Algarve
09.maio.2014 12:06:19
Primeira Classe – Estadão
Rafaela Borges
Ayrton Senna e Adriane Galisteu viviam no Algarve em Porgugal
Algarve fica ao sul de
Portugal, tendo Sagres no extremo oeste (a cidadezinha é considerada a ponta da
Europa) e a Espanha a leste. A partir de Lisboa, a saída é pela rodovia A2 (com
pedágios) e o acesso à A22 (com pedágios), principal da região, é pela cidade
de Albufeira. Outra estrada da região é a N125, de pista simples e sem
pedágios.
Esta com belas paisagens
litorâneas, é ideal para percorrer distâncias menores, como entre Sagres e
Lagos. Tem belas paisagens praianas e muitos trechos com os cataventos típicos
da Europa, ou rodeados por vegetação. Não se esqueça de parar para tirar fotos!
De avião, o acesso é por
Faro, a capital do Algarve – não há voos diretos a partir do Brasil. A melhor
conexão para os brasileiros é em Lisboa, voando de TAP – que tem voos diretos a
partir de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Natal, Fortaleza,
Recife e Salvador, entre outras.
A melhor época para se
visitar é a partir do fim da primavera até o início do outono. De maio a
setembro, o clima é quente, com leves variações. Eu fui em agosto, auge do
verão, e as temperaturas durante o dia ficavam entre 27 e 30 graus – nada do
calor de 40 graus que caracteriza o sul da Espanha, por exemplo. Em algumas
noites, um ventinho suave exigiu até mesmo o uso de uma malha leve.
Algarve não é uma região
badalada como outras do litoral europeu, a exemplo do sul da França, Itália ou
Grécia. Nada de casas noturnas mundialmente famosas, ou iates suntuosos
atracados nos portos. Porém, há hotéis de alto nível e culinária de primeira
classe a preços justos, além de três restaurantes que fazem parte do Guia
Michelin. São duas estrelas para o Vila Joya, em Albufeira, e o Ocean, em
Lagoa, e uma para o Willie’s, em Vilamoura.
A visita a Algarve merece
pelo menos sete noutes. Se for ficar dez, visite Lisboa. Com mais tempo, vá, de
carro mesmo, até a região da Andaluzia, na Espanha (passando por Cádiz e
Sevilha).
Vale lembrar que, assim como
na Riviera Francesa (veja aqui), em Portugal é preciso abastecer o próprio
carro – não há frentista. Não se assuste: é bem simples. Ainda mais em um país
em que o idioma oficial também é português.
Desbravando estradas: Algarve enfeitiça os olhos
(Fotos: Rafaela
Borges/Estadão e Reprodução)
Primeira coisa a se saber
sobre o Algarve: não subestime a região. “Ah, mas não é o Mar Mediterrâneo, é o
Atlântico, igual no Brasil”. “Com tantas regiões praianas famosas e cheias de
‘glamour’ para se conhecer na Europa (Grécia, Croácia, Espanha, França,
Itália), o que eu vou fazer em Portugal”?
Esqueça os preconceitos. Se
você é apaixonado por praias com paisagens deslumbrantes, que enfeitiçam e até
hipnotizam, o Algarve é destino obrigatório. Não é à toa que Ayrton Senna
mantinha por lá uma mansão, localizada no condomínio Quinta do Lago, em Amancil
– mesmo complexo onde está localizado um dos dois hotéis do Algarve
credenciados pela rede de hospedagens sofisticadas Leading Hotels of the World.
A casa que pertenceu a Ayrton Senna em Amancil
Mar verde ou azul cristalino,
águas calmas ou agitadas, cavernas, falésias… Há uma diversidade de beleza
impressionante nos 170 km
de litoral. E também variedade de cidades: vilas rústicas e grandes municípios
dividem a região localizada ao sul de Portugal. E a comida é fantástica (use e
abuse dos pratos com bacalhau e polvo).
Senna costumava passear pelo
Algarve de Honda NSX…
… já a minha escolha foi um SQ5, mais próprio
para alguns trechos de terra da região
A segunda coisa que você
precisa saber saber sobre o Algarve: sem carro, não dá para ser feliz. O
litoral é extenso, são muitas cidades e, num mesmo dia, dá para conhecer pelo
menos três praias. Depender de transfers oferecidos por alguns hotéis é uma
“fria”. Tira a liberdade. Dá para providenciar transportes privativos no
próprio hotel mas, vá por mim: alugar um carro é mais interessante. Faça como
Ayrton Senna, que passeava pela região com um de seus Honda NSX.
A22, a principal estrada do
Algarve, tem pista dupla e pedágios e se faz presente em quase todos os 170 km do litoral sul de
Portugal
ESTRADAS E CARROS
As viagens entre as cidades
podem ser feitas de maneira rápida, pela A2, ou lentamente, explorando a paisagem
praiana, por meio da N125. Ambas são muito bem pavimentadas (leia
mais sobre as estradas do Algarve).
Apesar disso, esqueça os
carros esportivos e baixos. O ideal para o Algarve é um utilitário-esportivo.
Em primeiro lugar, o acesso a muitas praias é feito por meio de estradas de
terra. Não que existam trilhas desafiadoras. Porém, a viagem em um carro baixo,
de pneu fino e suspensão dura pode ser um tanto desconfortável.
Utilitário-esportivo é o tipo
de carro mais indicado, mas como em toda região de belas praias, conversível
também cai muito bem
Além disso, o Algarve é ótimo
destino para se visitar com a família – embora caia muito bem para viagens
românticas também. Assim nada melhor do que o espaço e a flexibilidade de um
jipão (veja
opções de aluguel aqui).
Porém, se a viagem for a
dois, um conversível também é ótima pedida, como em qualquer região de belas
praias. Só tome cuidado para não escolher um muito baixo, heim. É quase um
pecado deixar de visitar as praias que exigem percorrer percursos de terra, e
ninguém quer contratempos em uma viagem de férias.
Sagres, a “ponta da Europa”:
mar azul e pequeno porto
E, o principal: escolha um
carro com GPS ou alugue um portátil. É impossível chegar a algumas praias sem o
dispositivo. E, apesar de não haver problemas de comunicação em outro idioma,
obter instruções sobre caminhos em Portugal não é missão das mais fáceis. Tenha
o navegador para evitar contratempos e irritação desnecessária – procure o nome
da praia nos pontos de interesse. Eu percorri o Algarve de Audi SQ5, em versão
a diesel (a disponível no Brasil é a gasolina, mais divertida e também mais
“gastona”).
CIDADES E PRAIAS
No extremo oeste do Algarve –
e na ponta da Europa – está Sagres, quase uma vila, com um pequeno porto cheio
de barcos de pescadores. O mar ali é cristalino e, visto do alto, tem tom azul
– tanto na praia da própria cidade quanto as imediações. A areia é branquinha.
Dona Ana: águas esverdeadas e
calmas, próprias para banho. Daqui, saem alguns passeios de barco
Fora de Sagres, uma das
praias que vale a visita é a do Amado, que tem falésias, pedras coloridas e, em
alguns trechos, é própria para a prática do surf. Cena incomum no Algarve
presente nesta praia: há estacionamento – e custa 3 euros. Cena comum: prepare
as pernas – para acessar a areia, há muita escadaria para descer e, depois,
subir. Atenção: não é praia para passar o dia todo, a não ser que isso seja
previamente planejado. Não há infraestrutura de bares e restaurantes.
Sagres vale como base apenas
se a intenção for eleger duas, sendo a outra bem mais a leste. Ela é distante
de algumas cidades importantes e com belas praias, como Albufeira e Faro. Além
disso, quase não há vida noturna. Escolha a cidade se a intenção for curtir um
tempo com a família, pois há um belo resort (leia
mais sobre hotéis) ou fazer uma viagem bem romântica a dois. Não deixe de
visitar a fortaleza da cidade.
Nesta foto e na de baixo, da
Praia do Camilo, em Lagos
Se quiser mais agito, faça
base em Lagos, que tem também belas praias e mais bares e restaurantes, além de
um dos hotéis mais charmosos de todo o Algarve. Vizinhas, as praia do Camilo e
Dona Ana são inesquecíveis. Mar esverdeado, cavernas e falésias, além de
atividades como passeios de barco, convidam o visitante a passar o dia todo
explorando suas belezas, o mar calmo e a areia fofa e dourada.
Portimão e Albufeira são duas
das bases mais racionais, com inúmeros opções de hotéis, restaurantes, bares e
lojas. A primeira tem público mais jovem. Sugestão: dispense a lotada principal
praia da cidade, a do Rocha. No verão, é superlotada – chega a lembrar o
Guarujá.
E o mar esverdeado pode ser
visto com mais intensidade e beleza na vizinha Prainha, na qual atrás de cada
pedra e falésia há uma surpresa – paisagens com pedras e o mar em diferentes
tons. Na própria praia há dois charmosos e ótimos restaurantes, especializados
em peixes e frutos do mar – não deixe de experimentar os drinks de verão.
Portimão: esqueça a praia do Rocha e passe um
bom tempo na vizinha, Prainha
Se estiver hospedado em
Portimão, vá de táxi à Prainha. Não há muitas opções de estacionamento e
encontrar um lugar para deixar o carro na rua não é das tarefas mais simples na
alta temporada.
Albufeira fica mais distante
das praias do leste, mas em compensação é o local ideal para os apaixonados por
gastronomia – a cidade tem um dos três restaurantes que fazem parte do Guia
Michelin. Os outros dois ficam em Lagoa e Vilamoura (um dos points mais
badalados do Algarve), que são bem próximas. Há, ainda, mais opções de hotéis
de luxo. Em geral, o público é mais maduro que o de Portimão.
Praia do Amado, em Sagres:
falésias, pedrinhas coloridas e trechos próprios para a prática do surf
Por fim, Faro é a capital do
Algarve e onde está localizado o aeroporto da região. Porém, se o plano for ter
apenas uma base durante a viagem, não é a melhor opção. Até Sagres, são 120 km .
Outras praias famosas do
Algarve são Piedade (Lagos), cheia de cavernas, Carvalho (Lagoa) e a Ilha de
Faro.
FONTES PESQUISADAS
BORGES, Rafaela. Algarve: informações úteis.
Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/primeira-classe-jc/algarve-informacoes-uteis/>.
Acesso em: 31/05/2014.
BORGES, Rafaela. Desbravando estradas:
Algarve enfeitiça os olhos. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/primeira-classe-jc/desbravando-estradas-algarve-enfeitica-os-olhos/>.
Acesso em: 31/05/2014.
Enfim, não está mal para publicidade.
ResponderExcluirMas essa de "a língua oficial em Portugal ser o português" é para idiotas? Então que língua podia ser, ela chama-se português porquê? Acho que já é tempo dos brasileiros entenderam que a língua oficial deles, e de muitos outros, é nativa de Portugal, porque foram os portugueses que a levaram para lá. E isto não é colonialista, é verdade apenas.