quinta-feira, 27 de outubro
de 2011 - 17h25 Atualizado em quinta-feira, 27 de outubro de 2011 -
17h51
Senna e Galisteu
A apresentadora concedeu uma entrevista onde
falou sobre o piloto
Da Redação
Veja abaixo alguns trechos da entrevista:
Começo do namoro com Ayrton Senna
Difícil falar dele. Foi meu primeiro amor. Eu tinha 19 anos e o conheci quando trabalhava no autódromo. Demorei três meses, já namorando o Ayrton, para entender que a gente estava namorando. Ele me assumiu, me apresentou pra família, conheceu a minha mãe, o meu irmão, foi na casa que eu morava e aí, a gente realmente começou a namorar. E, seis meses depois, a gente foi morar junto. E aí ele morreu em 94 (1994), um ano e meio depois. Mas, foi um ano e meio sensacional da minha vida. Hoje, tenho noção de tudo que eu vivi. Eu vivia aquela vida do Ayrton, sem achar que aquela vida fosse minha. Eu nunca tomei conta daquela vida dele.
Teria casado com Aytron Senna?
Olha, eu não sei como seria. Eu não faço esse exercício de como poderia ter sido a minha vida. A gente falava de casamento, falava de filho. Ele tinha o sonho de encerrar a carreira na Ferrari e de ter um filho. A gente falava, mas naturalmente, nunca botei pilha, nunca falei muito mais disso, não cobrava.
Convivência com a família do piloto
Jantei várias vezes com a família dele. Dormi na casa da mãe dele, dormi na fazenda... Dormi, dormi e tava tudo bem. Mas, a gente ficava muito pouco no Brasil.
Antes do acidente
A gente falou no telefone dez minutos antes dele correr. Ele estava mal e eu estava muito preocupada. Eu estava na casa dele, no Algarve. Ele não estava legal, ele chorava. Foi a primeira vez que vi ele chorar daquele jeito. Eu já tinha visto ele chorar algumas vezes, mas não dessa maneira, porque ele tava preocupado, porque tinha acontecido um acidente no treino, o Hatzenberger (Roland Hatzenberger) tinha falecido, o Rubinho tinha dado uma 'cacetada'... Eu me lembro de ter falado uma coisa pra ele: 'Ayrton, não corre'. Aí ele ainda brigou comigo e disse 'como não corro? O que você está falando? Eu não pontuei, preciso pontuar!'. E eu falei: 'Você é o único cara aí que pode não correr. Você não tem condições de correr'. Aí, quando falei isso, parecia que eu tinha dito: 'Corre!'. Foi a nossa última conversa e ele acabou desligando o telefone meio bravo.
A corrida e o acidente
O clima tava estranho. Tava horroroso. Eu comecei a acompanhar a corrida, é óbvio. A hora que ele bateu, eu desliguei a televisão e disse 'Graças a Deus!'. Ele vai chegar mais cedo em casa, acabou essa palhaçada, acabou essa corrida... Estava dando tudo errado e fui tomar banho. Aí, escutei a televisão ligada de novo e, quando eu olhei, era como se o tempo não tivesse passado. Era a mesma cena, do momento que desliguei a televisão até aquele momento. Lembro que, antes de ir para o hospital, arrumei a mala dele.
A notícia da morte
Quando eu ouvi que ele tava morto, eu não sei o que aconteceu. Foi um blecaute... E não me lembro de mais nada. Fiquei anestesiada até o dia do enterro. Ali, eu perdi o homem que eu amava, perdi também um campeão como todos os brasileiros, perdi também um ser que representava pra todos nós uma coisa muito legal.
Veja abaixo alguns trechos da entrevista:
Começo do namoro com Ayrton Senna
Difícil falar dele. Foi meu primeiro amor. Eu tinha 19 anos e o conheci quando trabalhava no autódromo. Demorei três meses, já namorando o Ayrton, para entender que a gente estava namorando. Ele me assumiu, me apresentou pra família, conheceu a minha mãe, o meu irmão, foi na casa que eu morava e aí, a gente realmente começou a namorar. E, seis meses depois, a gente foi morar junto. E aí ele morreu em 94 (1994), um ano e meio depois. Mas, foi um ano e meio sensacional da minha vida. Hoje, tenho noção de tudo que eu vivi. Eu vivia aquela vida do Ayrton, sem achar que aquela vida fosse minha. Eu nunca tomei conta daquela vida dele.
Teria casado com Aytron Senna?
Olha, eu não sei como seria. Eu não faço esse exercício de como poderia ter sido a minha vida. A gente falava de casamento, falava de filho. Ele tinha o sonho de encerrar a carreira na Ferrari e de ter um filho. A gente falava, mas naturalmente, nunca botei pilha, nunca falei muito mais disso, não cobrava.
Convivência com a família do piloto
Jantei várias vezes com a família dele. Dormi na casa da mãe dele, dormi na fazenda... Dormi, dormi e tava tudo bem. Mas, a gente ficava muito pouco no Brasil.
Antes do acidente
A gente falou no telefone dez minutos antes dele correr. Ele estava mal e eu estava muito preocupada. Eu estava na casa dele, no Algarve. Ele não estava legal, ele chorava. Foi a primeira vez que vi ele chorar daquele jeito. Eu já tinha visto ele chorar algumas vezes, mas não dessa maneira, porque ele tava preocupado, porque tinha acontecido um acidente no treino, o Hatzenberger (Roland Hatzenberger) tinha falecido, o Rubinho tinha dado uma 'cacetada'... Eu me lembro de ter falado uma coisa pra ele: 'Ayrton, não corre'. Aí ele ainda brigou comigo e disse 'como não corro? O que você está falando? Eu não pontuei, preciso pontuar!'. E eu falei: 'Você é o único cara aí que pode não correr. Você não tem condições de correr'. Aí, quando falei isso, parecia que eu tinha dito: 'Corre!'. Foi a nossa última conversa e ele acabou desligando o telefone meio bravo.
A corrida e o acidente
O clima tava estranho. Tava horroroso. Eu comecei a acompanhar a corrida, é óbvio. A hora que ele bateu, eu desliguei a televisão e disse 'Graças a Deus!'. Ele vai chegar mais cedo em casa, acabou essa palhaçada, acabou essa corrida... Estava dando tudo errado e fui tomar banho. Aí, escutei a televisão ligada de novo e, quando eu olhei, era como se o tempo não tivesse passado. Era a mesma cena, do momento que desliguei a televisão até aquele momento. Lembro que, antes de ir para o hospital, arrumei a mala dele.
A notícia da morte
Quando eu ouvi que ele tava morto, eu não sei o que aconteceu. Foi um blecaute... E não me lembro de mais nada. Fiquei anestesiada até o dia do enterro. Ali, eu perdi o homem que eu amava, perdi também um campeão como todos os brasileiros, perdi também um ser que representava pra todos nós uma coisa muito legal.
Irmão soro positivo
O ano de 1994, se eu pudesse apagar da minha vida, eu apagaria. Ayrton morreu no dia 1º de maio e, no mesmo mês, nós ficamos sabendo que meu irmão Beto estava com AIDS. Naquela época, ter esse diagnóstico era a mesma coisa que não sobreviver. Graças a Deus, as coisas mudaram. Inclusive, eu encabeço a campanha A Cara da Vida, que acontece todo dia 1º de dezembro, no dia internacional de combate a AIDS. Eu falo que vale a pena encabeçar essa campanha porque um dia ela vai acabar. Sabe uma coisa que você defende e que um dia você não vai mais precisar defender? Um dia vão encontrar a cura dessa doença. Acredito nisso, mas enquanto não encontram, vou lutar pelas pessoas. Faço essa campanha junto com o David Wip, no hospital Emilio Ribas, em São Paulo.
O ano de 1994, se eu pudesse apagar da minha vida, eu apagaria. Ayrton morreu no dia 1º de maio e, no mesmo mês, nós ficamos sabendo que meu irmão Beto estava com AIDS. Naquela época, ter esse diagnóstico era a mesma coisa que não sobreviver. Graças a Deus, as coisas mudaram. Inclusive, eu encabeço a campanha A Cara da Vida, que acontece todo dia 1º de dezembro, no dia internacional de combate a AIDS. Eu falo que vale a pena encabeçar essa campanha porque um dia ela vai acabar. Sabe uma coisa que você defende e que um dia você não vai mais precisar defender? Um dia vão encontrar a cura dessa doença. Acredito nisso, mas enquanto não encontram, vou lutar pelas pessoas. Faço essa campanha junto com o David Wip, no hospital Emilio Ribas, em São Paulo.
FONTE
PESQUISADA
Galisteu diz que pediu para Senna não
correr. Disponível em: <http://entretenimento.band.uol.com.br/tv/noticia/?id=100000464790>.
Acesso em: 18 de dezembro 2013.
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