quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A Comida e a Bebida Favoritas de Ayrton Senna EM CONSTRUÇÃO

Ayrton no Brasil com a mãe Neyde e o irmão Leonardo

Nada lhe dá mais prazer do que uma garrafa de Guaraná, refrigerante muito difícil de se encontrado na Europa. Por isso toda vez que chega ao Brasil sua mãe, Dona Neyde, já deixa algumas garrafas reservadas, além de preparar seu prato predileto:

— O Ayrton gosta mesmo é de arroz, feijão, bife e salada, tudo com bastante guaraná. Ele é assim mesmo, simples. Gosta do Brasil e sempre que pode vem para cá. Chega a ficar menos de uma semana aqui, no intervalo das corridas. O que ele quer é ser uma pessoa comum, mas isso é impossível.

Ayrton e Adriane em Angra dos Reis se servem de feijão e arroz

Ayrton Senna degustando seu Guaraná ao lado da namorada Adriane e o irmão Leonardo

Ayrton se servindo de sorvetes, bolos e frutas em Angra dos Reis brinca com sua sobrinha Bianca e a colega dela

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Ayrton devorando um prato de macarrão al dente


Entre os hábitos gastronômicos, nada de muito especial. Era o maior devorador de profiteroles do mundo, sem contar a paixão por uma boa massa al dente e com muito molho de tomate. "Quase não frequentava restaurantes, mas quando ia, optava sempre pelos italianos, independentemente do país em que estivesse", conta Adriane, citando a comida da Inglaterra a mais detestada por Senna. "Nosso prato oficial no Hotel Barclay [Hotel 5 Estrelas em Nova York nos Estados Unidos] era a sopa Pomodoro (caldo com macarrão e verduras) com pão e Coca-Cola".

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Senna comeu muito ovo e hamburgers no começo da carreira e em 1994, piloto rico e consagrado, já se dava ao luxo de se hospedar em hotéis de luxo com Adriane Galisteu


A família relembra: “durante as refeições, era sempre este ritual: ele gostava de comer devagar. Às vezes, até reclamava com a mamãe porque ela estava tirando a mesa e ele ainda não tinha terminado! A comida era simples e tradicional”.
Como ele passava muito tempo fora do Brasil, preferia comer comida brasileira sempre que podia, e Neyde fazia arroz, feijão, bife, salada e muita, muita massa. A exigência constante era molho. Tinha de ser molho de tomate caseira, sem nada mais. De acordo com a mãe, ele se servia de porções generosas e gostava muito de comer.

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Trecho do livro "Caminho das Borboletas", Adriane Galisteu cita a paixão de Ayrton por massas: 

Angra, sim - porque era ali que eu tinha um Béco só meu, a milhas e milhas de distância da instituição mitológica Ayrton Senna da Silva. Sem egoísmo: era ali também que ele se tinha só para si mesmo, homem, amigo, moleque, palhaço, inquieto, preguiçoso, esperto, bobo, frágil, mas forte naquilo em que era verdadeiramente fundamental para um ser humano ser forte. Imaginem um tricampeão do mundo, reverenciado como um semideus, descendo para o café da manhã com aquela cara amarfanhada de sono, só de calção e chinelo, sem camisa, barba por fazer, brigando com o amigo que lhe rouba a torrada com requeijão, ou, depois, no almoço, com o cotovelo esquerdo apoiado na mesa enquanto a mão direita, armada de um garfo e operando como se fosse uma pá, escavava um pratão de talharim com muito molho de tomate - al dente, exigia ele. Ele era, também na hora de comer, o rei da massa.
- O Nuno manda comer pasta, para recuperar energia - tentava desculpar ele a sua voracidade, convocando o distante testemunho de seu histórico amigo e preparador  físico.
(Fiquei sabendo que, de fato, um piloto como ele perde de três a quatro quilos numa prova. Tagliatelle nele!)




FONTES PESQUISADAS

FONSECA, Ricardo; MARTINS, Paulo César. Um campeão de olho na história. O Globo, 31 de outubro 1988, Matutina, Esportes, p. 9.

MARTINS, Lemyr. Day by day X Holiday. Revista Quatro Rodas, São Paulo, Nº 418-A, Ano 35, p. 42 – 48, Editora Abril, Maio 1995.

HILTON, Christopher. Tradução de Cláudio Blanc. Ayrton Senna, uma lenda a toda velocidade: Uma jornada interativa. Edição Brasileira. São Paulo, 2009.

GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 

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