. Se
realmente acontecer, os outros é que têm de se preocupar em achar uma maneira
de me alcançar.
Mas quem, afinal, pode
alcançar o melhor piloto do mundo no melhor carro do mundo? Damon Hill, seu
futuro companheiro de equipe?
– Damon aprendeu muito este
ano, a ponto de vencer alguns grandes prêmios, conquistar poles. Há um ano, ele
nem sabia direito o que era competir num carro de Fórmula 1. Tinha feito dois
grandes prêmios pela Brabham, que estava no lado oposto do grid. Quanto ao
relacionamento com ele, pelo contrato sou o primeiro piloto da equipe. Lógico
que na prática isso não vai existir, porque a Williams tem condições técnicas e
financeiras para fornecer material de ponta para dois pilotos. Ele vai ter o
mesmo tratamento que eu, o que é uma vantagem para quem já está lá há um ano,
conhece a equipe, conhece o carro…
A paisagem é meio repetitiva
a cada esquina, o trânsito lento não deixa Ayrton dirigir como gosta, é muito
acelera-freia-acelera-troca de marcha. Mas que imagem estaria passando pela sua
cabeça? Vitórias? Mais um, dois títulos?
– Não falo em vitórias porque
o campeonato ainda nem começou – ele diz. – Já perdi muita corrida ganha na
minha vida. Em 1989, no Canadá, eu estava poupando o carro nas voltas finais e,
mesmo assim, o motor quebrou. Quem ganhou foi o Thierry Boutsen, que deu uma
rodada de 360 graus na reta, num lugar em que o normal seria acabar no muro.
Mas não, o carro ficou na trajetória certa e ele venceu. Por isso, aprendi uma
coisa: para ganhar uma corrida, antes é preciso terminá-la.
E, para ir um pouco mais
longe, para ser campeão é preciso saber atuar (e vencer) também nos bastidores.
– A parte política é mais
difícil do que dirigir – concorda. – Só consegui meu lugar na Williams porque
usei toda minha experiência. Aprendi não só a lidar com um carro de corrida,
mas com os bastidores, o funcionamento político, o relacionamento com os
organizadores de um grande prêmio, com os comissários de pista, com a imprensa,
como ligar com a imagem das companhias que fazem parte da Fórmula 1. Ao longo
de todos esses anos aprendi cometendo muitos erros.
Ayrton erra o caminho e
comenta: “Aqui não vai dar certo, não é por aqui”. Acelera mais forte para
achar o rumo correto, como se estivesse recuperando o terreno perdido. Algumas
esquinas depois, rumo tomado, desabafa: “Nada como a experiência!” O piloto
parece estar intimamente satisfeito por ter alcançado o que queria. Mas,
afinal, quem passou a perna em quem no affair Prost/Williams/Senna?
– Não tem quem passou a perna
ou quem levou o tombo.
Longo silêncio. O piloto
acelera, o homem pensa. Ao seu lado, muitos motoristas comuns, se virassem o
rosto, veriam o ídolo de perto. Não o fazem. Todos parecem ter o mesmo
objetivo: ir em frente, a qualquer custo. Ayrton sai do silêncio:
– Não tem nada disso. Minha
ida para a Williams era só uma questão de tempo.
– Prost disse que, se
quisesse, barraria sua entrada na equipe – provoco.
– Por que ele não fez isso,
então?
– Conta como foi que
aconteceu.
– Não! (nervoso) Não
vou entrar em detalhes.
Acho que é bobagem, não vem ao caso. A verdade é uma só: eu
sou piloto da Williams e… (longa pausa)
E?
– … E ponto final. Essa é a
verdade. Eu vou correr na Williams e ele não vai estar lá. Se ele disse que
poderia me barrar, eu me surpreendo, pois não foi ele quem declarou tantas
vezes que não tinha o direito de barrar ninguém, que isso era uma decisão da
equipe? Então o Prost, apenas para variar, como sempre, fala muito. Ele
ganharia muito mais se falasse menos. É isso que acontece com ele: fala demais!
Com Frank Williams: "A verdade é uma só: eu sou piloto
da Williams e ponto final. Essa é a verdade. Eu vou correr na Williams e ele
[Prost] não vai estar lá"
"Prost, apenas para variar, como sempre, fala muito. Ele ganharia muito mais se falasse muito menos. É isso que acontece com ele: fala demais!"
Embora irritado, Ayrton não
se altera ao volante. Vai dirigindo de forma tranqüila, diferente de tantos
“Sennas” que andam por aí. E, por falar em inimigos, de onde vêm os problemas
de relacionamento entre Senna e Michael Schumacher?
– Acho que o Schumacher, como
tantos outros jovens, tem sede de vencer, mas talvez não tenha uma estrutura
suficiente para administrar o sucesso tão cedo. Ele é competitivo e está tendo
sucesso. Só que essa falta de estrutura acaba trazendo uma série de situações
indesejáveis… no relacionamento com as pessoas, pô! Não é só comigo. Isso tem
sido uma constante para ele. Schumacher não é visto da forma mais simpática
dentro da Fórmula 1. Ele é visto como muito estrela. O cara venceu dois grandes
prêmios na vida até hoje, nada mais, e se acha um campeão do mundo, alguma
coisa assim…
"Schumacher não é visto da forma mais simpática dentro
da Fórmula 1. Ele é visto como muito estrela. O cara venceu dois grandes
prêmios na vida até hoje, nada mais, e se acha um campeão do mundo, alguma
coisa assim..."
Aliás, é bom que se diga, o
tricampeão não perdoa, bate. Já deu uns empurrões em Schumacher. Em Suzuka ,
também não deixou barato o atrevimento do estreante Eddie Irvine, que também
ganhou um sopapo do brasileiro. Ayrton não gostou da forma como ele pilotou e
desaprovou também o comportamento de seu futuro “companheiro” Damon Hill. Senna
dá o tom: faz o que quer, na pista e fora dela.
– Estou começando a colher os
frutos de muitos anos de trabalho. Tenho certeza de que tem muito por vir. Se
eu conseguir manter uma cabeça aberta, para continuar aprendendo, absorvendo,
evoluindo, as coisas vão acontecer.
O carro avança, agora mais
velozmente. Os automóveis à frente parecem abrir espaço. Senna acelera, passa
raspando num carro, corta outro, tudo com a maior segurança. E continua falando
da vida, vai mostrando sua cara:
– Estou muito bem, numa boa.
Estou fazendo o que gosto, corro, tenho uma posição de destaque, credibilidade
não só em guiar um carro de corrida, por ter demonstrado tecnicamente ser
competente, mas também por honrar, no lado profissional, os compromissos que
assumo. Isso tudo é uma grande conquista na vida de um profissional.
Ele agora fala solto, sem
freios. Vamos ouvindo.
– Quando você faz um contrato
de um ano, oferece o serviço e a outra parte assume a responsabilidade dela.
Aí, ao longo do ano, vai depender da capacidade de ambos de conviver e cumprir
o compromisso, não só no papel mas no espírito da coisa. O espírito do acordo é
que vale realmente. E só quem tem condições realmente de cumprir, por desejo
pessoal, competência, seriedade e profissionalismo, é que tem duração, que tem
vida longa, senão dura um ano, dois anos e acaba. Este ano, por exemplo,
assinei o contrato com o Banco Nacional em março, depois de já ter corrido na
África do Sul. A gente sabe que pode contar um com o outro na hora boa e na
hora difícil. Isso é credibilidade, é uma coisa que muito pouca gente tem na
minha profissão. Aliás, acho que ninguém tem, se você quer que eu seja honesto.
Não estou me gabando, não, mas honestamente acho que não tem nenhum corredor de
Fórmula 1 hoje, ou nos últimos cinco anos, que tenha uma credibilidade como
essa.
"Sobre o patrocínio do Banco Nacional: "A gente sabe
que pode contar um com o outro na hora boa e na hora difícil".
"Não estou me gabando, não, mas honestamente acho que não
tem nenhum corredor de Fórmula 1 hoje, ou nos últimos cinco anos, que tenha uma
credibilidade como essa" [a dele, para conseguir patrocínios]
Se ouvisse isso, Prost diria
que, além de acreditar em Deus, Senna pensa que é Deus. Eles que se entendam,
ou se desentendam… Na verdade, o brasileiro mal disfarça um sabor de vingança,
pois há um ano, quando pensou que poderia escolher a equipe que bem entendesse,
deu com a cara na porta fechada da Williams.
– Eu podia correr em qualquer
equipe menos na Williams. Não podia correr porque o Prost tinha um veto
específico contra mim. Só por isso: ele se recusava a competir comigo na mesma
equipe.
– Você não faria o mesmo se
estivesse no lugar dele?
– Isso é covardia! Você pode fazer certas exigências dentro de uma equipe para ter uma posição forte. Existem equipes pequenas que não podem ter dois pilotos número 1. Mas numa Ferrari, numa McLaren, numa Williams e numa Benetton, isso não se aplica, porque elas têm possibilidade técnicas e econômicas para ter dois pilotos de ponta. Se eu não corresse este ano, a Williams teria ganho todos os grandes prêmios, com exceção de Portugal. O que ocorreu no ano passado foi uma vergonha. Mas cada um compete do jeito que quer. Tem uns que são felizes por competir assim, estabelecer as cartas antes de dar o baralho. Eu jamais competiria dessa forma.
– Isso é covardia! Você pode fazer certas exigências dentro de uma equipe para ter uma posição forte. Existem equipes pequenas que não podem ter dois pilotos número 1. Mas numa Ferrari, numa McLaren, numa Williams e numa Benetton, isso não se aplica, porque elas têm possibilidade técnicas e econômicas para ter dois pilotos de ponta. Se eu não corresse este ano, a Williams teria ganho todos os grandes prêmios, com exceção de Portugal. O que ocorreu no ano passado foi uma vergonha. Mas cada um compete do jeito que quer. Tem uns que são felizes por competir assim, estabelecer as cartas antes de dar o baralho. Eu jamais competiria dessa forma.
Ok, mas dizem as más línguas
que Ayrton teria barrado Derek Warwick quando corria na Lotus. Ele jura que
não. E, como é o número 1 da Williams por contrato, o pobre Damon Hill estaria
destinado a perder todas as corridas…
– Não, não! Eu poderia ter
uma cláusula no contrato dizendo assim: “Se Damon estiver em primeiro e eu em
segundo, tem que tirar o pé e deixar eu passar porque sou o número 1” . Mas não tenho isso no contrato.
Isso é absurdo, não é competição. Se o cara está na sua frente andando melhor,
o problema é seu de dar um jeito de andar melhor que ele e ganhar a corrida.
Agora… já aconteceu de um piloto número 2 chegar no número 1 e a equipe dizer:
“Não passa”. Isso existe, sim.
Na McLaren, mesmo durante a
guerrilha com Prost, Senna sempre teve um tratamento VIP. Por isso, após vencer
o GP do Japão, já de contrato assinado com a Williams, Ayrton deu um abraço
fraternal em Ron
Dennis. Mas , é inegável, sobraram muitas mágoas nesse
episódio. Ficou um diz-que-diz no ar… Enquanto o carro roda macio pelas ruas de
São Paulo, segue um diálogo sobre Ron Dennis.
– Telefonei para o Ron antes
de anunciar meu contrato com a Williams porque queria que ele ficasse sabendo
por mim, e não pela imprensa. Aí ele me disse que tinha acabado de fechar um
acordo de colaboração muito importante com a Peugeot, maior que aquele que a
McLaren tinha
com a Honda.
com a Honda.
"Telefonei para o Ron [Dennis] antes de anunciar meu contrato
com a Williams e ele me disse que tinha acabado de fechar um acordo de colaboração
muito importante com a Peugeot".
– Ele teria dito, nesse
telefonema, que agora você iria se arrepender por ter deixado a McLaren.
– Para mim ele não disse isso
e duvido que tenha dito para alguém. Quando ele me disse que tinha fechado com
a Peugeot, eu o parabenizei e desejei boa sorte. Acho importante que a McLaren
continue sendo uma equipe forte e torço para o bem deles.
– Nenhuma mágoa de Ron?
– Não tenho mágoa de ninguém.
Além do convívio profissional, criamos também uma grande amizade. Sabia que sou
padrinho de uma filha dele? Acho que agora, sem compromisso profissional,
poderemos ficar ainda mais amigos – diz.
Ora, ora… Todo mundo sabe que
o relacionamento entre Ayrton Senna e Ron Dennis chegou a ficar realmente
abalado… Ayrton se abstrai, aproveita o sinal vermelho para refletir um pouco e
finalmente rompe o silêncio:
– Ron sabia que eu ia sair,
que era apenas uma questão de tempo para que isso se confirmasse. Naturalmente,
depois de seis anos de trabalho juntos, não é uma separação fácil. Foi trabalho
e amizade que cresceram nesses anos todos. Nós também tivemos grandes
conquistas. Você não apaga e muda como numa compra e venda de automóvel.
Existiu e existe um certo desconforto com essa mudança, não só da parte dele
mas também da minha. Eu tinha relacionamento não só com ele, mas com dezenas de
membros da equipe, os quais eu considero profissionalmente e pessoalmente. A
mudança de um piloto depois de seis anos não é uma coisa simples. Foi tudo
feito da forma mais adequada possível, com as dificuldades normais de um
relacionamento.
Mas onde, diabos, Ron Dennis
errou para perder um piloto como Senna?
– Ah… não vou entrar em
detalhes, não vem ao caso. Não fiquei na McLaren porque não era uma proposta
interessante tecnicamente para mim.
– Mesmo depois do acordo com
a Peugeot? – insisto.
– A curto prazo, não. Eles
vão perder para a Renault no início… e é assim que se consegue alguma coisa na
Fórmula 1. A
Renault também não começou a ganhar da noite para o dia. O que está acontecendo
agora é resultado de um trabalho que começou há dez anos. A Peugeot tinha que
fazer alguma coisa porque eles analisaram as vendas de carros da Renault e
viram que a marca está crescendo com as vitórias a Fórmula 1. Eles não podiam
ficar de fora.
Nosso passeio está
terminando, Ayrton tem hora marcada com o oculista. Algum problema na vista?
“Não, é check. Faço um controle”, ele diz. Visão perfeita, olho no futuro. Como
será? Depois de ganhar cinco títulos na F1, ele iria fazer companhia para
Emerson Fittipaldi na Indy?
– Primeiro tenho que ganhar
os cinco títulos. Se isso acontecer, na hora vou pensar no que fazer. O
importante para mim é estar sempre numa condição competitiva.
E uma dobradinha com Nigel
Mansell na Fórmula 1, como seria?
– Não daria certo. Veja: o
Mansell está com 40 anos e a Fórmula 1 está se renovando rapidamente. Não é
fácil, aos 40, manter o mesmo ritmo de um piloto de 23. Por isso o Mansell
chegou na Indy e ganhou tudo. Lá a média de idade é muito alta.
Enquanto Ayrton fala, os
carros à sua volta proporcionam as cenas habituais do trânsito brasileiro.
Certos motoristas ignoram o sinal vermelho, outros freiam em cima da faixa dos
pedestres, alguns fazem as ultrapassagens mais malucas. Tal como Eddie Irvine
em Suzuka… O que vale mais ao volante? O arrojo ou a experiência?
– Na Fórmula 1, é mais
difícil correr contra a experiência – comenta Senna, meio resignado por não ter
mais um Prost ou um Mansell para enfrentá-lo nas pistas. – O piloto experiente
não arrisca tanto em determinadas situações, mas em compensação, deixa a porta
aberta para você ultrapassar, faz as voltas no mesmo ritmo…
Mas, afinal, o que será de
Senna? Vai dar uma de Prost e parar de correr após ganhar quatro ou cinco
campeonatos?
– Não tenho limite. Estou com
33 anos e acho que tenho muito pela frente ainda. Aliás, quando eu ficar velho,
acho que vou relaxar na Indy. (risos)
Sobre o título de Nigel Mansell na Indy: "Aos 40 anos, você não tem o ritmo de um piloto de 23. Quanod eu ficar velho, acho qeu vou relaxar na Indy"
Fim do passeio. Obrigado pela
carona. E, agora sim, pode acelerar à vontade.
—
Nota do Blog: a foto de
Ayrton em seu carro é meramente ilustrativa, pois não houve fotos nem
filmagem dessa carona (o tricampeão resolveu dar a entrevista na hora, sem
planejamento).
FONTE PESQUISADA
QUINTANILHA, Sérgio. Inédito na internet:
resgatamos uma das últimas entrevistas de Ayrton Senna. Disponível em: <http://motorshow.com.br/inedito-na-internet-resgatamos-uma-das-ultimas-entrevistas-de-ayrton-senna/>.
Acesso em: 30 de novembro 2015.