Com a autoridade de quem
ajudou Adriane a escrever suas memórias, Nirlando Beirão confirmou:
"Adriane não desafiava o
Ayrton. Muito jeitosa, ela não pressionava nem fazia uma carga de
responsabilidade. Se fosse uma Claudia Schiffer, ele ficaria intimidado. Mas
foi uma relação que foi crescendo e ele começou a sinalizar para a família que
queria aquilo.”
Era impossível ignorar o
namoro, qualquer que fosse o papel que dessem a Adriane.
Nuno Cobra esteve três
semanas na casa do Algarve, para um trabalho intensivo com Senna. Disse ter
formado com ela uma "aliança" para não deixar que ele voltasse a ser
"aquela pessoa tensa, preocupada, responsável, lacônica, triste e
taciturna":
"A Adriane dizia: 'Ataca
daí, Nuno, que eu vou atacar daqui. Vamos tirar esse Senna daí. Ele está
virando Senna, está ficando triste'.”
Em uma única oportunidade,
Takeo Kiuchi, o engenheiro da Honda que se tornou amigo, disse ter sentido
"a sensação reconfortante de que Ayrton era um ser humano normal": um
jantar em Suzuka, na semana do GP do Japão de 1993. Kiuchi já estava de volta
ao Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda, no Japão, e recordou:
"Eu estava com a minha
mulher, Yuki, e Ayrton com Adriane. Foi um encontro em três idiomas: japonês,
inglês e português. Eu nunca vi Ayrton tão alegre e brincalhão como naquele
dia.”
Walderez Zanetti, no
penúltimo corte de cabelo, já em 1994, viu Ayrton "na época em que ele
estava melhor como pessoa":
"Na hora de se despedir,
Ayrton fez o que não costumava fazer. Parou na escadaria, virou-se para mim e
mandou um beijo tão afetuoso que todo mundo no salão caiu de quatro.”
FONTE PESQUISADA
RODRIGUES, Ernesto. Ayrton, o herói revelado. Edição 1. Rio de Janeiro: Editora
Objetiva, 2004.
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