sábado, 10 de maio de 2014

Amigo de Ayrton Senna Impediu Que Adriane Galisteu Fosse Mais Humilhada

Braguinha e Senna eram muito amigos

O ex-banqueiro Braguinha, amigo de Ayrton, foi quem impediu de Adriane ser mais humilhada e pisada do que já tinha sido no funeral. Inclusive ele e sua esposa Luisa, depois do ocorrido com Senna, acolheu Adriane na casa deles durante 1 ano e deram todo o apoio e carinho que a parentada de Ayrton se recusou a dar a esposa dele (Adriane e Ayrton viviam juntos e estavam a ponto de oficializar a união).

Vejam o trecho do livro "Ayrton, o herói revelado":

Foi durante aqueles momentos difíceis que Nelson (piloto do helicóptero de Senna) soube que não havia qualquer disposição dos pais de Senna para atender às ligações de Adriane, que tentou, mais de uma vez, falar com eles em Tatuí. Alfredo, Christiano (amigos de infância) e a empregada Ednéia tinham orientação de não passar as ligações. Adriane conseguira falar com dona Neyde uma única vez, nas horas que se seguiram ao acidente, no domingo. Para Juracy, testemunha da ligação ao lado de Adriane, na casa dos Braga, em Sintra, a conversa "não foi agradável". Durante o telefonema, dona Neyde pediu que Adriane não fosse para a Itália. No final daquele dia, ela pegou seus pertences na casa do Algarve e voltou para Sintra, onde passou a ser hóspede dos Braga.


Nove anos depois, ao lembrar aquelas horas, Braguinha disse que recebeu um pedido de "todos da família Senna" para não levar Adriane para o enterro, em São Paulo. O pedido não foi atendido, mas para ele, seu gesto de solidariedade foi assimilado pelos pais de Ayrton, sem afetar a relação de amizade nos anos que se seguiram.

Adriane Galisteu é tem os cuidados de Betise Assumpção, assessora de Ayrton, no funeral


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Opinião autor do Blog

Indícios apontam Viviane Senna como autora desses atos de rejeição a Adriane Galisteu

Os pais de Ayrton estavam sofrendo assim como Adriane pela morte dele, o que tudo indica é que, esses "todos da família" que não queriam Adriane no funeral é Viviane Senna, que mandou o recado para Braga em nome de todos, foi ela por exemplo quem deu ordens para não passar as ligações de Adriane para os sogros, já que o marido dela, Flávio Lalli, passou a atender as ligações, e impedir que Adriane falasse com eles, depois vimos a proximidade que Viviane estava de Xuxa, constatada no funeral. Inclusive Xuxa passou dias hospedada na casa de Viviane. Nota-se que a irmã de Senna estava cuidado de tudo, até de proibir Adriane de se despedir de Ayrton e também de expulsa-la da casa que morava com o piloto em Portugal.

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Adriane conta em seu livro essa atitude fria da família de Ayrton

Todos aqueles dias tentei desesperadamente estar junto da Zaza, mãe, do seu Milton, o pai, dos irmãos, Viviane e Léo. Ligava para a família. A empregada da fazenda atendia:
- Dona Neide, como está? - perguntava eu, com certa  formalidade.
- Ela foi medicada, está deitada - resumia a Ednéia.  
- E o senhor Milton?
- Também medicado e dormindo.
Liguei várias vezes, sempre era a mesma coisa. Queria estar próxima, fosse como fosse. Impossível. Até  que um dia perguntei:
- E quem mais está  aí?
- O Cristiano e o  Jacir.
Dois amigos do Ayrton (Jacir era o Gordinho, como o chamavam; Cristiano tinha o apelido de Criminoso, por causa de um acidente em Angra, brincadeira deles). Dois amigos nossos, pensei.
- Deixa eu falar com eles - pedi.  
- Eles não estão aqui agora.
- Pede então para eles me ligarem, no Braga, em  Portugal - falei, com naturalidade.
Nada, nenhum telefonema, silêncio total. Comecei a estranhar: talvez eu seja uma lembrança muito viva do Ayrton, uma imagem fortemente ligada à dele, eles queiram evitar.
Luiza me desencorajava:
- Pára de ligar pra lá, Adriane.
No dia seguinte, ainda tentei o Lalli (Flávio Lalli,  marido da Viviane). Deixei recado. Ele me ligou.
- Como está todo mundo, Lalli? - perguntei,  inocentemente.
- Pô, Adriane, como está todo mundo?! Todo  mundo está um horror!
Ele estava nervoso, agitado, mas eu insisti:
- Fala qualquer coisa. Da Zaza, do senhor Milton, da Viviane... Qualquer coisa...
Ele me contou que a situação estava difícil, mesmo para ele, impossível estabelecer qualquer conversa com os pais.
Totalmente por impulso, eu me decidi:
- Já sei. Vou para aí já, ficar com eles.
Lalli foi reticente:
- A gente não sabe ainda o que fazer. Talvez leve a  Zaza e o senhor Milton de volta para a fazenda, talvez  não...
No dia seguinte, quarta-feira, passei a ligar para a fazenda de Tatuí. Estavam todos lá. E a mesma história: medicados, sedados, ninguém podia atender.
Braga, sim, lá de Bolonha, dava notícias de cinco em cinco minutos. O corpo só seria liberado após a autópsia. Norma italiana. Parece que a Viviane, em nome da família, tinha tentado evitar, com o argumento "Já mataram uma vez, querem matar duas". Paciência. Percebendo que eu estava ansiosa e meio xarope, Luiza soube que a Juraci estava voltando para o Brasil, aquela noite, e me perguntou se eu não queria acompanhá-la:
- De jeito nenhum, eu vim com ele, vou com ele. E com vocês.
Minha sorte foi que o Braga apareceu, finalmente. Sorte minha, azar dele - que, moído, exausto, arrebentado em mil caquinhos física e emocionalmente, ainda teve de se submeter ao meu detalhado interrogatório:
- Qual era o estado de ânimo do Béco antes da prova?
-  Excelente, ótimo humor. Fomos juntos para a pista. Conversou muito com o Nick Lauda. Até com o Prost ele  brincou. E me falou de você.
- Mas, os outros, como estava todo mundo?
-  O  clima da Fórmula 1 naquele dia estava pesado admitiu o Braga, do alto de seus anos e anos de janela. - Mas você sabe como é: o piloto está lá, o que ele tem de fazer é correr.
Comentei com o Braga a longa conversa que o Béco e eu tínhamos tido, na madrugada de sábado, depois da morte do austríaco Roland Ratzenbergen De seu desânimo, de seu choro convulsivo:
- Sei de tudo, garotinha.
E de muito mais. Senna tinha no Braga um amigão do peito. Os dois estiveram juntos, poucos dias antes, 20 de abril, em Paris, noite em que a Seleção Brasileira disputou uma partida com o Paris Saint-Germain, o time do Raí. Senna foi convidado a dar o chute inicial. Em pleno Parc des Princes. Os franceses aplaudiram em delírio. Tanto que ele, com o Braga, esticou depois do jogo - coisa rara na vida dele - até o La Coupole, feliz de ter sido festejado por um público que em princípio ele julgava pertencer, de corpo e alma, ao seu rival Alain Prost.
Braga conhecia o Béco e sabia o que se passava no fundo de seu coração. O ídolo é um alvo fácil para a intriga, o veneno, a inveja, o medo dos que gravitam em torno dele, a insegurança de quem tenta inutilmente controlá-lo. Braga sabia que Ayrton estava sob pressão - e que a Benetton e Michael Schumacher não eram as únicas coisas do mundo a atormentarem seu sono. Mas sabia da integridade do amigo, da força de sua determinação e da sinceridade de seus sentimentos.
Posto o que, encerrado o interrogatório, ele me botou sob sua generosa asa:
- Vamos nos arrumar para viajar amanhã para o Brasil, e você vai desembarcar conosco, garotinha.
Você pode aprender muitas coisas, de uma hora para  outra - para o bem ou para o mal. Até nunca mais ver, inocência! Naquele momento, eu gostaria de já ter em mãos a frase que uma amiga desconhecida, porém amiga, me mandou depois, numa carta afetuosa: "Sossega, meu coração: já enfrentaste coisa pior do que  isso".
Citação de um poeta grego, não me lembro mais quem. Se esta frase atravessou tantos séculos, é porque ela traz  a essência de uma sabedoria. Isso mesmo: o pior, para  mim, tinha sido a perda definitiva do meu amado. Os  tormentos posteriores, o enterro, a despedida, até mesmo as incompreensões, eu cheguei disposta a enfrentar sem o menor medo.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

Xuxa ofusca a namorada. Revista Caras, São Paulo, nº 27, Ano 1, Editora Abril, 13 de maio 1994.

GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 

RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.

MOISÉS, Joyce. A verdade de Adriane Galisteu. Revista Nova, São Paulo, nº 07, ano 23, p. 92-95, Editora Abril,  Julho 1995.



FOTOS AYRTON SENNA E ADRIANE GALISTEU - PICTURES - PHOTOS - IMAGENS



Adriane, Ayrton e as sobrinhas Paulinha (garorinha ao lado de Ayrton) e Bianca (atrás)



 





FOTOS AYRTON SENNA E BRAGUINHA - PICTURES - PHOTOS - IMAGENS


 

Jo Ramirez, Braguinha, Galvão bueno e Ayrton


Braguinha e Senna de Porshe

FOTOS ASSESSORA BETISE ASSUMPÇÃO AMPARA ADRIANE GALISTEU NO FUNERAL - VELÓRIO - ENTERRO












5 comentários:

  1. Oi, vc tem noticias do Braguinha, como ele está atualmente?

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    1. Braguinha tem hoje 87 anos e mora no Rio de Janeiro.

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    2. e ele mantém contato com Adriane? Acho lindo esse carinho que ela tem por ele! Sou psicologa e acho que o fato da Dri ter namorado muito depois que o Senna se foi , foi justamente devido ao amor que ela tinha por ele. Como eu posso explicar: As pessoas falam muito, o ser humano é muito hipócrita, mas repare ela sempre NAMOROU e sempre acabava e começava outro NAMORO, pra mim e como se nem ao menos ela perceber, era simplesmente o subconsciente falando " esse não é ele ", ai qualquer coisinha que seja o encanto por outra pessoa acaba mais rápido. Fico muito feliz que ela encontrou alguém que a ajudou a preencher um pouco esse vazio!!

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  2. Assistindo aquele documentário do Senna, fiquei me perguntando o que Leandro Hassum fazia ali....rsrss

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    1. Realmente ninguém entendeu porque ele estava e não Adriane.

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