Revista Epoca
Quatro laboratórios descartam a hipótese de Ayrton Senna ser o pai de Victória, a filha de Marcella Praddo
MARTHA MENDONÇA, DO RIO
O Dia dos Pais teria um sabor especial para a menina Victória de Barros Gonçalves, que completa 7 anos em 4 de setembro. Filha da ex-modelo Marcella Praddo, ela preparou cartazes, no Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro, para homenagear aquele que sempre acreditou ser o pai: o tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna, morto em 1994. “Papai, te amo”, “Você é meu maior presente” e “Sou sua maior Victória” eram algumas das frases impressas, acompanhadas de fotos do piloto, que ela pretendia mostrar aos colegas na sexta-feira 11. Na véspera da festa, porém, veio a decepção. Os exames de DNA para comprovar a paternidade deram negativo. Para os laboratórios especializados, Senna não é o pai de Victória.
A coleta de material foi realizada em julho, no Rio, e reuniu, além de Marcella – que hoje usa o nome de batismo, Edilaine – e da própria Victória, os pais e irmãos de Senna. Além do Genealógica, laboratório indicado pela Justiça, outros três – dois de Campinas e São Paulo, a pedido da família Senna, e o terceiro de Belo Horizonte, contratado por Marcella – realizaram o teste. Todos deram negativo. “Esperamos o pronunciamento do juiz para fazer qualquer declaração”, disse o advogado da ex-modelo, Emmanuel Viegas. Ele adiantou, porém, que deve recorrer, pedindo a exumação do corpo de Senna – o que já foi negado uma vez. E não descarta a hipótese de requerer a anulação do processo por vazamento de informações antes da sentença do juiz. Isso é proibido em Varas de Família.
Marcella soube do resultado pelos jornais. Segundo amigos, arrebentou o fio do telefone para se isolar. Os familiares e a mãe, Damiana Gonçalves, acreditam que houve manipulação dos exames. “Ela não se relacionava com mais ninguém naquele tempo”, diz Eduardo Homem de Carvalho, padrinho do casamento de Marcella com Fernando Vanucci. “Ela nunca teve dúvida”, reforça a amiga Isabel Stasiak. Viviane Senna, irmã do piloto, informou que só se pronunciará depois da sentença do juiz.
Um exame de DNA sem acompanhamento legal teria sido feito em 1995. Marcella diz a amigos que o resultado, negativo, foi forjado. Ela desistiu da briga em 1994, com a morte do piloto. No fim do ano passado, foi Milton Guirardo da Silva, o pai de Senna, que entrou com uma ação de negação de paternidade. Até a semana passada, a secretária eletrônica de Marcella, evangélica fervorosa, anunciava: “Tudo o que nasce de Deus vence o mundo”. Agora o telefone está mudo.
Seis anos de espera
Marcella evita entrevistas e não gosta que Victória seja fotografada
Victoria Hoje
Com o Irmao Felipe
Nenhum comentário:
Postar um comentário