quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Fazenda de Ayrton Senna - Dois Lagos - Tatui / São Paulo

Veja a matéria completa aqui:





Parte 1

Foto: A Casa na beira do lago – Aqui Ayrton guardava seus brinquedinhos. Depois de jantar, ele passava a noite inteira preparando seus modelos na bancada da sala do segundo andar. 


Ayrton Senna teve a rara oportunidade de escolher qualquer ponto no planeta e construir ali o seu lugar do jeito que quisesse. Resolveu fazer duas vezes, uma casa de praia em Angra dos Reis (RJ) e esta fazenda em Tatuí (SP). O mundo que ele criou é assim: árvores foram plantadas porque dão frutos apreciados pelos pássaros da região. Há uma plantação de milho doce, raro no Brasil, que é comido com manteiga feita de leite caseiro e suco feito de caju colhido no pé. No grande lago, peixes vêm comer na mão com uma fome que surpreende. Milton da Silva, pai de Ayrton, pede cuidado aos visitantes: “Sempre vem gente aqui. Outro dia, o ex presidente Lula veio conhecer o lago. Disse para ele ir devagar, mas respondeu que não precisava de conselho, que pescava desde pequeno e tudo mais. Veja só acabou perdendo o dedo”. Os 86 anos de idade não lhe tiraram a picardia. O senhor Milton fala sério e faz piadas, é discreto, mas se impõe.
O mundo que Senna criou é simples, com casas de tijolo aparente. Ambição, se existe, é a de manter tudo em ordem. Não há grama crescida e mesmo um Voyage branco (aquele que ele usou como Safety Car na competição de Kart da inauguração da fazenda.), com mais de 20 anos, parece em boa forma. Um antigo funcionário, que ainda trabalha na fazenda, conta que Ayrton inspecionava não só seus próprios carros, mas também a frota de serviço. Quando encontrava algo sujo ou com defeito, chamava o responsável. Não dava bronca. Perguntava o motivo e como podia ajudar a resolver. E então ia atrás do que fosse preciso, em busca da perfeição.
Dentro de seu mundo, Senna escolheu um lugar para chamar ainda mais de seu. Uma casa a beira do lago, não mais de 200 metros quadrados, feita para guardar seus brinquedos de gente grande. No andar de baixo, motos, bugre, quadrículos e um barco de pescar. Um pequeno guindaste foi instalado no teto para poder tirar os jet-skis do suporte e leva-los até a água. Para evitar fios de extensão, tomadas elétricas são enfileiradas na parede em intervalo de 1 metro. Idem para os pontos de ar comprimido, para encaixar mangueiras de encaixe rápido. A porta levadiça de madeira e as escadas, com piso antiderrapante, levam ao segundo andar.






Parte 1

Foto: A Casa na beira do lago – Aqui Ayrton guardava seus brinquedinhos. Depois de jantar, ele passava a noite inteira preparando seus modelos na bancada da sala do segundo andar. 


Ayrton Senna teve a rara oportunidade de escolher qualquer ponto no planeta e construir ali o seu lugar do jeito que quisesse. Resolveu fazer duas vezes, uma casa de praia em Angra dos Reis (RJ) e esta fazenda em Tatuí (SP). O mundo que ele criou é assim: árvores foram plantadas porque dão frutos apreciados pelos pássaros da região. Há uma plantação de milho doce, raro no Brasil, que é comido com manteiga feita de leite caseiro e suco feito de caju colhido no pé. No grande lago, peixes vêm comer na mão com uma fome que surpreende. Milton da Silva, pai de Ayrton, pede cuidado aos visitantes: “Sempre vem gente aqui. Outro dia, o ex presidente Lula veio conhecer o lago. Disse para ele ir devagar, mas respondeu que não precisava de conselho, que pescava desde pequeno e tudo mais. Veja só acabou perdendo o dedo”. Os 86 anos de idade não lhe tiraram a picardia. O senhor Milton fala sério e faz piadas, é discreto, mas se impõe.
O mundo que Senna criou é simples, com casas de tijolo aparente. Ambição, se existe, é a de manter tudo em ordem. Não há grama crescida e mesmo um Voyage branco (aquele que ele usou como Safety Car na competição de Kart da inauguração da fazenda.), com mais de 20 anos, parece em boa forma. Um antigo funcionário, que ainda trabalha na fazenda, conta que Ayrton inspecionava não só seus próprios carros, mas também a frota de serviço. Quando encontrava algo sujo ou com defeito, chamava o responsável. Não dava bronca. Perguntava o motivo e como podia ajudar a resolver. E então ia atrás do que fosse preciso, em busca da perfeição.
Dentro de seu mundo, Senna escolheu um lugar para chamar ainda mais de seu. Uma casa a beira do lago, não mais de 200 metros quadrados, feita para guardar seus brinquedos de gente grande. No andar de baixo, motos, bugre, quadrículos e um barco de pescar. Um pequeno guindaste foi instalado no teto para poder tirar os jet-skis do suporte e leva-los até a água. Para evitar fios de extensão, tomadas elétricas são enfileiradas na parede em intervalo de 1 metro. Idem para os pontos de ar comprimido, para encaixar mangueiras de encaixe rápido. A porta levadiça de madeira e as escadas, com piso antiderrapante, levam ao segundo andar.

FONTE

Revista Quatro Rodas Agosto de 2010

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