sábado, 31 de maio de 2014

Conheça Algarve, o paraíso que Ayrton Senna morava com Adriane Galisteu

Algarve

09.maio.2014 12:06:19
Primeira Classe – Estadão
Rafaela Borges

Ayrton Senna e Adriane Galisteu viviam no Algarve em Porgugal


Algarve fica ao sul de Portugal, tendo Sagres no extremo oeste (a cidadezinha é considerada a ponta da Europa) e a Espanha a leste. A partir de Lisboa, a saída é pela rodovia A2 (com pedágios) e o acesso à A22 (com pedágios), principal da região, é pela cidade de Albufeira. Outra estrada da região é a N125, de pista simples e sem pedágios.

Esta com belas paisagens litorâneas, é ideal para percorrer distâncias menores, como entre Sagres e Lagos. Tem belas paisagens praianas e muitos trechos com os cataventos típicos da Europa, ou rodeados por vegetação. Não se esqueça de parar para tirar fotos!

De avião, o acesso é por Faro, a capital do Algarve – não há voos diretos a partir do Brasil. A melhor conexão para os brasileiros é em Lisboa, voando de TAP – que tem voos diretos a partir de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Natal, Fortaleza, Recife e Salvador, entre outras.

A melhor época para se visitar é a partir do fim da primavera até o início do outono. De maio a setembro, o clima é quente, com leves variações. Eu fui em agosto, auge do verão, e as temperaturas durante o dia ficavam entre 27 e 30 graus – nada do calor de 40 graus que caracteriza o sul da Espanha, por exemplo. Em algumas noites, um ventinho suave exigiu até mesmo o uso de uma malha leve.

Algarve não é uma região badalada como outras do litoral europeu, a exemplo do sul da França, Itália ou Grécia. Nada de casas noturnas mundialmente famosas, ou iates suntuosos atracados nos portos. Porém, há hotéis de alto nível e culinária de primeira classe a preços justos, além de três restaurantes que fazem parte do Guia Michelin. São duas estrelas para o Vila Joya, em Albufeira, e o Ocean, em Lagoa, e uma para o Willie’s, em Vilamoura.

A visita a Algarve merece pelo menos sete noutes. Se for ficar dez, visite Lisboa. Com mais tempo, vá, de carro mesmo, até a região da Andaluzia, na Espanha (passando por Cádiz e Sevilha).

Vale lembrar que, assim como na Riviera Francesa (veja aqui), em Portugal é preciso abastecer o próprio carro – não há frentista. Não se assuste: é bem simples. Ainda mais em um país em que o idioma oficial também é português.

Desbravando estradas: Algarve enfeitiça os olhos



(Fotos: Rafaela Borges/Estadão e Reprodução)

Primeira coisa a se saber sobre o Algarve: não subestime a região. “Ah, mas não é o Mar Mediterrâneo, é o Atlântico, igual no Brasil”. “Com tantas regiões praianas famosas e cheias de ‘glamour’ para se conhecer na Europa (Grécia, Croácia, Espanha, França, Itália), o que eu vou fazer em Portugal”?


Esqueça os preconceitos. Se você é apaixonado por praias com paisagens deslumbrantes, que enfeitiçam e até hipnotizam, o Algarve é destino obrigatório. Não é à toa que Ayrton Senna mantinha por lá uma mansão, localizada no condomínio Quinta do Lago, em Amancil – mesmo complexo onde está localizado um dos dois hotéis do Algarve credenciados pela rede de hospedagens sofisticadas Leading Hotels of the World.

A casa  que pertenceu a Ayrton Senna em Amancil

Mar verde ou azul cristalino, águas calmas ou agitadas, cavernas, falésias… Há uma diversidade de beleza impressionante nos 170 km de litoral. E também variedade de cidades: vilas rústicas e grandes municípios dividem a região localizada ao sul de Portugal. E a comida é fantástica (use e abuse dos pratos com bacalhau e polvo).


Senna costumava passear pelo Algarve de Honda NSX…


… já a minha escolha foi um SQ5, mais próprio para alguns trechos de terra da região

A segunda coisa que você precisa saber saber sobre o Algarve: sem carro, não dá para ser feliz. O litoral é extenso, são muitas cidades e, num mesmo dia, dá para conhecer pelo menos três praias. Depender de transfers oferecidos por alguns hotéis é uma “fria”. Tira a liberdade. Dá para providenciar transportes privativos no próprio hotel mas, vá por mim: alugar um carro é mais interessante. Faça como Ayrton Senna, que passeava pela região com um de seus Honda NSX.


A22, a principal estrada do Algarve, tem pista dupla e pedágios e se faz presente em quase todos os 170 km do litoral sul de Portugal

ESTRADAS E CARROS

As viagens entre as cidades podem ser feitas de maneira rápida, pela A2, ou lentamente, explorando a paisagem praiana, por meio da N125. Ambas são muito bem pavimentadas (leia mais sobre as estradas do Algarve).

Apesar disso, esqueça os carros esportivos e baixos. O ideal para o Algarve é um utilitário-esportivo. Em primeiro lugar, o acesso a muitas praias é feito por meio de estradas de terra. Não que existam trilhas desafiadoras. Porém, a viagem em um carro baixo, de pneu fino e suspensão dura pode ser um tanto desconfortável.


Utilitário-esportivo é o tipo de carro mais indicado, mas como em toda região de belas praias, conversível também cai muito bem

Além disso, o Algarve é ótimo destino para se visitar com a família – embora caia muito bem para viagens românticas também. Assim nada melhor do que o espaço e a flexibilidade de um jipão (veja opções de aluguel aqui).

Porém, se a viagem for a dois, um conversível também é ótima pedida, como em qualquer região de belas praias. Só tome cuidado para não escolher um muito baixo, heim. É quase um pecado deixar de visitar as praias que exigem percorrer percursos de terra, e ninguém quer contratempos em uma viagem de férias.


Sagres, a “ponta da Europa”: mar azul e pequeno porto

E, o principal: escolha um carro com GPS ou alugue um portátil. É impossível chegar a algumas praias sem o dispositivo. E, apesar de não haver problemas de comunicação em outro idioma, obter instruções sobre caminhos em Portugal não é missão das mais fáceis. Tenha o navegador para evitar contratempos e irritação desnecessária – procure o nome da praia nos pontos de interesse. Eu percorri o Algarve de Audi SQ5, em versão a diesel (a disponível no Brasil é a gasolina, mais divertida e também mais “gastona”).

CIDADES E PRAIAS

No extremo oeste do Algarve – e na ponta da Europa – está Sagres, quase uma vila, com um pequeno porto cheio de barcos de pescadores. O mar ali é cristalino e, visto do alto, tem tom azul – tanto na praia da própria cidade quanto as imediações. A areia é branquinha.


Dona Ana: águas esverdeadas e calmas, próprias para banho. Daqui, saem alguns passeios de barco

Fora de Sagres, uma das praias que vale a visita é a do Amado, que tem falésias, pedras coloridas e, em alguns trechos, é própria para a prática do surf. Cena incomum no Algarve presente nesta praia: há estacionamento – e custa 3 euros. Cena comum: prepare as pernas – para acessar a areia, há muita escadaria para descer e, depois, subir. Atenção: não é praia para passar o dia todo, a não ser que isso seja previamente planejado. Não há infraestrutura de bares e restaurantes.

Sagres vale como base apenas se a intenção for eleger duas, sendo a outra bem mais a leste. Ela é distante de algumas cidades importantes e com belas praias, como Albufeira e Faro. Além disso, quase não há vida noturna. Escolha a cidade se a intenção for curtir um tempo com a família, pois há um belo resort (leia mais sobre hotéis) ou fazer uma viagem bem romântica a dois. Não deixe de visitar a fortaleza da cidade.


Nesta foto e na de baixo, da Praia do Camilo, em Lagos


Se quiser mais agito, faça base em Lagos, que tem também belas praias e mais bares e restaurantes, além de um dos hotéis mais charmosos de todo o Algarve. Vizinhas, as praia do Camilo e Dona Ana são inesquecíveis. Mar esverdeado, cavernas e falésias, além de atividades como passeios de barco, convidam o visitante a passar o dia todo explorando suas belezas, o mar calmo e a areia fofa e dourada.

Portimão e Albufeira são duas das bases mais racionais, com inúmeros opções de hotéis, restaurantes, bares e lojas. A primeira tem público mais jovem. Sugestão: dispense a lotada principal praia da cidade, a do Rocha. No verão, é superlotada – chega a lembrar o Guarujá.

E o mar esverdeado pode ser visto com mais intensidade e beleza na vizinha Prainha, na qual atrás de cada pedra e falésia há uma surpresa – paisagens com pedras e o mar em diferentes tons. Na própria praia há dois charmosos e ótimos restaurantes, especializados em peixes e frutos do mar – não deixe de experimentar os drinks de verão.


Portimão: esqueça a praia do Rocha e passe um bom tempo na vizinha, Prainha

Se estiver hospedado em Portimão, vá de táxi à Prainha. Não há muitas opções de estacionamento e encontrar um lugar para deixar o carro na rua não é das tarefas mais simples na alta temporada.

Albufeira fica mais distante das praias do leste, mas em compensação é o local ideal para os apaixonados por gastronomia – a cidade tem um dos três restaurantes que fazem parte do Guia Michelin. Os outros dois ficam em Lagoa e Vilamoura (um dos points mais badalados do Algarve), que são bem próximas. Há, ainda, mais opções de hotéis de luxo. Em geral, o público é mais maduro que o de Portimão.


Praia do Amado, em Sagres: falésias, pedrinhas coloridas e trechos próprios para a prática do surf

Por fim, Faro é a capital do Algarve e onde está localizado o aeroporto da região. Porém, se o plano for ter apenas uma base durante a viagem, não é a melhor opção. Até Sagres, são 120 km.

Outras praias famosas do Algarve são Piedade (Lagos), cheia de cavernas, Carvalho (Lagoa) e a Ilha de Faro.


FONTES PESQUISADAS

BORGES, Rafaela. Algarve: informações úteis. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/primeira-classe-jc/algarve-informacoes-uteis/>. Acesso em: 31/05/2014.

BORGES, Rafaela. Desbravando estradas: Algarve enfeitiça os olhos. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/primeira-classe-jc/desbravando-estradas-algarve-enfeitica-os-olhos/>. Acesso em: 31/05/2014.

Um comentário:

  1. Enfim, não está mal para publicidade.
    Mas essa de "a língua oficial em Portugal ser o português" é para idiotas? Então que língua podia ser, ela chama-se português porquê? Acho que já é tempo dos brasileiros entenderam que a língua oficial deles, e de muitos outros, é nativa de Portugal, porque foram os portugueses que a levaram para lá. E isto não é colonialista, é verdade apenas.

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