09/11/2010 14:54
Revista Época
Laura Greenhalgh e Carlos Henrique Ramos
Bom na briga
A garra veio dos tempos em que treinava nas ruas do
bairro
Quando era apenas um kartista promissor, Ayrton Senna teve uma das maiores lições de sua vida. No início da década de 70, liderava uma das etapas do Campeonato Paulista de Kart ao ser surpreendido pela chuva. Atrapalhou-se com o mau tempo, perdeu a direção do carrinho e foi parar na grama. Fim de corrida para o menino. Irado com os próprios erros, prometeu a si mesmo que aprenderia a pilotar em piso molhado. A partir daquele dia, a meteorologia passou a definir seu esquema de treinamento. Bastava que caíssem alguns pingos d'água para Ayrton pegar seu kart e ziguezaguear pelas ruas do Tremembé, bairro onde morava, próximo à Serra da Cantareira. Só ficou satisfeito quando controlou a pequena máquina.
O piloto conquistou o título
de Rei da Chuva, anos depois. Debaixo de aguaceiro, conseguia ser até dois
segundos mais rápido que seus adversários. A habilidade fazia toda a diferença
nas pistas. Foi assim, dominando o medo e buscando o limite do limite, que este
audacioso paulistano, nascido em 21 de março de 1960, desenhou a trajetória de
melhor piloto de todos os tempos. "Ayrton era um briguento desde
menino", atesta a mãe.
O resto da história o mundo
já conhece e ficará como lenda para as gerações futuras. Depois de conquistar o
título inglês de F Ford e F 3, em 1981 e 1983 respectivamente, entrou na F 1
pela pequena Toleman, em 1984. Depois saltou, sucessivamente, para a Lotus,
McLaren e Williams. Nos dez anos que permaneceu na categoria nobre do automobilismo,
colecionou marcas impressionantes. Foi tricampeão mundial (1988, 1990 e 1991).
Somou 41 vitórias (19 de ponta a ponta) em 161 grandes prêmios disputados.
Conquistou 65 pole positions. O recorde permanece até hoje. Percorreu 13.469 quilômetros
na liderança.
O primeiro grande show de
Ayrton na F1 foi no GP de Mônaco, em junho de 1984. Chovia muito no principado.
A bordo da Toleman, carro pouco competitivo, largou na 13a colocação do grid.
Na 30a volta, estava em segundo lugar, pronto para ultrapassar Alain Prost. Não
demorou para o diretor da prova, Jackie Icxy, encerrar a corrida mais cedo,
alegando motivos de segurança. Na época, a interrupção foi interpretada como
ajuda a Prost. Desde aquela manhã chuvosa, o filho briguento de dona Neide vislumbrou
seu lugar no mundo da F1: na ponta, sempre.
FONTE PESQUISADA
GREENHALGH, Laura. RAMOS, Henrique. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT186275-15228-186275-3934,00.html>.
Acesso em: 28 de fevereiro 2014.
o melhor do mundo o mais respeitado la fora aqui so quando mudarem o nome de interlagos para autodramo ayrton senna ai sim sera respeitado na sua casa saudadessssssssssssssssssssss mito
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