sábado, 18 de março de 2017

Biógrafo de Ayrton Senna e Adriane Galisteu: "Foi uma relação que foi crescendo e ele [Ayrton Senna] começou a sinalizar para a família que queria aquilo."


Com a autoridade de quem ajudou Adriane a escrever suas memórias, Nirlando Beirão confirmou:

"Adriane não desafiava o Ayrton. Muito jeitosa, ela não pressionava nem fazia uma carga de responsabilidade. Se fosse uma Claudia Schiffer, ele ficaria intimidado. Mas foi uma relação que foi crescendo e ele começou a sinalizar para a família que queria aquilo.”

Era impossível ignorar o namoro, qualquer que fosse o papel que dessem a Adriane.

Nuno Cobra esteve três semanas na casa do Algarve, para um trabalho intensivo com Senna. Disse ter formado com ela uma "aliança" para não deixar que ele voltasse a ser "aquela pessoa tensa, preocupada, responsável, lacônica, triste e taciturna":

"A Adriane dizia: 'Ataca daí, Nuno, que eu vou atacar daqui. Vamos tirar esse Senna daí. Ele está virando Senna, está ficando triste'.”

Em uma única oportunidade, Takeo Kiuchi, o engenheiro da Honda que se tornou amigo, disse ter sentido "a sensação reconfortante de que Ayrton era um ser humano normal": um jantar em Suzuka, na semana do GP do Japão de 1993. Kiuchi já estava de volta ao Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda, no Japão, e recordou:

"Eu estava com a minha mulher, Yuki, e Ayrton com Adriane. Foi um encontro em três idiomas: japonês, inglês e português. Eu nunca vi Ayrton tão alegre e brincalhão como naquele dia.”

Walderez Zanetti, no penúltimo corte de cabelo, já em 1994, viu Ayrton "na época em que ele estava melhor como pessoa":

"Na hora de se despedir, Ayrton fez o que não costumava fazer. Parou na escadaria, virou-se para mim e mandou um beijo tão afetuoso que todo mundo no salão caiu de quatro.”


FONTE PESQUISADA

RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.












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