POR FABRÍZIA RIBEIRO EM ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS 01 MAI 2014 — 17H56
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No dia 1º de maio de 1994,
Ayrton Senna da Silva sofria um acidente fatal. Naquela manhã de domingo, o
tricampeão mundial deixaria uma falta irreparável nos milhares de fãs que tinha
no Brasil e no mundo. O acidente, que aconteceu na curva Tamburello do GP de
San Marino, hoje é lembrado por muitos com pesar.
Ayrton Senna era conhecido
por seu carisma e sempre foi descrito como uma pessoa simpática e muito
atenciosa por todos os fãs e jornalistas que tiveram a oportunidade de
conhecê-lo. Uma dessas pessoas foi o jornalista Livio Oricchio, que acompanhou
a carreira do piloto e estava presente nos últimos instantes da vida de um de
nossos maiores heróis.
Depois de presenciar as
vitórias e, infelizmente, relatar a partida do grande piloto, Oricchio preparou
um especial para o UOL em que revela maiores detalhes sobre os últimos dias da
carreira de Senna. Abaixo você confere alguns dos fatos retirados do especial:
Ayrton Senna no GP de San Marino.
Reprodução/Pascal Rondeau –
ALLSPORT
*O
carro que Senna pilotava naquela temporada era o Willians FW16, cujo projeto
era de responsabilidade do engenheiro Adrian Newey. O brasileiro já havia tido
dificuldades em pilotar o carro por conta da instabilidade do veículo ao passar
sobre qualquer irregularidade no asfalto. Senna chegou a solicitar a Frank
Williams, dirigente da escuderia, que pudesse treinar com o FW15C;
*Uma
das dificuldades de Senna era que ele machucava as mãos enquanto pilotava. Ao
virar o volante, o piloto esbarrava com as mãos na parte superior do cockpit e
se feria. A configuração do volante foi alterada para evitar o problema e
muitos acreditam que isso foi determinante para o acidente;
*Tudo
indica que a pressão psicológica também influenciou diretamente o piloto. Senna
estava indo para a terceira etapa do mundial sem ter marcado nenhum ponto,
enquanto Michael Schumacher – seu principal adversário – havia vencido as duas
corridas do campeonato e estava na liderança com 20 pontos;
Foto: Norio Koike
*Na sexta-feira (29 de abril
de 1994), logo no início do treino, Rubens Barrichello – com 21 anos na época –
sofreu um acidente que também deixou Senna preocupado. Barrichello bateu contra
um muro a cerca de 200 km/h
e capotou. O jovem piloto ficou desacordado por alguns instantes e Senna, que
foi conferir a cena de perto, saiu de lá visivelmente abalado;
*No sábado (30 de abril), a
situação ficou ainda pior. O piloto austríaco Roland Ratzenberger morreu ao
colidir a 300 km/h
na curva Villeneuve do circuito de Ímola. Senna, que já estava abalado pelo
acidente de Barrichello no dia anterior, ficou ainda mais entristecido. O
piloto chegou a ir até o local da pista onde havia ocorrido o acidente e depois
chorou compulsivamente pela perda do colega. Para agravar a situação, o
brasileiro ainda recebeu uma advertência do belga Roland Bruynseraede, delegado
de segurança da F1 e diretor de prova, por ter ido até o local do acidente;
Foto: Lemyr
Martins
*Sid Watkins, médico da
Fórmula 1 e amigo do piloto brasileiro, chegou a aconselhá-lo a não disputar o
GP de San Marino no sábado à noite, poucas horas do acidente. “Ele me disse: ‘O
que é que eu vou alegar para a equipe, nessa situação em que estamos, 20 pontos
atrás de Schumacher na classificação? Apenas que não estou bem?’”, revelou o
médico anos depois;
*No domingo (1º de maio), logo
na largada da prova, um acidente com o carro da Benetton fez com que o safety
car entrasse na pista. Nesse momento, Senna estava em primeiro lugar, seguido
de Schumacher. Como naquela época o safety car era um veículo de série, a
velocidade percorrida no circuito era menor do que o necessário para manter a
temperatura dos pneus e dos freios, o que facilitaria a retomada da competição.
A baixa velocidade fez com que a pressão dos pneus da Williams caísse e isso
também pode ter contribuído para o acidente;
*Depois de passar pela
tangente da curva Tamburello e se chocar gravemente, Senna recebeu pronto
atendimento. Os comissários de prova do circuito de Ímola revelaram que foi
encontrada uma bandeira da Áustria em meio aos destroços do carro do
brasileiro. Provavelmente, Senna havia planejado fazer uma homenagem a Roland
Ratzenberger, que havia falecido no dia anterior;
O corpo de Ayrton Senna foi
trazido ao Brasil na classe executiva em um voo que partiu de Paris para São
Paulo. Com as cortinas fechadas, apenas a tripulação sabia que o caixão do
piloto estava na aeronave e nenhum dos passageiros foi informado para que não
houvesse tumulto. Demais aeronaves que estavam no ar naquele momento e foram
avisadas que o corpo do piloto estava sendo transportado passaram pelo avião
fazendo sinal de luzes e algumas tripulações enviaram mensagens;
FONTE PESQUISADA
RIBEIRO, Fabrízia. Alguns fatos que você ainda não sabe sobre a
morte de Ayrton Senna. Disponível em: <http://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/43070-alguns-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-morte-de-ayrton-senna.htm>.
Acesso em: 14 de março 2017.
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