Andretti e Senna foram companheiros de equipe na McLaren em 1993
Michael Andretti foi um dos
últimos companheiros de equipe de Ayrton Senna na F1 e disputou parte da
temporada de 1993 antes de ter sido dispensado pela McLaren. O norte-americano,
dono de equipe em categorias como Indy e F-E, lamentou o momento atual da
principal classe do automobilismo mundial
Michael Andretti nos dias atuais
Grande Prêmio -
grandepremio.cloudapp.net
07/08/2015 11:33
Enquanto esteve na F1, Michael Andretti disputou apenas 13 corridas na
temporada 1993. Seu desempenho não foi dos mais animadores, bem longe das
grandes performances apresentadas na Indy, antes e depois da sua passagem pela
McLaren. Da F1, Andretti demonstra não sentir falta alguma e inclusive é um dos
críticos do momento atual da categoria, que considera ter virado uma “grande
bagunça”. Mas o mesmo não se pode dizer do seu companheiro de equipe à época,
Ayrton Senna. “Um grande amigo meu”.
A saída de Gerhard Berger da McLaren ao fim de 1992 para voltar à Ferrari abriu espaço para a contratação de um jovem e promissor piloto norte-americano. Assim, a escuderia britânica contratava Andretti para ser o novo companheiro de equipe de Senna num momento em que a escuderia deixava de lado a parceria vitoriosa com a Honda e entrava numa fase de transição, trazendo os motores fabricados pela Ford, os mesmos da Benetton de Michael Schumacher.
A saída de Gerhard Berger da McLaren ao fim de 1992 para voltar à Ferrari abriu espaço para a contratação de um jovem e promissor piloto norte-americano. Assim, a escuderia britânica contratava Andretti para ser o novo companheiro de equipe de Senna num momento em que a escuderia deixava de lado a parceria vitoriosa com a Honda e entrava numa fase de transição, trazendo os motores fabricados pela Ford, os mesmos da Benetton de Michael Schumacher.
Michael Andretti disputou parte da temporada 1993 da F1 como
piloto da McLaren (Foto: Divulgação)
Andretti, no entanto, teve
muitas dificuldades de adaptação à categoria e ao carro em si. Tendo um companheiro
de equipe duríssimo como Senna, as comparações eram inevitáveis, e o
norte-americano não resistiu à pressão, o que influiu diretamente no seu
desempenho. Foram poucos resultados animadores. Curiosamente, o melhor deles
foi o terceiro lugar no GP da Itália, sua última corrida na F1. Depois disso,
Michael foi dispensado pela McLaren, que elevou ao posto de titular o então
reserva, o finlandês Mika Häkkinen, futuro bicampeão do mundo.
Andretti é dono hoje de uma das equipes mais vencedoras da Indy e tenta trilhar o mesmo caminho de sucesso na F-E, a categoria dos carros elétricos. Satisfeito com sua participação no automobilismo nos dias de hoje, o ex-piloto e dirigente, com 52 anos, não tem motivos para elogiar a fase atual da F1, pelo contrário. “Tenho que dizer que é uma grande bagunça agora”, afirmou ao site ‘Top Gear’, da emissora britânica BBC.
“Eles cometeram um erro permitindo que os engenheiros protagonizassem as regras e tudo mais. Ainda é a maior categoria de automobilismo do mundo, mas eles precisam mudar. Deixaram as coisas muito caras. Com esse motor, eles praticamente dobraram os custos das equipes clientes. É um dinheiro estúpido e, para quê?”, questionou.
Preocupado com os rumos da F1, Andretti clamou por mudanças. “Então é evidente que você sempre vai ouvir as queixas de que os carros hoje são muito fáceis de guiar. Eles precisam mudar as regras e fazer novamente com que um carro de F1 seja difícil de guiar e mais rápido do que qualquer outra coisa.”
Sobre Ayrton, as lembranças são as melhores possíveis, sobretudo depois que Michael foi dispensado da McLaren dias após a corrida em Monza. “Ele era grande e se tornou um grande amigo meu. Ele foi um grande defensor meu, mesmo quando deixei a McLaren, ele deu uma coletiva de imprensa na corrida seguinte dizendo o quanto fui tratado injustamente, dizendo que eu fui um dos seus melhores companheiros de equipe. Ele não foi obrigado a fazer isso, ele o fez apenas porque sentiu que deveria ter feito.”
Andretti é dono hoje de uma das equipes mais vencedoras da Indy e tenta trilhar o mesmo caminho de sucesso na F-E, a categoria dos carros elétricos. Satisfeito com sua participação no automobilismo nos dias de hoje, o ex-piloto e dirigente, com 52 anos, não tem motivos para elogiar a fase atual da F1, pelo contrário. “Tenho que dizer que é uma grande bagunça agora”, afirmou ao site ‘Top Gear’, da emissora britânica BBC.
“Eles cometeram um erro permitindo que os engenheiros protagonizassem as regras e tudo mais. Ainda é a maior categoria de automobilismo do mundo, mas eles precisam mudar. Deixaram as coisas muito caras. Com esse motor, eles praticamente dobraram os custos das equipes clientes. É um dinheiro estúpido e, para quê?”, questionou.
Preocupado com os rumos da F1, Andretti clamou por mudanças. “Então é evidente que você sempre vai ouvir as queixas de que os carros hoje são muito fáceis de guiar. Eles precisam mudar as regras e fazer novamente com que um carro de F1 seja difícil de guiar e mais rápido do que qualquer outra coisa.”
Sobre Ayrton, as lembranças são as melhores possíveis, sobretudo depois que Michael foi dispensado da McLaren dias após a corrida em Monza. “Ele era grande e se tornou um grande amigo meu. Ele foi um grande defensor meu, mesmo quando deixei a McLaren, ele deu uma coletiva de imprensa na corrida seguinte dizendo o quanto fui tratado injustamente, dizendo que eu fui um dos seus melhores companheiros de equipe. Ele não foi obrigado a fazer isso, ele o fez apenas porque sentiu que deveria ter feito.”
Michael Andretti em ação na sua última corrida como piloto
de F1, em Monza (Foto: Forix)
“Senna era um companheiro muito duro porque claro que ele provavelmente foi um
dos melhores pilotos que já existiu, então ter sido comparado a ele foi muito
difícil. Mas, novamente, eu estava sendo comparado com o melhor, e uma grande
parte do tempo que estávamos testando, eu tinha um bom ritmo em relação a ele,
e isso me fazia sentir bem. Então, quando começava a corrida, ficava 1s ou 2s
longe do seu ritmo. Mas ele era um cara de muita qualidade”, ressaltou.
Senna ajudando Andretti com dicas sobre o carro
Andretti e Senna foram companheiros de equipe na McLaren em 1993
Foto: LAT
Andretti e Senna foram companheiros de equipe na McLaren em 1993
Foto: Arquivo Pessoal Michael Andretti
Andretti e Senna foram companheiros de equipe na McLaren em 1993
Michael Andretti é filho do campeão de fórmula 1 de 1978, Mario Andretti
Michael Andretti decepcionado na equipe McLaren
Mario Andretti com a equipe McLaren
Mario Andretti hoje
Mario Andretti hoje
Questionado pela publicação a respeito do atual momento da McLaren, Andretti
partiu em defesa da Honda. A montadora japonesa fornece os motores para seus
carros na Indy e, conhecendo o trabalho da fábrica em Sakura, aposta que logo
os bons resultados vão surgir. “É difícil dizer se é a McLaren ou a Honda. Acho
que a Honda está empregando um grande esforço. Eles são nossos parceiros na
Indy, são muito agressivos e não gostam de perder. Acho que eles vão dar a
volta por cima”, finalizou.
FONTE PESQUISADA
GRANDE PRÊMIO - Andretti lembra tempos de F1 ao lado de
“grande amigo” Senna e diz que categoria hoje “virou uma bagunça”. Disponível
em: <http://grandepremio.cloudapp.net/f1/noticias/andretti-lembra-tempos-de-f1-ao-lado-de-grande-amigo-senna-e-diz-que-categoria-hoje-virou-uma-bagunca>.
Acesso em: 14 de agosto 2015.
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