Trecho do Profácio de Francisco Santos no livro “Ayrton
Senna Saudade – O que faltava saber”
Uma opção: não tocar em alguns temas
Não posso censurar alguém como Américo Jacoto Júnior, cuja
amizade com Ayrton já foi tão mal-compreendida durante a vida de Ayrton, e que
agora prefere cortar alguns momentos muito interessantes da nossa conversa, nas
referências a reações de familiares de Ayrton a naturais sentimentos seus, ou
ainda, nas revelações sobre Adriane Galisteu. Nada mais seriam do que uma
confirmação de que Ayrton realmente amava Adriane e que ela não era “mais uma
garotinha” na vida dele, como ele falou para várias pessoas mais chegadas.
Não que eu pretenda de alguma tocar em casos como esses e
criar mais polemica.
Não foco, em nada, o namoro de Ayrton com Adriane, pois,
como ela me falou ao evitar os meus pedidos de conversa para este livro “já foi
tudo esclarecido no meu livro”. Não abro a ferida dos telefones grampeados pela
família Senna e a gravação de Adriane com seus ex-namorado César. Depois de
debater isso com outros pessoas e com Adriane em outubro de 1994 na Alemanha,
quando a levei a uma entrevista na RTL, parece-me que essas conversas não teriam
passado de uma molecagem entre amigos e nada tiveram para manchar o amor de
Ayrton.
Mais grave terá sido – principalmente para Ayrton – o fato
da família ter mandado grampear os telefones de seu apartamento em São Paulo e
de sua casa em Angra dos Reis. Isso o terá desgostado muito, a ponto de,
segundo informações que tive, lhe terem provocado uma reação para depois de
Imola, que jamais aconteceu.
FONTE PESQUISADA
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SANTOS, Francisco. Ayrton Senna do Brasil. 4ª Edição. São Paulo: EDIPROMO, novembro
1994.
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