01.05.2014 - 08:18
Por Ines Henriques
Desporto
desporto.sapo.pt
Faz hoje 20 anos que Ayrton Senna morreu, vítima de um acidente no circuito de Imola, a 1 de maio de 1994.
Adriane Galisteu era namorada
de Ayrton Senna na altura do acidente que vitimou o piloto brasileiro, faz hoje
duas décadas.
“Estou muito triste”, dizia
Ayrton Senna à namorada, pouco antes de correr em Imola, a 1 de maio de 1994.
“Ayrton, não entra nessa corrida”, foi a resposta de Adriane Galisteu, 21 anos
na altura, modelo que despoletou em parte devido ao namoro com o
piloto de Fórmula 1.
A ex-modelo conta, em
entrevista ao Daily Mail, que Ayrton Senna disse-lhe que não podia desistir da
corrida no principado. A prova começava envolta em tragédia, pela morte do
austríaco Ratzenberger, a 30 de abril, e do acidente que atirou Rubens Barrichello,
amigo de Senna, para o hospital.
“Eu vi o acidente e não achei
nada de especial. Na verdade, pensei: `Bom, ele vai voltar mais cedo,
ainda bem`. Mas vi que era mais sério do que tinha imaginado ao princípio.
Fiquei em frente à TV e pus no repeat várias e várias vezes. Via-se que o carro
estava danificado, mas nunca imaginei que ele tinha morrido. Atendi o telefone
e era a mulher do melhor amigo dele a dizer-me que eu precisava de ir para
Ímola. Fomos diretamente de Lisboa. Entrei no avião a pensar que ainda estava
vivo. Ferido, mas não morto”, relembrou.
Galisteu estava no Algarve,
onde Senna a iria encontrar depois do Grande Prémio de São Marino para a pedir
em casamento (“Tenho muito a dizer-lhe. A propor. A oferecer”, prosseguiu. –
“Devo estar aí às 20h30, por aí. Queropassar a noite em claro. Vamos
conversar até o amanhecer. Quero convencê-la de que sou o melhor homem de sua
vida”.
Ri, com aquele comentário
inesperado.
- Você não conhece os
outros... - brinquei.
- Vou provar-lhe que sou o
melhor.” Ayrton para Adriane”, in Caminho das Borboletas, de Adriane Galisteu).
“Quando o avião estava
prestes a descolar, o piloto disse que havia uma chamada da torre. Imaginei que
era o Ayrton a dizer `Não precisa vir, tudo está ok`. Era uma amiga: `Adriane,
você não precisa vir`. `Uau, isso é bom`, disse, a pensar que ele deveria estar
melhorar. `Não, ele morreu`. O meu mundo parou naquele momento. Na minha cabeça
era impossível, ele só poderia morrer de velhice. Foi inacreditável que ele
tenha morrido a fazer o que ele sabia fazer melhor na vida. Foi muito difícil
para o Brasil, para todo o Mundo, mas ainda mais para mim. Demorei muitos
anos para recuperar a minha vida, especialmente, a amorosa. Fiquei o máximo que
pude com o seu corpo. Não fui para casa, não tomei banho. Fiquei com ele”,
conta.
O piloto e a modelo, que se
conheceram no circuito de Interlagos em 1993, namoraram um ano e meio.
“O meu período com o
Ayrton foi uma grande história de amor. Ele era amado em todo o mundo como
jamais soube. A sua memória nunca será apagada. Para mim, foi especial, mas
agora sou casada e tenho filho. Isso quer dizer que não posso dizer que ele foi
o amor da minha vida. O Ayrton tinha três sonhos. O primeiro era acabar a
carreira na Ferrari, o segundo era conhecer a Disney World e o terceiro era ser
pai. Ele era mais do que um campeão. Ele tinha um coração enorme, um modo
simples de viver e tinha sonhos simples. Em casa, ele era como criança. Ele era
cheio de alegria”, revela.
Conteúdo publicado por Sportinforma
FONTE PESQUISADA
HENRIQUES, Inês. GALISTEU RECORDA SENNA: “Ele
era mais do que um campeão”. Disponível em: <http://desporto.sapo.pt/motores/formula1/artigo/2014/05/01/ele-era-mais-do-que-um-campeao#swc_p=2>.
Acesso em: 10 de junho 2014.
FOTOS ADRIANE GALISTEU E AYRTON SENNA - PHOTOS - IMAGES - IMAGENS - PICTURES
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