Rio de Janeiro
21/08/2019 07h00 Atualizado há 14 horas
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Foto: Reprodução
Em 27 de outubro de 1983, quatro dias depois de conquistar o título do Inglês de Fórmula 3, Ayrton foi até Silverstone para experimentar o carro da McLaren, assim como Martin Brundle, seu ferrenho rival no campeonato que se encerrara, e o promissor alemão Stefan Bellof. Uma cortesia da Marlboro, principal patrocinadora da McLaren e da F3.
Ayrton Senna é observado por Martin Brundle em teste com a McLaren em Silverstone — Foto: Reprodução
Em 19 de julho daquele mesmo ano, Senna já havia guiado uma Williams, com direito a recorde da pista de Donington Park para carros de motor aspirado. No entanto, a equipe já estava comprometida com Keke Rosberg e Jacques Laffite para 1984.
Em novembro, Ayrton teria o gosto de pilotar a Brabham do bicampeonato mundial de Nelson Piquet - o F1 Memória já lembrou esse teste. No mesmo ano, novo teste em Silverstone, com a Toleman, equipe pela qual o brasileiro efetivamente estreou na F1, em 1984. Mas, voltemos a Silverstone.
Ayrton Senna nos boxes de Silverstone durante teste pela McLaren em 1983 — Foto: Reprodução
Depois, os três usaram o carro de Niki Lauda, acertado para condições de classificação, e cada um com pneus novos. Ayrton cravou 1m13s9 e ficou apenas 0s1 acima do recorde de Silverstone com carros de motor aspirado (Keke Rosberg, Williams). Nessas condições, Brundle e Bellof fizeram tempos semelhantes, na casa de 1m14s8.
Ayrton Senna ao lado do carro com Stefan Bellof no cockpit — Foto: Reprodução
- Esse Ayrton Senna é mesmo um fenômeno. Ele conseguiu um tempo que nem o Niki Lauda conseguiu com o carro nas mesmas condições.
Senna já teve um discurso um pouco mais cauteloso, até realista:
- Eu me senti muito confiante no carro, extremamente fácil de guiar. A velocidade aqui em Silverstone é muito grande, mas relativamente eu me senti muito à vontade no automóvel. Os resultados foram maravilhosos, melhor do que eu esperava inclusive. Eu apenas começo a perceber como é que se ganha uma corrida de F-1, provavelmente. Está mais no carro do que no próprio piloto. Desde que o carro seja rápido e fácil de guiar, você se torna um, dois segundos mais rápido, ou mais lento. Mas, de uma forma geral, eu estou muito contente e acho que foi maravilhoso o teste.
Ron Dennis com Ayrton Senna em Silverstone, em 1983 — Foto: Reprodução
Como já mencionado, Ayrton estrearia na F1 pela Toleman, enquanto Martin Brundle e Stefan Bellof acabaram acertando com a Tyrrell.
FONTE PESQUISADA
SABINO, Fred. Raridades #8: o primeiro contato de Ayrton Senna com um carro da McLaren, no fim de 1983. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/blogs/f1-memoria/post/2019/08/21/raridades-8-o-primeiro-contato-de-ayrton-senna-com-um-carro-da-mclaren-no-fim-de-1983.ghtml>. Acesso em: 21 de agosto 2019.
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