sexta-feira, 7 de junho de 2013

CAMINHO DAS BORBOLETAS - Adriane Galisteu sente que ama Ayrton Senna e que não é mais uma modelo




Meu primeiro contato com o clássico conflito entre prazer e dever. Tinha uma vida profissional a zelar e contas a pagar. Tinha um homem maravilhoso me convidando para um mergulho no paraíso. Pedi um tempo até quarta, para acertar minha agenda. Vibrei ao saber que o tal comercial da Arisco, com Nelson Piquet, tinha dançado - a agência queria uma morena. Discreto que era, Ayrton vibrou do seu jeito. Mas havia um teste para um anúncio do drope Halls, bom dinheiro, três mil dólares, locação no Caribe, o tipo da esbórnia que faria a cobiça de uma modelo. Mas eu não sabia mais se era uma. As páginas de minha agenda estão cobertas de balõezinhos vazios, pensamentos sem palavras, como nos gibis - representando tanto minhas dúvidas quanto coisas que, por mais que pensasse, eu deveria calar. A única certeza se chamava amor.

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