Braguinha e Senna eram muito amigos
O ex-banqueiro Braguinha, amigo de Ayrton, foi quem impediu de Adriane ser mais humilhada e pisada do que já tinha sido no funeral. Inclusive ele e sua esposa Luisa, depois do ocorrido com Senna, acolheu Adriane na casa deles durante 1 ano e deram todo o apoio e carinho que a parentada de Ayrton se recusou a dar a esposa dele (Adriane e Ayrton viviam juntos e estavam a ponto de oficializar a união).
Vejam o trecho do livro "Ayrton, o herói revelado":
Foi durante aqueles momentos
difíceis que Nelson (piloto do helicóptero de Senna) soube que não havia qualquer disposição dos pais de Senna
para atender às ligações de Adriane, que tentou, mais de uma vez, falar com
eles em Tatuí. Alfredo, Christiano (amigos de infância) e a empregada Ednéia tinham orientação de
não passar as ligações. Adriane conseguira falar com dona Neyde uma única vez,
nas horas que se seguiram ao acidente, no domingo. Para Juracy, testemunha da
ligação ao lado de Adriane, na casa dos Braga, em Sintra, a conversa "não
foi agradável". Durante o telefonema, dona Neyde pediu que Adriane não
fosse para a Itália. No final daquele dia, ela pegou seus pertences na casa do
Algarve e voltou para Sintra, onde passou a ser hóspede dos Braga.
Nove anos depois, ao lembrar
aquelas horas, Braguinha disse que recebeu um pedido de "todos da família
Senna" para não levar Adriane para o enterro, em São Paulo. O pedido não
foi atendido, mas para ele, seu gesto de solidariedade foi assimilado pelos
pais de Ayrton, sem afetar a relação de amizade nos anos que se seguiram.
Adriane Galisteu é tem os cuidados de Betise Assumpção, assessora de Ayrton, no funeral
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Opinião autor do Blog
Indícios apontam Viviane Senna como autora desses atos de rejeição a Adriane Galisteu
Os pais de Ayrton estavam sofrendo assim como Adriane pela morte dele, o que tudo indica é que, esses "todos da família" que não queriam Adriane no funeral é Viviane Senna, que mandou o recado para Braga em nome de todos, foi ela por exemplo quem deu ordens para não passar as ligações de Adriane para os sogros, já que o marido dela, Flávio Lalli, passou a atender as ligações, e impedir que Adriane falasse com eles, depois vimos a proximidade que Viviane estava de Xuxa, constatada no funeral. Inclusive Xuxa passou dias hospedada na casa de Viviane. Nota-se que a irmã de Senna estava cuidado de tudo, até de proibir Adriane de se despedir de Ayrton e também de expulsa-la da casa que morava com o piloto em Portugal.
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Adriane conta em seu livro essa atitude fria da família de Ayrton
Todos aqueles dias tentei
desesperadamente estar junto da Zaza, mãe, do seu Milton, o pai, dos irmãos,
Viviane e Léo. Ligava para a família. A empregada da fazenda atendia:
- Dona Neide, como está? -
perguntava eu, com certa formalidade.
- Ela foi medicada, está deitada
- resumia a Ednéia.
- E o senhor Milton?
- Também medicado e dormindo.
Liguei várias vezes, sempre era a
mesma coisa. Queria estar próxima, fosse como fosse. Impossível. Até que
um dia perguntei:
- E quem mais está aí?
- O Cristiano e o Jacir.
Dois amigos do Ayrton (Jacir era
o Gordinho, como o chamavam; Cristiano tinha o apelido de Criminoso, por causa
de um acidente em Angra, brincadeira deles). Dois amigos nossos, pensei.
- Deixa eu falar com eles - pedi.
- Eles não estão aqui agora.
- Pede então para eles me
ligarem, no Braga, em Portugal - falei, com naturalidade.
Nada, nenhum telefonema, silêncio
total. Comecei a estranhar: talvez eu seja uma lembrança muito viva do Ayrton,
uma imagem fortemente ligada à dele, eles queiram evitar.
Luiza me desencorajava:
- Pára de ligar pra lá, Adriane.
No dia seguinte, ainda tentei o
Lalli (Flávio Lalli, marido da Viviane). Deixei recado. Ele me ligou.
- Como está todo mundo, Lalli? -
perguntei, inocentemente.
- Pô, Adriane, como está todo
mundo?! Todo mundo está um horror!
Ele estava nervoso, agitado, mas
eu insisti:
- Fala qualquer coisa. Da Zaza,
do senhor Milton, da Viviane... Qualquer coisa...
Ele me contou que a situação
estava difícil, mesmo para ele, impossível estabelecer qualquer conversa com os
pais.
Totalmente por impulso, eu me
decidi:
- Já sei. Vou para aí já, ficar
com eles.
Lalli foi reticente:
- A gente não sabe ainda o que
fazer. Talvez leve a Zaza e o senhor Milton de volta para a fazenda,
talvez não...
No dia
seguinte, quarta-feira, passei a ligar para a fazenda de Tatuí. Estavam todos
lá. E a mesma história: medicados, sedados, ninguém podia atender.
Braga, sim, lá de Bolonha, dava
notícias de cinco em cinco minutos. O corpo só seria liberado após a autópsia.
Norma italiana. Parece que a Viviane, em nome da família, tinha tentado evitar,
com o argumento "Já mataram uma vez, querem matar duas". Paciência.
Percebendo que eu estava ansiosa e meio xarope, Luiza soube que a Juraci estava
voltando para o Brasil, aquela noite, e me perguntou se eu não queria
acompanhá-la:
- De jeito nenhum, eu vim com
ele, vou com ele. E com vocês.
Minha sorte foi que o Braga
apareceu, finalmente. Sorte minha, azar dele - que, moído, exausto, arrebentado
em mil caquinhos física e emocionalmente, ainda teve de se submeter ao meu
detalhado interrogatório:
- Qual era o estado de ânimo do
Béco antes da prova?
- Excelente, ótimo humor.
Fomos juntos para a pista. Conversou muito com o Nick Lauda. Até com o Prost ele
brincou. E me falou de você.
- Mas, os outros, como estava
todo mundo?
- O clima da Fórmula
1 naquele dia estava pesado admitiu o Braga, do alto de seus anos e anos de
janela. - Mas você sabe como é: o piloto está lá, o que ele tem de fazer é
correr.
Comentei com o Braga a longa
conversa que o Béco e eu tínhamos tido, na madrugada de sábado, depois da
morte do austríaco Roland Ratzenbergen De seu desânimo, de seu choro
convulsivo:
- Sei de tudo, garotinha.
E de muito mais. Senna tinha no
Braga um amigão do peito. Os dois estiveram juntos, poucos dias antes, 20
de abril, em Paris, noite em que a Seleção Brasileira disputou uma partida com
o Paris Saint-Germain, o time do Raí. Senna foi convidado a dar o chute
inicial. Em pleno Parc des Princes. Os franceses aplaudiram em delírio.
Tanto que ele, com o Braga, esticou depois do jogo - coisa rara na vida dele -
até o La Coupole, feliz de ter sido festejado por um público que em princípio
ele julgava pertencer, de corpo e alma, ao seu rival Alain Prost.
Braga conhecia o Béco e sabia o
que se passava no fundo de seu coração. O ídolo é um alvo fácil para a intriga,
o veneno, a inveja, o medo dos que gravitam em torno dele, a insegurança de
quem tenta inutilmente controlá-lo. Braga sabia que Ayrton estava sob pressão -
e que a Benetton e Michael Schumacher não eram as únicas coisas do mundo a
atormentarem seu sono. Mas sabia da integridade do amigo, da força de sua
determinação e da sinceridade de seus sentimentos.
Posto o que, encerrado o
interrogatório, ele me botou sob sua generosa asa:
- Vamos nos arrumar para viajar
amanhã para o Brasil, e você vai desembarcar conosco, garotinha.
Você pode aprender muitas coisas,
de uma hora para outra - para o bem ou para o mal. Até nunca mais ver,
inocência! Naquele momento, eu gostaria de já ter em mãos a frase que uma amiga
desconhecida, porém amiga, me mandou depois, numa carta afetuosa:
"Sossega, meu coração: já enfrentaste coisa pior do que isso".
Citação
de um poeta grego, não me lembro mais quem. Se esta frase atravessou tantos
séculos, é porque ela traz a essência de uma sabedoria. Isso mesmo: o
pior, para mim, tinha sido a perda definitiva do meu amado. Os tormentos
posteriores, o enterro, a despedida, até mesmo as incompreensões, eu cheguei
disposta a enfrentar sem o menor medo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Xuxa ofusca a namorada. Revista Caras, São Paulo, nº 27, Ano 1, Editora Abril, 13 de maio 1994.
GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A.,
novembro de 1994.
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora
Objetiva, 2004.
MOISÉS, Joyce. A verdade de Adriane Galisteu. Revista Nova, São Paulo, nº 07, ano 23, p. 92-95, Editora Abril, Julho 1995.
FOTOS AYRTON SENNA E ADRIANE GALISTEU - PICTURES - PHOTOS - IMAGENS
FOTOS AYRTON SENNA E ADRIANE GALISTEU - PICTURES - PHOTOS - IMAGENS
Adriane, Ayrton e as sobrinhas Paulinha (garorinha ao lado de Ayrton) e Bianca (atrás)
FOTOS AYRTON SENNA E BRAGUINHA - PICTURES - PHOTOS - IMAGENS
Jo Ramirez, Braguinha, Galvão bueno e Ayrton
Braguinha e Senna de Porshe
FOTOS ASSESSORA BETISE ASSUMPÇÃO AMPARA ADRIANE GALISTEU NO FUNERAL - VELÓRIO - ENTERRO
Oi, vc tem noticias do Braguinha, como ele está atualmente?
ResponderExcluirBraguinha tem hoje 87 anos e mora no Rio de Janeiro.
Excluire ele mantém contato com Adriane? Acho lindo esse carinho que ela tem por ele! Sou psicologa e acho que o fato da Dri ter namorado muito depois que o Senna se foi , foi justamente devido ao amor que ela tinha por ele. Como eu posso explicar: As pessoas falam muito, o ser humano é muito hipócrita, mas repare ela sempre NAMOROU e sempre acabava e começava outro NAMORO, pra mim e como se nem ao menos ela perceber, era simplesmente o subconsciente falando " esse não é ele ", ai qualquer coisinha que seja o encanto por outra pessoa acaba mais rápido. Fico muito feliz que ela encontrou alguém que a ajudou a preencher um pouco esse vazio!!
ExcluirAssistindo aquele documentário do Senna, fiquei me perguntando o que Leandro Hassum fazia ali....rsrss
ResponderExcluirRealmente ninguém entendeu porque ele estava e não Adriane.
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