quarta-feira, 21 de novembro de 2018

"Ayrton tinha o temperamento forte, mas muito maleável", diz Viviane Senna, irmã do ex-piloto


Ayrton Senna 


Revista Neo Mondo, abril de 2009.

Neo Mondo: O Brasil conhece a figura do grande campeão, que por sua postura exemplar espelha o melhor aspecto dos brasileiros. Mas como era o brasileiro Ayrton: como ele era quando criança, como era a convivência com a família e com os irmãos? Do que gostava, qual era seu temperamento?

Viviane: Meu irmão era uma criança esperta, vivaz. Desde pequeno, as rodas e a velocidade o encantavam. Aos 4 anos, ganhou o primeiro kart do meu pai. Embora ele fosse um pouco tímido com as pessoas, não deixava de se relacionar do jeito mais simples. Lembro de um aniversário, acho que dos 6 ou 7 anos, que ele quis fazer uma festinha. Ele saiu na rua convidando toda a criança que via pela frente. Encheu nossa casa. E minha mãe, depois que tudo acabou, perguntou de onde conhecia toda aquela gente. Ayrton respondeu que não conhecia quase ninguém. A adolescência foi bastante madura, já que a carreira começou a ser traçada, profissionalmente, aos 13 anos, quando também conquistou sua primeira vitória numa corrida oficial. Ayrton era uma criança feliz, um adolescente comprometido com seu futuro, um filho e um irmão carinhoso, afetivo. Temperamento forte, mas muito maleável. Ele sabia o que queria e lutava para conseguir. Sempre foi muito determinado.


Ayrton Senna seguido pela irmã Viviane, pela sobrinha Bianca e o cunhado Flávio Lalli


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Maleável não tem a ver com ser manipulável. Maleável é ser mais flexível, menos rigoroso/a nas ideias e atitudes. Uma pessoa compreensiva, entende a pessoa, se coloca no lugar dela.


Me lembrei daquele episódio dos grampos onde no livro "Ayrton Senna Saudades" do jornalista português Francisco Santos, ele relatou que "Mais grave terá sido – principalmente para Ayrton – o fato da família ter mandado grampear os telefones de seu apartamento em São Paulo e de sua casa em Angra dos Reis. Isso o terá desgostado muito, a ponto de, segundo informações que tive, lhe terem provocado uma reação para depois de Imola, que jamais aconteceu.". Assim sendo, o Ayrton perdeu totalmente a paciência com a família no final de sua vida devido a essas armações deles para separá-lo de Adriane. 

Mas, infelizmente era tarde demais...


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FONTE PESQUISADA

UECHI, Uane. Amor pago com amor. Revista Neomondo, Santo André, nº 21, ano 2, p. 6-17, Editora Abril, abril de 2009.

SANTOS, Francisco. Ayrton Senna do Brasil. 4ª Edição. São Paulo: EDIPROMO, novembro 1994.

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