Paladar
O prato preferido de Senna era massa
A família relembra: “durante
as refeições, era sempre este ritual: ele gostava de comer devagar. Às vezes,
até reclamava com a mamãe porque ela estava tirando a mesa e ele ainda não tinha
terminado! A comida era simples e tradicional”.
Como ele passava muito tempo
fora do Brasil, preferia comer comida brasileira sempre que podia, e Neyde
fazia arroz, feijão, bife, salada e muita, muita massa. A exigência constante
era molho. Tinha de ser molho de tomate caseira, sem nada mais. De acordo com a
mãe, ele se servia de porções generosas e gostava muito de comer.
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Angra, sim - porque era ali
que eu tinha um Béco só meu, a milhas e milhas de distância da instituição
mitológica Ayrton Senna da Silva. Sem egoísmo: era ali também que ele se tinha
só para si mesmo, homem, amigo, moleque, palhaço, inquieto, preguiçoso,
esperto, bobo, frágil, mas forte naquilo em que era verdadeiramente fundamental
para um ser humano ser forte. Imaginem um tricampeão do mundo, reverenciado
como um semideus, descendo para o café da manhã com aquela cara amarfanhada de
sono, só de calção e chinelo, sem camisa, barba por fazer, brigando com o amigo
que lhe rouba a torrada com requeijão, ou, depois, no almoço, com o cotovelo
esquerdo apoiado na mesa enquanto a mão direita, armada de um garfo e operando como
se fosse uma pá, escavava um pratão de talharim com muito molho de tomate - al
dente, exigia ele. Ele era, também na hora de comer, o rei da massa.
- O Nuno manda comer pasta,
para recuperar energia - tentava desculpar ele a sua voracidade, convocando o
distante testemunho de seu histórico amigo e preparador físico.
(Fiquei sabendo que, de fato,
um piloto como ele perde de três a quatro quilos numa prova. Tagliatelle nele!)
Entre os hábitos gastronômicos, nada de muito especial. Era o maior devorador de profiteroles do mundo, sem contar a paixão por uma boa massa al dente e com muito molho de tomate. "Quase não frequentava restaurantes, mas quando ia, optava sempre pelos italianos, independentemente do país em que estivesse", conta Adriane, citando a comida da Inglaterra a mais detestada por Senna. "Nosso prato oficial no Hotel Barclay [Hotel 5 Estrelas em Nova York nos Estados Unidos] era a sopa Pomodoro (caldo com macarrão e verduras) com pão e Coca-Cola".
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Entre os hábitos gastronômicos, nada de muito especial. Era o maior devorador de profiteroles do mundo, sem contar a paixão por uma boa massa al dente e com muito molho de tomate. "Quase não frequentava restaurantes, mas quando ia, optava sempre pelos italianos, independentemente do país em que estivesse", conta Adriane, citando a comida da Inglaterra a mais detestada por Senna. "Nosso prato oficial no Hotel Barclay [Hotel 5 Estrelas em Nova York nos Estados Unidos] era a sopa Pomodoro (caldo com macarrão e verduras) com pão e Coca-Cola".
FONTES PESQUISADAS
HILTON, Christopher. Tradução de Cláudio Blanc.
Ayrton Senna, uma lenda a toda velocidade: Uma jornada interativa. Edição
Brasileira. São Paulo, 2009.
GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A.,
novembro de 1994.
MARTINS, Lemyr. Day by day XHoliday . Revista Quatro Rodas, São Paulo, Nº 418-A, Ano 35, p. 42 – 48, Editora Abril, Maio 1995.
MARTINS, Lemyr. Day by day X
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